Pés Descalços
Sobre mim...
Não pinto os cabelos;
Prefiro pés descalços a usar saltos;
Confio em pessoas que usam moletom em casa;
Prefiro arvores a shoppings;
Meu som preferido é o silêncio;
Assistir as nuvens se mexendo é mais legal que a TV;
Nunca tentei contar as estrelas, acho que precisaria de ajuda;
Gosto de acordar de madrugada e ver o dia nascer;
Razões falam mais que sentimentos, mas nem sempre fui assim...
Amo pessoas mais do que animais, afinal os animais não recusariam sua própria espécie;
Gostaria de fazer mais do que falar;
Queria saber filtrar tudo que falo, tenho dificuldade com isso às vezes;
Erro sem querer errar, mas teimo em acertar;
Não tenho vergonha de assumir meus erros e pedir desculpas;
Quero ser melhor a cada dia para agradar quem é perfeito, meu Deus, a quem amo acima de todas as coisas e isso me basta.
Filha da terra
Vim do pó da terra
literalmente...
cresci de pés descalços
sentindo os espinhos
e o quente do chão
respirando natureza
cheiro de terra molhada
cabelos soltos ao vento
lavando o corpo e a alma
em água corrente
queimando a pele
em sol tropical
quase nasci índia
com este sangue
correndo nas veias
sempre fui guereria
tenho a fúria e a garra
dos meus ancestrais.
Adrenalina
Medo Adrenalina
Guarda corpo, adrenalina
Pés descalços, adrenalina
Mãos tremendo, adrenalina
Gravidade puxando, adrenalina
Vento contra a face, adrenalina
Frio na barriga, adrenalina
Zumbindo na cabeça, adrenalina
Falta de ar, adrenalina
Estimulo cardíaco, adrenalina
Velocidade aumentando, adrenalina
Colisão, fim da adrenalina
Voltei aos meus pés descalços.
Os saltos já não me cabiam mais.
Sou alma, não preciso de vestimentas.
Moça bonita
Moça bonita
Sem laço, sem fita
Pés descalços no chão
Lutando por uma batalha
Para se igualar ao irmão
Moça bonita
Sem laço, sem fita
Soltou de um nó seus cabelos
Sem ligar para a opinião alheia
Disposta negar exageros
Moça bonita
Sem laço, sem fita
Quanto ao tempo de escravidão já sabia
A suas algemas, não mais cabia
Livre dos preconceitos e das palavras
Daqueles que a julgaram um dia
Moça bonita
Sem mãe, sem filha
Será mãe, já foi filha
Agora livre do laço de fita
Na beira da praia
Em uma cabana
A sua morada, seu cantinho
Com os pés descalços pisando na areia na beira da praia, tão segura, elegante e bonita,
As cores do céu, com a água do mar, dá para ver, a grande perfeita criação de Deus
Feita com amor que só pode encontra dentro de você
o sentimento do prazer, de ver a realizar os nossos sonhos de alegria e ser feliz, você existir e dentro de mim posso intender você sobre esse mar ao vento só você existi ......
Banhar-me-ei nas águas sagradas do amor, para que eu possa chegar límpida até você. De pés descalços te estenderei as mãos cheias de flores.
Os pés descalços pelo tempo, nunca irão conhecer o motivo porque devem algum dia sentir o sabor de se estar calçado.
Uma vontade de correr.
Sentada á beira do caminho,
Pés descalços,
Orgulho do lugar,
Feliz de se estar,
De se pisar,
Um encontro do simples com o acaso.
Uma historia a vencer,
Uma estrada a seguir,
Uma preguiça de tudo,
De si mesma,
Uma vontade de correr,
Sair do lugar,
De pensar algo diferente,
Algo mais,
Se entender,
Se pensar, e levantar deste caminho,
Sair e se achar,
Acompanhar seus pensamentos e
Se encontrar.
Muriel, você não é uma conveniência. Eu atravessaria uma milha de vidro cortado com os pés descalços para segurar sua mão e conversar com você por uma hora. Você é tudo para mim.
O vento bate nas águas do mar
De longe vejo as ondas se formar
Meus pés descalços calmo caminhar
Sinto a brisa meu nome chamar
É o marasol
É o marasol a me chamar
É o marasol
É o marasol de Yehovah
O sol quente já vem inspirar
Um renovo na areia do mar
Vejo o horizonte e vejo o luar
Ansioso a tomar seu lugar
É o marasol
É o marasol a me chamar
É o marasol
É o marasol de Yehovah
Um menino descalço a jogar
Um barquinho de longe a pescar
O silêncio me leva a pensar
No grande e lindo tamanho do mar
É o marasol
É o marasol a me chamar
É o marasol
É o marasol de Yehovah
SONETO NA CHUVA
Quantas vezes, pés descalços, enxurrada
A minha infância, na inocência eu brinquei
Águas em versos, chuva molhada, sopeei:
Quantas vezes eu naveguei na sua toada?
Na narração me perdi, no tempo maloquei
As lembranças ali no passado deixada
De memórias fartas, meninice, criançada
Aqui no peito guardada, e nelas estarei...
Céu cinza do cerrado, nuvem carregada
Deixa chover, pois só assim eu alegrarei
Da varia recordação da pluvial derivada
Pingo a pingo, trovoada, no outrora voltei
Água na cara, cachoando na alma calada
De saudades, neste soneto na chuva, falei!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
Hoje eu sonho com o dia em que estou abraçada em seus braços fortes
de pés descalços na grama dançando a nossa musica. Enquanto sussurra em meu ouvido, querida és perfeita pra mim.
Zélia Gamel 💞
Quando penso que já era, sinto teus olhos...tiro à roupa, pés descalços ...Escancaro alma, coração...E de novo tudo outra vez !
02/03/2020
Mesmo com
espinhos no chão
e de pés descalços
não desista, à sempre uma recompensa para quem persiste.
Pés descalços,
Calçados,
Com chinelo, coturno, tênis, tamanco,
Sapato de salto alto, sandália, e bota de falso couro,
E o que mais se tem nestes metros quadrados,
É pé rapado meu senhor dos desafortunados,
Sujos, soltos, cansados, presos e amarrados,
Me socorre de tanta pisadura dura,
Que nossa alma quase desgraçada,
Está descalça e sem doçura,
Tenho frio nesta madrugada
Não encontro quem me coloque o cobertor nos pés descalços
Os gritos não ardem
Se espargem na estrada
Da riqueza que abandonei
Quando quis crer na tua lembrança
Mostrarão progressos falsos,
as cidades adiantadas,
enquanto houver pés descalços
em suas ruas calçadas !