Pés Descalços
Sairei, com os pés descalços, braços bem abertos, desviando-me do tempo, buscando por ternura, acolhendo afetos mendigados, para não estar sózinha... Só para ludibriar o tempo, tendo a bravura, manter-me-ei transtornada, só para enganar o momento e não ter que esperar a vida passar...assim mesmo...
Marilina Baccarat (escritora brasileira)
No livro Vértices dotempo
Do alto do abismo
Solitário estou
De pés descalços
E um traje cálido
Tudo o que restou
Por muito tempo andei
Atravessei longas noites frias
O Sol se escondeu de mim
Combati meus medos e anseios
Para chegar até aqui
Não sei se ao cume alcancei
Ou se os montes desceram à mim
Será aqui onde tudo acaba?
Ou será o recomeço?
Vejo águas límpidas jorrando d’um alto rochedo
Árvores estrondosas e frutíferas
Centenárias ou milenares
Não importa
Revigoram-se a cada dia
Um paraíso ou uma miragem
Tanto faz
Quando acordar, saberei.
Deusa dos Pés Descalços
Desconcertando a quebrada,
Deslizando pela encosta,
Abrilhantou-se prateada,
Requebrada e predisposta.
Dona da redondeza,
Ronda os arredores,
Prodígio em sua fortaleza,
Fascínio para maiores.
A Deusa dos Pés Descalços.
Já houve quem descasou,
Plantando-lhe junto no encalço,
Afeto que avassalou,
Pela Deusa dos Pés Descalços.
Menção para a vaidade,
Desbancando gingados falsos,
Desce o beco como santidade,
A Deusa dos Pés Descalços.
A Deusa dos Pés Descalços.
...
Meu sábado com cara de segunda tem um leve presságio de domingo com os pés descalços. Inebriante sensação de vitória acometeu minha cafeína matinal, e eu recusei o fardo que me desviara do propósito.
Meu cérebro não é latifúndio da aristocracia de direita, e sim uma colmeia com a mais pura e linda quimera esquerdista.
De pés descalços, caminhando pela praia, no fim de tarde,
sinto uma paz que acalma,
que faz esquecer do desgaste mesmo que só por alguns instantes, um breve momento de simplicidade já é muito revigorante.
De pés descalços sigo minha sina que me adoesse e também me anima.
O calor aumenta minha dor ao lutar pelo seu amor... Já começo a delirar, mas não paro de brigar, pois o seu amor quero eu ganhar.
Quintura da bixiga e ainda aumenta todo dia, de dentro pra fora aí é que estoura vendo você no mar a nadar penso até em escrever nossa história parado a ti contemplar.
Tão bela em movimentos de donzela se distância e se aproxima criando até certo clima, mas penso será que é o canto dessa sereia que dentro e fora do mar pisando ou não na areia me desnorteia.
Só quero que deixe de besteira ou me diga se estou marcando bobeira em buscar uma oportunidade de te mostrar que é esse marujo aqui que você deve amar!
Um Cigarro mentolado
frescor entre pele e aço
Frio na barriga pés descalços
Ofegantes violinistas
Dedilhando seus genitais
Partitura composta
Pôr estímulos sexuais
Robert Johnson
Habita na minha língua
Ouço gemidos de nina simone
O Corpo também se alimenta
Me, engole e deguste
Até matar sua fome
Mulheres molhadas De lágrimas
Homem secos de alívio
corpos bem Maquiados
Escondem o hematoma
olhe bem no fundo
Quando for, ouvir ela dizer
Sobre angústia
Talvez suas calças percam o volume
E Seu, estômago embrulhe
você, odiaria nesse momento
Ser homem
Mas jamais abriria mão
Dos privilégios de ser, um deles.
Já, nela
No sábado, o condado da Direita sem calçada e de pés descalços sujos sem calçado, aumentou à fome que se alastra nos lastros das fundações sem alicerces, estivas e bases, mas aceso e baseado, estão plenos e com gente com vírus Delta solto pela praça.
As ruas estão no inverno, pegando fogo.
O "almoço" durante o jantar, no restaurante à francesa, escrito à L'amitié, na rua Conde de Bobadela é uma boa pedida.
Um couvert de cenoura crua, pepino em tiras, patê de azeitona, berinjela, grão de bico calado e pão francês cortado à cabeça na guilhotina da Bastilha.
Não há beleza requintada sem alguma estranheza na proporção.
E não acredite em nada que você ouve, e apenas em metade no que você vê.
Nesse tempo de língua solta e barata, ela é uma boa pedida.
Com olhos a marejar, eu te ensino a sambar, com os pés descalços na beira do mar.
O amor é o criar da vida, é a batida do meu coração.
Meu samba é a minha paixão, o encanto da sereia, no brilho da areia quando vejo o seu olhar.
Sonho com a alegria, de uma eterna emoção de deixar-se amar.
"Onde estão?
As sangas e as cachoeiras
Que meus pés descalços buscavam
Para o fogo abrandar
Acalma a minha alma, só do trajeto lembrar.
Das coisas que sentia
Na natureza a passear".
Detalhes pessoais
Gosto dos meus pés descalços
E meu pescoço descoberto
Gosto da delicadeza dos tecidos sobre o meu corpo
Gosto da minha pele macia
Do meu traseiro redondo em roupas coladas
Gosto da minha feminilidade
Dos meus passos e tropeços
Gosto do meu olhar selvagem as vezes
Das feições nada meigas
Os detalhes dos meus movimentos
Gosto de ser quem sou e de brilhar onde vou
De atrair, desejar e ser desejada
Sou menina mulher
Sou levada.
Águas claras caindo no chão pés descalços sob a elevação.
Dedos sem pontos unidos meus braços abertos além disso.
Estéril fuga um aceno estirado na fileira esquecida estirpe.
Noite toda barbárie gota a gota mortalmente o resoluto feri.
Rescente reacender luminar frequente sob luar estimando-se.
Cego afundará reluz espero sonhar completo refletindo espiral.
Bel-prazer adianto o inevitável o querer sem definição real.
Interceptações e negligênciais degradam a rua dentre mortais.
Brusco atirar flecha e fogo foi morto sem espectador absorto.
Ingrediente constituído sem ler o manual o listrado pijama.
Conto primeiro se despede-te fronte ao pátio protesto vigorou.
Obnubilação mestre rei e guardiã clara luz que vem logrando.
Aflora sementeira irrigando-se a passo curto prazo puro.
Ajeita sexta respectiva pinça valente balanceando o centrista.
Romancista emigrando de tempo a porta a verdadeira vida.
Era tudo tão simples.
Pés descalços,unhas por cortar,cabelos emaranhados e a cabeça nas nuvens.
Haviam sonhos nos quais acreditávamos e a penúmbra da noite,indicava aconchego,carinho de mãe e uma ótima noite de sono.
Sorríamos de situações improváveis e sequer cogitávamos preocupações de ordem financeira ou sentimental.
A professora,o colega de classe,primeiro amor,tudo era tão único e intenso!
Sonhamos com nosso futuro e acordamos nu'um pesadelo.
Só desejei crescer e todo prazer de viver diminuiu,enquanto as dores só aumentam.
Pense antes de se vestir de orgulho, mesmo frio, e jamais pises em alguém, pois, os pés descalços nos espinhos se ferem e, não podem omitir o sangrar.
O simples me encanta! Pés descalços sentindo o tocar da terra, noite estrelada e aquele lugarzinho no interior livre de qualquer mal.
Bar com toca fita, cachaça barata e aquele velho poeta no pé do balcão que todos julgam o bêbado chato desiludido. Mal sabe eles, que é nesses lugares onde se encontra a paz, e alivia o amor que um dia foi quebrado. É no simples, que se encontra o verdadeiro significado amor. Seja nos pés descalços na terra, ou no amor desiludido, que embora ter seu coração partido está ali todos os dias a expressar o amor que não foi permitido.
31/08/21
Janayne Oliveira
Vida simples
Pisando no chão com os pés descalços
Correndo pelos campos , longe da cidade
Em cada amanhecer um sorriso no rosto
Um olhar manso
Seu jeito quebrantado
Caminha humilde
O velho sábio
O ouvir seus contos
Em sua voz suave
Senti uma saudade
Daquele velho danado
Fecho os olhos e lembro com alegria
A vida é simples
Mas de muita alegria
O cheiro da terra
O cheiro do mato
Me traz lembranças
Do tempo que eu era uma criança
O vento sopra a meu favor
Foi nesse mundo que aprendi
O que realmente tem valor
E hoje reside em meu coração
A tranquilidade e o amor
E o no mais simples
Encontrei vida para meu interior
Poetisa
IsleneSouzaLeite
A genialidade é aquela que sempre anda a pés descalços, nunca com celeridade, pois sabe que nunca será alcançada