Poemas de Agosto
Agosto (bem vindo!)
Bem vindo agosto
que seja lindo
do desgosto oposto
no amor luzindo
a gosto, com gosto
nas realizações infindo
ao meu, ao teu
avindo
num apogeu
Agosto... Seja bem vindo!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Dirigindo e bebendo
Já é agosto e eu não
leio um livro há seis meses
a não ser por um troço chamado A Retirada de Moscou
de Caulaincourt.
Ainda assim, estou feliz
andando de carro com meu irmão
e bebendo um pint de Old Crow.
Não estamos indo a lugar nenhum,
só estamos indo.
Se eu fechasse os olhos por um minuto
estaria perdido, contudo
eu poderia facilmente deitar e dormir pra sempre
na beira desta estrada.
Meu irmão me cutuca.
Para que algo aconteça, está por um triz.
Tentei falar em rosas , falar na lua ...
Por mais que eu queira fazer rimas,
a poesia não me obedece!
Rima rica , rima pobre,
métrica e ritmo.
Deixa pra lá...
Vou falar só o que sinto.
A Poesia tem algo de misteriosa...
Sem que saibamos como, ela vai se formando
e quando menos se espera ela está lá...
Traduzindo a nossa alma! Como num toque de Magia.
Cika Parolin
Bem-vindo agosto!
Que venha com as bênçãos de Deus!
Fé e coragem nas nossas ações.
Que assim seja!🦋🦋🦋
Na minha terra
Agosto é a época
do Guapuruvu
florescer absoluto,
E de me declarar
que você é tudo
que inspira os meus
Versos Intimistas
e a minhas mais
insinuantes poesias.
Agosto florescem os ipês-brancos
Gostaria que florescessem sonhos
O coração já passou por muitos
Só desejo daqui para frente a paz
Tirar de mim o quê não satisfaz
O tempo ruim não vai voltar mais
Os Ipês-brancos floresceram
enfeitando este agosto
que parece interminável,
Para você quero ser amor
inabalável mesmo que
digam que cultivar
o romantismo não é viável,
Entrego a minha poesia
feita de Versos Intimistas
com tudo o quê há de mais amável.
meu avô não gostava de agosto
dizia agosto mês de desgosto
quando passava dizia agora não morro mais
Ventos de agosto
vento que passa e roça o rosto
para muitos mês do desgosto
Para outros apenas feioso
e bastante lastimoso
Vento que varre a calçada
mas também suja o quintal
vento de folhas secas
a estalar sob os pés
a desalinhar o cabelo
da moça arrumada
que caminha empertigada
Ventos que nos desafiam
Com dias de muito sol
em outros enevoado
Vento que traz a fuligem
das queimadas lá do campo
Vento que leva sonhos
também traz nostalgia
Vento que as vezes
torna enfadonho
o dia de muita gente
Vento que faz
o bambu envergar
cuidadoso pra não se quebrar
nos mostrando que é preciso
as dificuldades enfrentar
Vento frio , vento morno
Vento lento , vento feroz
É apenas o limiar
Da primavera
que está para chegar.
Agosto é poesia
que pode ser
adoçada conforme
o seu gosto,
Escolha o amor
que faz tudo
na vida ser
mais saboroso.
Agosto no Cio
Nuvens vermelhas flutuam baixo. As circunstâncias atmosféricas do mês de agosto facilitam sua formação em níveis vulneráveis à sensualidade humana, absorvendo as gotículas de sangue lançadas ao ar enquanto vociferamos nossos temores, nossas aflições, paixões, fúrias e desejos, sangrando como fêmeas férteis cujos óvulos não foram fecundados.
Noites longas, frias e densas. Eis nossos corpos envoltos pela nebulosa encarniçada: entramos no cio e a grande fera sopra seu vapor sanguinário no deserto.,
Hei, Senhor Lupino! Abandone seu covil e venha me pegar!
[...]
Sinto seu hálito, seus beijos, sua língua úmida descendo por meu pescoço, minhas costas, meus seios, minha barriga, meu templo.
Gemidos, sussurros: a heresia de uma fase lunar personificada pela condensação de nossos instintos carnívoros.
Seus lábios macios sugam o fluido ferruginoso que verte de minhas nascentes em resposta à efervescência de suas carícias sinuosas.
Sua fera pulsa entre minhas coxas.
E eu sei: o Deus-homem nunca morreu.
Em Agosto
Ouço as vozes que cantam
E em silêncio elas derramam
Lágrimas quentes pela manhã
Por horas é o para sempre
E por horas penso em te ver
Simplesmente para abrir a boca e falar
Em agosto eu toquei os céus
Com as mãos em chamas
Voltei de um dia claro e frio
Quando se vive a verdade
Belas palavras são só palavras
No fundo de um precipício
É o que eu sinto antes de tudo
Amor, paixão ou o que tiver que ser
Realidade é a cor dos meus sonhos
Diga o que tiver a dizer
Quando estamos juntos
Atenção é o seu sobrenome
Aonde cada suspiro é um poema completo
Respiramos como recém-nascidos
Assobiamos como pássaros
No laço dos seus braços
Diga que ainda vai me proteger
Quando o dia tiver partido
Nos olhos me perco
No perfume me enveneno
Em tudo e em todas as coisas em que te vejo
Agosto
Vou tomar um banho
Longo
Para espalhar seu cheiro
Vou sentar-me à janela
Mirar o mar
Amar os momentos que passamos
Vou beber um rosé
Leve
Embebedar-me da
Sua ausência
Vou cultivar cada frase
Reescrevê-las em
Minha memória
E perguntar-me qual
É a urgência
Vou resolver minha criatura
E nesta curva
Fazer uma declaração
A um fantasma.
Vou acabar flutuando
Sobre a noite
Curvar-me
Entre o beijo e o amanhecer
E neste breve espaço
Sem mistérios dizer
O quanto te amei.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
Dia da Informática
Dia 15 de agosto, lá na metade do século passado
O primeiro computador digital eletrônico surgia
Era o ENIAC que foi desenvolvido e utilizado
Na indústria bélica, na Guerra Fria
Esse aparelho deu origem à informática
E foi o antecessor dos computadores no mundo
E surgiu de forma enfática
E realizava milhares de operações por segundo
Os computadores lá no início
Eram enormes, robustos e não se moviam
Mal se sabia lá no princípio
Que pra todo lado se levariam
Os aparelhos foram se modernizando
E quase ninguém sabia usar
Mas conforme o tempo foi passando
Todos tiveram que se adaptar
Nas mesas de trabalho se fixaram
Nas escolas, supermercados e em todo lugar
Todos os alunos aprenderam e usaram
Pessoas comuns precisaram se modernizar
Hoje com versões portáteis, mega computadores ou que cabem na mão
Possibilitam acesso a qualquer informação do mundo
Servem para trabalho, estudo e diversão
E conectam pessoas em um segundo
Não sei se faz sentido,
mas o Agosto que traz
o pesadelo para todos
nós latinos parece
que ainda não passou,
e ninguém sequer acordou.
agosto 21, 2015
Pedaço da lua
Hoje o texto não é meu. É uma poesia da minha mãe, Lenir Mota:
Todos os dias, assisto, da varanda, sempre atento,
ela passando…sozinha…seguindo com passos lentos,
olhos vividos, perdidos, carregando suas crenças,
corpo cedendo, tombado ao peso de seu cansaço.
Passa trôpega…e os pés, que pouco a pouco se movem,
arrastados, me comovem…
com a lentidão de seus passos.
Quantas vezes já passou por esses mesmos caminhos!
Quantos passos caminhou, pra chegar devagarinho,
virando na mesma esquina…
Mas chega cedo demais !!
e ali, cansada, espera, encostada nas paredes,
que se abra o portão verde, pra entrar em seu refúgio.
Caminha mais e espia…a porta, ainda fechada !
Para, senta,e,conformada, aguarda a hora de entrar.
Vem de longe, vem andando…
sob chuva, sol ou vento,
vem a procura de alento em sua fé costumeira.
Oito décadas e tanto…
denuncia, sem piedade, seu ralo cabelo branco…
Mas ela passa, vaidosa, retocando-se no espelho
apoiado em sua bolsa, em cima de seu joelho.
E eu fico olhando, com espanto, a força, a garra, a coragem,
de fazer essa viagem parecer tão prazerosa…
Quanto tempo inda lhe resta?
Não sei…mas sinto que a vida
lhe abastece de sonhos, que ativam a esperança
dessa mulher corajosa, que na fé encontra forças
pra esse caminhar diário…
E quando as portas se abrem…
ela entra… resoluta… e abrindo então seu hinário,
senta…descansa…e…canta…!!
No final, revigorada, retorna pra sua luta.
E na varanda, espero, a volta com hora certa
dessa mulher cabisbaixa, que olhares sempre desperta,
quando passa em minha rua.
Quando chega, ainda de dia, com o sol brilhando em seu rosto,
vejo clara a imagem sua…
Quando volta, me enternece…esse rosto renovado,
cintilando toda a rua
e aos meus olhos parece, que seu cabelo de prata
é um pedaço da lua…
Agosto a gosto
Gosto demais de ti
Vento daqui
Vento de lá
Dilema, poema
Rimar e amar
Tempo de refletir
Tempo de esperar
Tempo de decidir
Tempo de se doar
Agosto de Deus
Mês do gostar
Leve o que for ruim
Deixe o que encantar
Agosto de Deus
Jardineiro da primavera
Vou vivendo a gosto
Logo mais florescerá
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 04/08/2021 às 10:30 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
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