Poema água
Sem perdão
aqueles que lavam as mãos
de costas pro mal que se expande
não as lavam com água e sabão
mas sim numa tina de sangue
A SEDE
Observo UM, que a água do poema, não lhe satisfaz o espírito.
Para sobreviver, entretanto, o banhista mergulha no rio da poesia.
Onde submerso abandona suas inquietudes.
ÁGUA
Houve dias que fora líquida, outros, gasosa e alguns, sólida.
A água se adaptava a todos os ambientes, e trazia vida para todos a sua volta, mas a água sendo água não tinha sabor, a água sempre se adaptava.
A água precipitava seu choro em prol das plantas, a água nevava seus medos para que o homem admirasse a beleza, a água não percebia, mas sempre se adaptava.
Um dia a água matou alguém, e sua cor exalava o assassinato, a água pelos homens foi despejada, mas ela sempre se adaptava.
Do que adiantou ser doce e salgada, se para si mesma nunca fora nada; tudo que era, era assim pelos outros, a água não percebia, mas sempre se adaptava...
Meus olhos se inspiraram naquela queda d'água que
ao admirá-la se solidarizou deixando sair do meu íntimo tudo que me causava desconforto e sofrimento.
A cada lágrima escorrida levava consigo as tristezas, inseguranças, dúvidas, medos...
Ao mesmo tempo que contemplava, eu chorava e me curava.
MINHAS PEDRINHAS DE JOÃO E MARIA
Telhas d’água cobrem casas
copas, vagas, matas.
Dos poucos vãos que restam,
réstias beijam testas.
E, no palheiro da imensidade,
continuo a procura do pássaro perdido.
Perco-me como já perdi o chão tantas vezes.
Mas ouso adiante ir, porque é busca
de uma vida...
As margaridas silvestres da beira da esteira,
semeei-as para marcar o caminho da volta.
Talvez eu retorne pelo cheiro do ouro vivo,
talvez pelo brilho das estrelas rasteiras.
Somos
tão diferentes
como água e óleo.
Quando se quebra por dentro você prefere ficar sozinho e se curar longe.
Eu preciso que você me abrace forte e me diga que um dia tudo isso também será coisa do passado.
E isso não diminui em nada meu amor por você.
Meu eu
Quando você apareceu
A alegria em mim nasceu
Como a água regada na flor
Meu eu por ti se apaixonou
Minha vida deu sentido
Igual a uma frase com artigo
Você me fez um rebuliço
E eu te amo por isso
Aquele cabelo cacheado
É tudo que eu quero
Quando você joga ele de lado
Meu eu fica emocionado
Seu sorriso é inefável
Igual teu rosto é inexplicável
Eu mais você é inumerável
E meu amor por ti é irrevogável
Inspiração...
vem de gota d'água
pétalas de rosas
nuvens no azul sem fim
Inspiração é sentimento
vem do sangue, do rancor,
desalento
Minha poesia é pesada demais
para ser carregada por alguém
Possuo um coração de Poeta
que mais chora do que ri
Prece à R.C.D.L.
Gosto do reflexo da luz nas poças d'água depois da chuva e da minha imagem refletida nos seus olhos quando você me vê
Gosto do cheiro da chuva deitando sobre a terra e de teu cheiro em minha pele mesmo após a despedida
Gosto do sabor da água no mar em meus lábios quando volto à superfície e de afogar-me no gosto de teus dedos tocando, suavemente, minha face
Gosto do som do vento nas folhas e da sinfonia de seu sorriso quando me censura
Só sinto amor no momento em que teu coração pulsa junto ao meu em um único ritmo atemporal
Quero que habite em minh' alma
Para no momento em que a Sra Morte chegar e chegará ...
Será tua presença em mim o paraíso
DIA CHUVOSO
Dia chuvoso, dilúvio,
a maré cheia, alagada,
gotas de água no ar,
olho as faces molhadas,
céu relampeja, trovão,
a cegueira da visão,
alma fria, congelada.
ENTENDIMENTO
Caminhei por caminhos certos,
Obscuros e incertos,
Fui água nos desertos,
Insensatez de espertos.
O tempo foi cura
Na ternura e na bravura.
Como sementes que aguardam o tempo,
Da fartura e do crescimento.
Ouço boleros de saudade,
Do tempo de mocidade,
Na esteira da idade,
Pra encontrar felicidade.
Cada encontro, um desencontro,
Preciso entender do ponto,
Pra não deixar sabor do espanto,
Suspiro calmo, ao ritmo do canto.
O que tem atrás da curva,
Espero parreira e uva.
A mão que pede a luva,
Ara a terra e espera a chuva.
O peito tá apertado,
Da dor do corpo atropelado.
Delírios de sonhos manchados,
Desejo louco do sonho sonhado.
Ao som romântico, um recital,
De Juan Gabriel e Rocio Durcal,
Afaga a alma e adormece o mal,
Da dor que chora o emocional.
Até quando! Até Quando!
Sem rumo e sem mando,
Destempera a alça do comando,
A solidão na multidão, uma luz quase apagando.
O tempo passou,
Nas alegrias por vezes trafegou,
Das fatias fatiadas, pedaço ficou.
No quarto escuro a alma chorou.
Nas desventuras da vida,
Pede-se uma nova partida,
De coragem atrevida,
Conquistar a paz distraída.
Não sei se é agrado ou desagrado,
Não sei se é leve o peso do fardo,
Que por tantas vezes carregado,
Fez escaras no coração magoado.
Chorar por dentro é água represada,
É a mentira da alegria deslavada.
A busca da conquista conquistada,
Das muitas portas abertas, uma delas está fechada.
No entardecer da vida,
Ainda há tempo e sobrevida.
A hora pede compreensão e decisão,
Mudar de vez pode agradar o coração.
Reclamar de tudo
Não apara a barba do barbudo,
Nem faz alegre a cara do carrancudo.
Magoa, ferindo aos poucos. É pedrada sem escudo.
É preciso jogar fora o medo,
Pedir mais amor e mais aconchego.
Subir aos céus e pedir arrego,
Implorando paz e sossego.
É preciso entendimento para que não exista o lamento...
Élcio José Martins
Água e Óleo
Somos como a água e o óleo em um arroz..
Nós somos complementos de algo maravilhoso que todos gostam..
Mas..
Dependendo de quem está controlando o fogão o arroz pode queimar..
E acabar com tudo..com tudo o que criamos..
Também temos outra coisa..
A água seca..o óleo some..o gosto da cebola e do alho se vão..
Assim como o amor..
Que tal..nós controlarmos nosso fogão de uma maneira..melhor?..
Para que..a água não seque..para que o gosto do alho e da cebola não sumam antes de serem mesclados ao arroz que está aquecendo no fogão..
Se..você não sabe quando parar.. é melhor que não faça..fazer..tendo algo que te avise quando vai estar pronto é..saber que isso não vai durar..
É saber..que eu não fui feito para você..e nem..você para mim..
Então..adeus..minha bela..
Essa água..se vai..
Na próxima..você consegue..encontrar um fogão..que saiba..ligar com sua maneira forte e pesada..
Que possa..te aguentar..que possa..te esperar..algo que eu não pude..
Já chorei pela água.
Já chorei pela chuva.
Já chorei pelas árvores.
Já chorei pela falta de fé.
Chorei até por um salgadinho.
E por um pedacinho de doce qualquer.
Ricardo Melo
Metamorfose
Mergulho fundo no mar,
Sem medos,
Com o coração apertado,
Sobre pressão,
Da água e também dos sentimentos.
Surpreendo-me a encontrar,
Nessa imensidão de mar,
Vida!
Estática, flexível,
Rude, sensível,
Forte e fraca.
O ambiente influencia.
Vidas que renascem,
No fundo do mar.
Com novas cores,
Tons fosforescente,
A iluminar a trilha.
A beleza transcende a luz
E cada eclosão
Transforma o puro
Em pó.
Volta-se a superfície.
Voa uma nova borboleta,
Pelos campos a fora.
Somos ar que imagina, fogo que transforma, terra que constrói e água que compartilha!
Oscar Pestana - Psicanalista
Não sou extencil
Não preciso de álcool para me revelar
Sou transparente
Como a água límpida da cachoeira
E choro sim
Por felicidade, por amor e por saudade
Sou assim, intenso
Pode acreditar
O mundo dá voltas
O vento vem vindo de longe
O dia se curva nas flores
Debaixo da água do chuveiro
Morrem muitos amores
Mas o amanhã sempre volta
Com um coelho na cartola
Olhos secos, novos trechos
E recomeça uma nova história
Poema curto autoria #Andrea_Domingues
Todos os direitos autorais reservados 13/05/2021 às 11:00 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
A cisterna da justiça
nos fornece água-viva.
Jesus é a fonte,
nada temeremos.
A resultância desse manancial
regará nosso caminhar.
Amém
Dureza
“Pelas pancadas da vida
O coração endurece
Já dizia o ditado popular,porém,
Água mole ,pedra dura
Tanto bate, aí.. como bate..”.
Porém, quando tal substância celeste abandona o eleito, é como sentir o gosto de areia, na água potável. O enxofre do Inferno, no céu. O eflúvio de pólvora, no éter das delicadas nuvens. É como provar a solidão, entre a multidão. Sangue no mel, e o amargo no beijo de uma donzela.
🍀