Pipa
SONETO DO VENTO
Porque o vento sopra?
Porque o vento venta?
Porque o vento sustenta, a pipa no ar?
Porque o vento aumenta, o volume dos meus cabelos?
Porque o vento leva
Destroi e arrebenta
Enfurace e afugenta
Porque o vento venta ?
O vento sopra a brisa do mar
Venta as maldades pra lá
Porque a pipa tem de ficar no ar.
Porque um pentenado não pode durar
Os cabelos também foram feitos para flutuar
E o vento, venta tudo pra lá ..
B.
Observo uma pipa cortando os ventos em seus belos movimento, vejo em seu cerol um descaso irresponsável, que mata sem se sentir culpado.
Quem me dera voar como uma pipa,
Me soltar ao vento,
fortes brisas me empurram para o alto, mas tenho a linha que me segura.
Como uma guia, me faz ver a realidade lá de cima.
As alturas, que maravilha. Vejo tudo o que preciso ver, mas não posso sentir tudo. A distância é grande.
O tempo é curto.
ficarei aqui no alto, na distância por voce, quero ve-la feliz e quando olhar para alto quero ver teu sorriso.
Sentir tua felicidade.
te amo, como uma pipa no ar.
Não sei por que, apenas amanheci com uma saudade danada dos tempos em que empinava pipa, poxa, quanto fascínio exerce esse objeto sobre adultos e crianças, que o diga, Santos Dumont. Lembro-me da dificuldade de encontrar a taquara, de juntar moedinhas para comprar o papel seda, cola, linha, carretel, fazer a armação, eram tantos modelos e medidas diferentes! Putz, era uma viagem, uma arte, uma terapia, o mundo simplesmente parava, concentração total para a confecção da também denominada pandorga. Era quase uma hora de trabalho, mas valia cada minuto, entretanto, nada superava o momento mais aguardado, a realização do sonho de Ícaro, o show, a magia, o instante em que o nosso espírito se conectava a linha até chegar aquele objeto colorido feito de papel e bambu e começava a cortar o céu em busca das nuvens. Ah! todas as vezes sonhava estar em seu lugar e estava, como é bom sonhar, como é bom recordar, como é bom ainda ter essa sensação, mesmo estando tão distante esse tempo, quando eu e minha pipa éramos um só e vagávamos livres ao sabor do vento pelo céu azul, cor da minha infância.”
Relacionamento ou é pipa ou é âncora. Não tem meio termo! Ou te ajuda a voar ou te ajuda a afundar. Pense nisso na hora de optar com quem (ou se vai) dividir o seu tempo com alguém.
A PIPA E A FLOR
Era uma vez uma pipa.
O menino que a fez estava alegre e imaginou que a pipa também estaria. Por isso fez nela uma cara risonha, colando tiras de papel de seda vermelho: dois olhos, um nariz, uma boca...
Ô pipa boa: levinha, travessa, subia alto...
Gostava de brincar com o perigo, vivia zombando dos fios e dos galhos das árvores.
- “Vocês não me pegam, vocês não me pegam...”
E enquanto ria sacudia o rabo em desafio.
Chegou até a rasgar o papel, num galho que foi mais rápido, mas o menino consertou, colando um remendo da mesma cor.
Mas aconteceu que num dia, ela estava começando a subir, correndo de um lado para o outro no vento, olhou para baixo e viu, lá num quintal, uma flor. Ela já havia visto muitas flores. Só que desta vez os seus olhos e os olhos da flor se encontraram, e ela sentiu uma coisa estranha. Não, não era a beleza da flor. Já vira outras, mais belas. Eram os olhos...
Quem não entende pensa que todos os olhos são parecidos, só diferentes na cor. Mas não é assim. Há olhos que agradam, acariciam a gente como se fossem mãos. Outros dão medo, ameaçam, acusam, quando a gente se percebe encarados por eles, dá um arrepio ruim elo corpo. Tem também os olhos que colam, hipnotizam, enfeitiçam...
Ah! Você não sabe o que é enfeitiçar?!
Enfeitiçar é virar a gente pelo avesso: as coisas boas ficam escondidas, não têm permissão para aparecer; e as coisas ruins começam a sair. Todo mundo é uma mistura de coisas boas e ruins; às vezes a gente está sorrindo, às vezes a gente está de cara feia. Mas o enfeitiçado fica sendo uma coisa só...
Pois é, o enfeitiçado não pode mais fazer o que ele quer, fica esquecido de quem ele era...
A pipa ficou enfeitiçada. Não mais queria ser pipa. Só queria ser uma coisa: fazer o que a florzinha quisesse. Ah! Ela era tão maravilhosa! Que felicidade se pudesse ficar de mãos dadas com ela, pelo resto dos seus dias...
E assim, resolver mudar de dono. Aproveitando-se de um vento forte, deu um puxão repentino na linha, ela arrebentou e a pipa foi cair, devagarzinho, ao lado da flor.
E deu a sua linha para ela segurar. Ela segurou forte.
Agora, sua linha nas mãos da flor, a pipa pensou que voar seria muito mais gostoso. Lá de cima conversaria com ela, e ao voltar lhe contaria estórias para que ela dormisse. E ela pediu:
- “Florzinha, me solta...” E a florzinha soltou.
A pipa subiu bem alto e seu coração bateu feliz. Quando se está lá no alto é bom saber que há alguém esperando, lá embaixo.
Mas a flor, aqui de baixo, percebeu que estava ficando triste. Não, não é que estivesse triste. Estava ficando com raiva. Que injustiça que a pipa pudesse voar tão alto, e ela tivesse de ficar plantada no não. E teve inveja da pipa.
Tinha raiva ao ver a felicidade da pipa, longe dela... Tinha raiva quando via as pipas lá em cima, tagarelando entre si. E ela flor, sozinha, deixada de fora.
- “Se a pipa me amasse de verdade não poderia estar feliz lá em cima, longe de mim. Ficaria o tempo todo aqui comigo...”
E à inveja juntou-se o ciúme.
Inveja é ficar infeliz vendo as coisas bonitas e boas que os outros têm, e nós não. Ciúme é a dor que dá quando a gente imagina a felicidade do outro, sem que a gente esteja com ele.
E a flor começou a ficar malvada. Ficava emburrada quando a pipa chegava. Exigia explicações de tudo. E a pipa começou a ter medo de ficar feliz, pois sabia que isto faria a flor sofrer.
E a flor aos poucos foi encurtando a linha. A pipa não podia mais voar.
Via ali do baixinho, de sobre o quintal (esta essa toda a distância que a flor lhe permitia voar) as pipas lá em cima... E sua boca foi ficando triste. E percebeu que já não gostava tanto da flor, como no início...
Essa história não terminou. Está acontecendo bem agora, em algum lugar... E há três jeitos de escrever o seu fim. Você é que vai escolher.
Primeiro: A pipa ficou tão triste que resolveu nunca mais voar.
- “Não vou te incomodar com os meus risos, Flor, mas também não vou te dar a alegria do meu sorriso”.
E assim ficou amarrada junto à flor, mas mais longe dela do que nunca, porque o seu coração estava em sonhos de vôos e nos risos de outros tempos.
Segundo: A flor, na verdade, era uma borboleta que uma bruxa má havia enfeitiçado e condenado a ficar fincada no chão. O feitiço só se quebraria no dia em que ela fosse capaz de dizer não à sua inveja e ao seu ciúme, e se sentisse feliz com a felicidade dos outros. E aconteceu que um dia, vendo a pipa voar, ela se esqueceu de si mesma por um instante e ficou feliz ao ver a felicidade da pipa. Quando isso aconteceu, o feitiço se quebrou, e ela voou, agora como borboleta, para o alto, e os dois, pipa e borboleta, puderam brincar juntos...
Terceiro: a pipa percebeu que havia mais alegria na liberdade de antigamente que nos abraços da flor. Porque aqueles eram abraços que amarravam. E assim, num dia de grande ventania, e se valendo de uma distração da flor, arrebentou a linha, e foi em busca de uma outra mão que ficasse feliz vendo-a voar nas alturas.
chorando pelo garoto empinando pipa
falando sozinho na calçada
talvez pudesse repetir a mesma vida
mas nem se eu apostasse a alvorada
não os terei em suas mentes
mas e se eu continuasse tentando?
de todos, sou o menos eloquente
e me pergunto por que continuo errando
se lembra quando me chamou carinhosamente?
e eu te xinguei até o chão tremer?
se lembra quando eu te ignorei completamente?
e você repensou se ainda queria me ver?
se recorda de quando você me beijou?
e eu considerei como o melhor dia de todos?
se recorda de quando você me rotulou?
e o porteiro tentou me limpar com alguns rodos?
Nos somos igual uma Pipa no céu
Nós merecemos que a nossa Alto estima fique lá no mas Alto possível é difícil manter ela lá no Alto pq terá dias que vamos estar desanimados e tristes mas aí entra sua Fé a sua esperança eu posso eu quero eu consigo a maior motivação é Deus.
Acrescente bastante linha na sua pipa e mantenha sua vida no mas Alto possível tu não é qualquer uma vc é iluminada por Deus.
Boa noite
E se eu deixar,
Meu coração esvoaçar,
Como uma pipa pairar sobre o ar,
Feita de papel de caderno,
Aquele branco de linhas azuis,
Azuis como o céu,
Quadro de nuvens,
Com rabiscos de versos,
Minha imaginação o levará,
À caminhos tão longínquos,
Que nem posso imaginar...
O homem cujos sonhos dominam sua razão, é como uma criança à empinar uma pipa, no começo o sorriso descreve a alegria que domina o coração, mas isto só dura enquanto a pipa está no alto, se algo à derruba cai junto com ela a criança, do coração foge a alegria e o choro sobrescreve sorriso do começo.
Dizem que menina não empina pipa no sol
Quem criou a regra que ela não joga futebol?
Que negócio é esse, brincadeira de menina?
As minas fazem tudo, até mandar umas rimas
"Você brincou com o meu coração como quando uma criança vai saltar pipa.
Sem ter medo de perdê-la
Todavia, ao perder para os parceiros da brincadeira,
Sai correndo depois pela rua pedindo dinheiro para o papai e mamãe,
No intuito de conseguir outra pipa.
- Mãe a senhora têm dois reais?
E ela diz para a alegria da criança: vai pedir do seu pai!
O pai quer ver o filho crescer brincando de pipa, pião, bola e peteca.
Por isso, faz sua alegria dando-lhe o dinheiro com o seguinte recado:
Se acostuma não, segunda-feira tem prova.
Contudo, os jovens cresceram e não receberam o devido conselho
Quando se fala em valorizar o que tinham,
Respeitar a opinião, a cor da pele, os jeitos, os defeitos,
Opinião política de cada um.
Esqueceram de nos dizer o que deveríamos fazer antes de qualquer coisa:
Ouvir, conversar, abraçar e dar carinho.
Aquele carinho de verdade, um "eu te amo" sincero.
Não importa se ficou guardado no peito,
Mas se colocar pra fora, arca com as consequências."
Autora: Maria Luiza Brasil de Medeiros
"Moleque atrevido,
Que rouba a bola,
E no céu, com a pipa faz seus ricos.
Corre pelado, sem camiseta, descalço
Se joga na grama, na areia , na lama,
Se liberta da selva de pedra
E das pedras que marcam seu caminho.
Menino na rua
Aprende a ser gente,
Decora o sofrimento e diz sorridente
Que da vida tudo se leva
Se tiver bons amigos
E um amor de infância na espera,
De lá na frente,
Bem lá na frente...
O moleque aprender fazer arte."
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