Pés Descalços
O vento bate nas águas do mar
De longe vejo as ondas se formar
Meus pés descalços calmo caminhar
Sinto a brisa meu nome chamar
É o marasol
É o marasol a me chamar
É o marasol
É o marasol de Yehovah
O sol quente já vem inspirar
Um renovo na areia do mar
Vejo o horizonte e vejo o luar
Ansioso a tomar seu lugar
É o marasol
É o marasol a me chamar
É o marasol
É o marasol de Yehovah
Um menino descalço a jogar
Um barquinho de longe a pescar
O silêncio me leva a pensar
No grande e lindo tamanho do mar
É o marasol
É o marasol a me chamar
É o marasol
É o marasol de Yehovah
SONETO NA CHUVA
Quantas vezes, pés descalços, enxurrada
A minha infância, na inocência eu brinquei
Águas em versos, chuva molhada, sopeei:
Quantas vezes eu naveguei na sua toada?
Na narração me perdi, no tempo maloquei
As lembranças ali no passado deixada
De memórias fartas, meninice, criançada
Aqui no peito guardada, e nelas estarei...
Céu cinza do cerrado, nuvem carregada
Deixa chover, pois só assim eu alegrarei
Da varia recordação da pluvial derivada
Pingo a pingo, trovoada, no outrora voltei
Água na cara, cachoando na alma calada
De saudades, neste soneto na chuva, falei!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
Uma vontade de correr.
Sentada á beira do caminho,
Pés descalços,
Orgulho do lugar,
Feliz de se estar,
De se pisar,
Um encontro do simples com o acaso.
Uma historia a vencer,
Uma estrada a seguir,
Uma preguiça de tudo,
De si mesma,
Uma vontade de correr,
Sair do lugar,
De pensar algo diferente,
Algo mais,
Se entender,
Se pensar, e levantar deste caminho,
Sair e se achar,
Acompanhar seus pensamentos e
Se encontrar.
Hoje eu sonho com o dia em que estou abraçada em seus braços fortes
de pés descalços na grama dançando a nossa musica. Enquanto sussurra em meu ouvido, querida és perfeita pra mim.
Zélia Gamel 💞
Quando penso que já era, sinto teus olhos...tiro à roupa, pés descalços ...Escancaro alma, coração...E de novo tudo outra vez !
02/03/2020
Moça bonita
Moça bonita
Sem laço, sem fita
Pés descalços no chão
Lutando por uma batalha
Para se igualar ao irmão
Moça bonita
Sem laço, sem fita
Soltou de um nó seus cabelos
Sem ligar para a opinião alheia
Disposta negar exageros
Moça bonita
Sem laço, sem fita
Quanto ao tempo de escravidão já sabia
A suas algemas, não mais cabia
Livre dos preconceitos e das palavras
Daqueles que a julgaram um dia
Moça bonita
Sem mãe, sem filha
Será mãe, já foi filha
Agora livre do laço de fita
Na beira da praia
Em uma cabana
A sua morada, seu cantinho
Com os pés descalços pisando na areia na beira da praia, tão segura, elegante e bonita,
As cores do céu, com a água do mar, dá para ver, a grande perfeita criação de Deus
Feita com amor que só pode encontra dentro de você
o sentimento do prazer, de ver a realizar os nossos sonhos de alegria e ser feliz, você existir e dentro de mim posso intender você sobre esse mar ao vento só você existi ......
Banhar-me-ei nas águas sagradas do amor, para que eu possa chegar límpida até você. De pés descalços te estenderei as mãos cheias de flores.
O Covid-19, não viajou de jumento, nem por pés descalços. Embarcou em navios luxuosos, aviões rápidos e cheirosos com lanchinhos à bordo. Nasceu em um lugar com altas tecnologias. Antigamente se dizia que a morte vinha a cavalo. Agora ela vem em HP's e CV's turbinando e fazendo filas no céus. Detonando às economias, alargando o fosso social.
O simples me encanta! Pés descalços sentindo o tocar da terra, noite estrelada e aquele lugarzinho no interior livre de qualquer mal.
Bar com toca fita, cachaça barata e aquele velho poeta no pé do balcão que todos julgam o bêbado chato desiludido. Mal sabe eles, que é nesses lugares onde se encontra a paz, e alivia o amor que um dia foi quebrado. É no simples, que se encontra o verdadeiro significado amor. Seja nos pés descalços na terra, ou no amor desiludido, que embora ter seu coração partido está ali todos os dias a expressar o amor que não foi permitido.
31/08/21
Janayne Oliveira
Filha da terra
Vim do pó da terra
literalmente...
cresci de pés descalços
sentindo os espinhos
e o quente do chão
respirando natureza
cheiro de terra molhada
cabelos soltos ao vento
lavando o corpo e a alma
em água corrente
queimando a pele
em sol tropical
quase nasci índia
com este sangue
correndo nas veias
sempre fui guereria
tenho a fúria e a garra
dos meus ancestrais.
Risos, pés descalços, calor aconchegante, lembro de você, lembro de nós, promessas de um amor vindouro, ficaríamos juntos quando fosse o tempo certo, planos, era o que queríamos, era o que você queria, me deixe ir, me solta, me deixe partir como as folhas secas do outono se vão com os ventos, retorno na próxima estação, florescerei em seu coração mais uma vez, mas por um breve momento, pois, infelizmente te deixarei na mais fria solidão outra vez, mas me deixe ir, pois te prometo que retornarei na próxima estação...... e com um pesar no coração te digo, nunca seremos para sempre um do outro meu amor
Não importam os ásperos caminhos,
nem as beiradas de abismos sem a luz,
nossos pés descalços seguem seus passinhos,
pisando pedras, sem senti-las, a poesia nos conduz...
Pés descalços,
Calçados,
Com chinelo, coturno, tênis, tamanco,
Sapato de salto alto, sandália, e bota de falso couro,
E o que mais se tem nestes metros quadrados,
É pé rapado meu senhor dos desafortunados,
Sujos, soltos, cansados, presos e amarrados,
Me socorre de tanta pisadura dura,
Que nossa alma quase desgraçada,
Está descalça e sem doçura,
Calco o chão da vida com os pés descalços, sem nenhum percalço, talvez por apenas um mero humano, mas, que te ama incomensuravelmente minha filha, minha Vidinha e, que vive em ti e para ti.
Mesmo com
espinhos no chão
e de pés descalços
não desista, à sempre uma recompensa para quem persiste.
Os pés descalços pelo tempo, nunca irão conhecer o motivo porque devem algum dia sentir o sabor de se estar calçado.
Com olhos a marejar, eu te ensino a sambar, com os pés descalços na beira do mar.
O amor é o criar da vida, é a batida do meu coração.
Meu samba é a minha paixão, o encanto da sereia, no brilho da areia quando vejo o seu olhar.
Sonho com a alegria, de uma eterna emoção de deixar-se amar.
"Onde estão?
As sangas e as cachoeiras
Que meus pés descalços buscavam
Para o fogo abrandar
Acalma a minha alma, só do trajeto lembrar.
Das coisas que sentia
Na natureza a passear".