Pés Descalços
Há de fazer ser leve, pés descalços, alma de criança que corre na rua, coração sem medo de errar, só coragem de viver, ser do bem, fazer o bem, sentir-se bem. Conexão com a vida, com a terra, com o chão. As vezes voamos alto, ainda que com os pés descalços.
Águas claras caindo no chão pés descalços sob a elevação.
Dedos sem pontos unidos meus braços abertos além disso.
Estéril fuga um aceno estirado na fileira esquecida estirpe.
Noite toda barbárie gota a gota mortalmente o resoluto feri.
Rescente reacender luminar frequente sob luar estimando-se.
Cego afundará reluz espero sonhar completo refletindo espiral.
Bel-prazer adianto o inevitável o querer sem definição real.
Interceptações e negligênciais degradam a rua dentre mortais.
Brusco atirar flecha e fogo foi morto sem espectador absorto.
Ingrediente constituído sem ler o manual o listrado pijama.
Conto primeiro se despede-te fronte ao pátio protesto vigorou.
Obnubilação mestre rei e guardiã clara luz que vem logrando.
Aflora sementeira irrigando-se a passo curto prazo puro.
Ajeita sexta respectiva pinça valente balanceando o centrista.
Romancista emigrando de tempo a porta a verdadeira vida.
Era tudo tão simples.
Pés descalços,unhas por cortar,cabelos emaranhados e a cabeça nas nuvens.
Haviam sonhos nos quais acreditávamos e a penúmbra da noite,indicava aconchego,carinho de mãe e uma ótima noite de sono.
Sorríamos de situações improváveis e sequer cogitávamos preocupações de ordem financeira ou sentimental.
A professora,o colega de classe,primeiro amor,tudo era tão único e intenso!
Sonhamos com nosso futuro e acordamos nu'um pesadelo.
Só desejei crescer e todo prazer de viver diminuiu,enquanto as dores só aumentam.
Detalhes pessoais
Gosto dos meus pés descalços
E meu pescoço descoberto
Gosto da delicadeza dos tecidos sobre o meu corpo
Gosto da minha pele macia
Do meu traseiro redondo em roupas coladas
Gosto da minha feminilidade
Dos meus passos e tropeços
Gosto do meu olhar selvagem as vezes
Das feições nada meigas
Os detalhes dos meus movimentos
Gosto de ser quem sou e de brilhar onde vou
De atrair, desejar e ser desejada
Sou menina mulher
Sou levada.
Pense antes de se vestir de orgulho, mesmo frio, e jamais pises em alguém, pois, os pés descalços nos espinhos se ferem e, não podem omitir o sangrar.
Com olhos a marejar, eu te ensino a sambar, com os pés descalços na beira do mar.
O amor é o criar da vida, é a batida do meu coração.
Meu samba é a minha paixão, o encanto da sereia, no brilho da areia quando vejo o seu olhar.
Sonho com a alegria, de uma eterna emoção de deixar-se amar.
"Onde estão?
As sangas e as cachoeiras
Que meus pés descalços buscavam
Para o fogo abrandar
Acalma a minha alma, só do trajeto lembrar.
Das coisas que sentia
Na natureza a passear".
Eu quero correr de pés descalços... Soltar pipa... jogar bola de gude no quintal... Entrar em casa com o rosto sujo... Assistir televisão... Fazer de conta que a história que meu pai contou é real. Quero jogar bola com os meus colegas de escola. E dentro da minha cabeça uma voz canta e dança: Criança... Criança... Criança... Você é do mundo a maior esperança! Ser criança devia ser experimentar o paraíso. - E Sonhar é preciso. Ser criança é sair do castigo só para te abraçar! Ser criança é saber o verdadeiro sentido de amar. Ser criança é crer que o seu mundo de fantasia é real e absoluto! O pior medo de uma criança deveria ser um dia ter que tornar-se adulto! Mas ser criança é ter medo de coisas bobas e não temer o perigo! Mãe,ser criança é bom ! Mas o melhor mesmo de ser criança é poder brincar contigo!...
Sairei, com os pés descalços, braços bem abertos, desviando-me do tempo, buscando por ternura, acolhendo afetos mendigados, para não estar sózinha... Só para ludibriar o tempo, tendo a bravura, manter-me-ei transtornada, só para enganar o momento e não ter que esperar a vida passar...assim mesmo...
Marilina Baccarat (escritora brasileira)
No livro Vértices dotempo
Banhar-me-ei nas águas sagradas do amor, para que eu possa chegar límpida até você. De pés descalços te estenderei as mãos cheias de flores.
De pés descalços, caminhando pela praia, no fim de tarde,
sinto uma paz que acalma,
que faz esquecer do desgaste mesmo que só por alguns instantes, um breve momento de simplicidade já é muito revigorante.
Afasta-se
Em uma rede encostada
Cheiro agreste e pés descalços
És o príncipe leão de si
Será o prazer de seu coração
Juntos somos total emoção
Quase aberto o roupão
Solto o cabelo
Jasmineiros e galhos encurvados
Era um quadro celeste
Já, nela
No sábado, o condado da Direita sem calçada e de pés descalços sujos sem calçado, aumentou à fome que se alastra nos lastros das fundações sem alicerces, estivas e bases, mas aceso e baseado, estão plenos e com gente com vírus Delta solto pela praça.
As ruas estão no inverno, pegando fogo.
O "almoço" durante o jantar, no restaurante à francesa, escrito à L'amitié, na rua Conde de Bobadela é uma boa pedida.
Um couvert de cenoura crua, pepino em tiras, patê de azeitona, berinjela, grão de bico calado e pão francês cortado à cabeça na guilhotina da Bastilha.
Não há beleza requintada sem alguma estranheza na proporção.
E não acredite em nada que você ouve, e apenas em metade no que você vê.
Nesse tempo de língua solta e barata, ela é uma boa pedida.
SONETO NA CHUVA
Quantas vezes, pés descalços, enxurrada
A minha infância, na inocência eu brinquei
Águas em versos, chuva molhada, sopeei:
Quantas vezes eu naveguei na sua toada?
Na narração me perdi, no tempo maloquei
As lembranças ali no passado deixada
De memórias fartas, meninice, criançada
Aqui no peito guardada, e nelas estarei...
Céu cinza do cerrado, nuvem carregada
Deixa chover, pois só assim eu alegrarei
Da varia recordação da pluvial derivada
Pingo a pingo, trovoada, no outrora voltei
Água na cara, cachoando na alma calada
De saudades, neste soneto na chuva, falei!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
Memória poética
de uma infância
com os dois pés
descalços no barro,
Desejo inocente
por doçura socorrida
por uma Mariola,
Talvez alguém
não tenha provado,
Quem provou
provalmente não
tenha reclamado,
Mariola do passado,
de hoje e de sempre
eu honro o seu legado.
A genialidade é aquela que sempre anda a pés descalços, nunca com celeridade, pois sabe que nunca será alcançada
Esperança é um menino de pés descalços brincando entre nós. Não se contenta em esperar, mas age com a simplicidade dos pequenos gestos. Vive o presente como quem descobre um inseto no quintal, agradecendo ao passado sem se deixar aprisionar por ele. O passado é um rio. A vida segue. O futuro deve ser olhado com a calma de quem observa nuvens. Algumas coisas mudam com nossas mãos; outras, como o tempo, nos cabe aceitar. Isso é esperança.
Envolventes palmas,
na testa marcada
e nos pés descalços
há os sinais da mais
brilhante e distante
das galáxias nomeadas
e tempos de roseirais:
Cosmos RedShift 7
e o zodíaco na pele
de quem nem mesmo
o mau tempo teme.
Desconfiava sempre
que eu era diferente,
e sempre soube
que estava certa
com o coração voltado
para a Lua e o infinito:
O meu rosto carrega
a herança visível
de um povo perdido,
e da minh'alma gêmea.
Nas mãos bailarinas
que trazem acenos
para a imortalidade,
eu sei e você sabe,
e assim nos queremos
com pacientes segredos.