Pés de Criança
Para toda paixão se faz uma oração
Entrega-se de pés, mãos e coração
Grita-se o relento, eterno para o vento
compreende-se toda reflexão, a imensidão
Para todo amor se escolhe a quem e uma canção
Silencia-se com sentimentos, constante explosão
Acolhe-se a cada verso um beijo
A cada cifra, o som de um desejo
Paixão se perde em vento, desaparece em imensidão
Amor se eterniza, explode a cada toque do refrão.
Muitas pedras irão obstruir o teu caminho, mas teus pés a transformaram em nuvens, se prosseguires olhando sempre para o céu.
Fique só por algum tempo, longe de todos, descalce os pés de tudo, nem que seja olhando um filme, lendo um livro ou num simples banho demorado, porque todo mundo precisa de um tempo sozinho.
Tenho o direito de mudar minha opinião quando eu quiser. Mas obrigação de mudá-la com relação as pessoas quando elas mudarem suas atitudes com relação à vida.
Me poupo dos encontros que a vida, ardilosamente, promove. Talvez seja impossível não cruzar com pessoas desonestas ou mal intencionadas mas, quando isso acontece me poupo do desprazer de bater de frente, ignoro e deixo passar e se, assim mesmo, elas insistirem em ficar, eu me retiro pois não dou a ninguém o prazer de tirar a minha paz.
Cuidado com o coração! Ele não é um saco sem fundo onde a gente vai guardando tudo. Uma hora ele pesa tanto, que não sente mais.
Sinto a liberdade sob os meus pés. Sinto a grandeza da vida, que sempre me convidou para descobrir os seus segredos. Sinto o amor que encontrei pelo caminho e que passou a morar em mim. Sinto a felicidade me visitar todos os dias e me renovar com o seu toque suave. Sinto que nunca vou perder a vontade de seguir em frente, porque sei que, apesar dos tropeços, eu não estarei só.
Eu queria ser um pássaro
Livre pelos ares
Queria morar no meio
Dos pés de flores
Queria voar até a sua janela
E lhe observar, lhe acompanhar
Em todo e qualquer lugar.
Não tropeces nos próprios pés, saibas que o andar de Deus pode ser lento, mas é minucioso e preciso e se queres chegar ao caminho, sincronize os teus passos aos Dele.
Que venha 2015.....
"Enquanto os pés tocarem o solo haverá luta e perigo.
É preciso deixar-se erguer aos ares."
O VENTO
As conchinhas da praia logo se mostrarão... Irão às profundezas buscá-las. Não as verão. Perdidas entre o que desconhecem e a ambição, sorvem amarga bebida...
Tudo passará. O tempo anuncia...
Depois de todo o movimento não se encontrarão mais o norte ou o sul, o leste ou o oeste.
A consciência da unidade dita novos padrões.
O véu de lágrimas que cobria a face mãe rompe-se, e suas pérolas azuladas revelam-se aos filhos...Onde havia ódio ela vê união. Onde havia malícia ela encontra candura...Onde havia ambição ela colhe entrega...É a nova Terra!
Todos sabem. Todos foram avisados. Todos ouviram a Lei. Resistentes à sua simplicidade, fingiram não a entender. Os hipócritas são mais lodosos que os ignorantes. Por escolha, optam pelo odor da deterioração.
A aguda seta do Anjo feriu o Ocidente. É preciso expurgar parte do sangue aprisionado.
Das areias do deserto se elevará o mistério da vida e da morte. Mas o olho do especulador não penetra a linguagem das serpentes. Assim cai mais uma medalha.
O fogo emerge das entranhas das águas. Novas terras surgirão entre os dois berços. Estupefatos, os homens não ousarão tomá-las.
O Anjo então dirá: "Eu sou o que três vezes bateu em vossa porta sem que me reconhecêsseis.
Eu sou o que a cada manhã se une aos raios de sol e vos concede a chama da vida. Eu sou o Legislador do Juízo. Venho reunir os cordeiros e expulsar as feras".
O espelho da águas se incendeia pelo poder de sua voz e roda a vida pára, como se ingressasse num mundo sem tempo, como se à eternidade se entregasse...
vc quis tantas vezes por meus pés no
chão, e até hj n tinha se dado conta q
eu n sei viver se n voar o mais alto q
conseguir. eu quero alcançar as nuvens,
e vc sempre foi mais feliz ficando ai em terra firme.
Não sou chegada a esse negócio de etiqueta, tudo certinho...me sinto presa, me sufoca...prefiro pés na areia, olhos no mar...sou meio pássaro, cigana...me fascina o fora do lugar.
Era admirável a forma como o rapaz brincava com as palavras. Estava sentado à soleira da porta, pés descalços, cabelo desarrumado, camisa azul-claro desabotoada e mangas arregaçadas. Tinha em mãos um velho caderno, já maltratado pelo tempo (devia ter apenas umas poucas folhas em branco, mas ele não parecia se importar), que um dia esqueceu ali e não me acanhei em bisbilhotar. Oscilava entre escritas suaves e doses de rum engolidas com maestria. Sua garganta não parecia queimar, ou talvez por queimar, é que os goles se estreitavam em curtos lapsos. Eu o observava sempre de longe, desde que o havia descoberto. Seu semblante era uma incógnita, parecia esconder a volúpia que não lhe saltava a boca, mas se desenhava no atrito entre grafite e papel. Esboçava orações soltas que independiam de pautas, e depois as unia, dando-lhes um sentido escondido entre quereres e saudades. Sentia vontade de convidá-lo para jantar, e, no momento oportuno, indagá-lo sobre sua vida, sobre seus medos e receios, sobre porque sempre enchia a cara de rum ou qualquer bebida quente para, enfim, deixar seus sentimentos agarrarem o papel. Contive o desejo, talvez por um tempo, de me aproximar. Ele sabia que eu o fitava de longe, porque por vezes me encarava com cara de paisagem e sorriso desnudo, e eu quase podia ouvi-lo me chamar para sentar ali, e fazer-lhe companhia. Quem sabe, num fim de tarde qualquer... Gosto da ideia da luz se ausentando no crepúsculo e da temperatura caindo ao chegar da noite. De uma madrugada de gestos e palavras trocadas com fidelidade recíproca. Gentileza que gera gentileza. Por ora, apenas o observo com um imenso sentimento de bem querer, mas se me aproximar... ah! Se chegar mais perto... Pego o caderno empoeirado que ele tem nas mãos e lhe escrevo: "Sorria mais, e sempre. É lindo de se ver. Você me devolveu sorrisos e palavras. Continue a escrever, também. É ainda mais bonito. P.s.: Minha gratidão.". Depois o deixo decidir o que fazer. Mas agora, continuo apenas a contemplá-lo e pensar... É belo! (...)
Sensações gostosas:
Fazer as unhas dos pés, parece banho tomado.
Após a depilação, estamos prontas para dominar o mundo.
Tomar banho de rio sem se importar com o tempo acontecendo lá fora.
Tirar o sutiã depois de um dia longo de trabalho.
Massagens nos pés e nas costas.
Acordar e o café já pronto.
Chupar jabuticabas bem geladinha.
Eita coisa boa!
Observante
Espio pela janela,
Coberta pela cortina telada
E vejo ao longe, pés enormes de figo.
Por entre eles desce uma
Pequena estrada em forma de meia lua.
À direita segue uma tira de mato
Como um satélite que se alonga.
Ah, antes que eu esqueça.
Acima. Muito acima.
Está o céu, parcialmente nublado.