Pés
Pés descalços,
Calçados,
Com chinelo, coturno, tênis, tamanco,
Sapato de salto alto, sandália, e bota de falso couro,
E o que mais se tem nestes metros quadrados,
É pé rapado meu senhor dos desafortunados,
Sujos, soltos, cansados, presos e amarrados,
Me socorre de tanta pisadura dura,
Que nossa alma quase desgraçada,
Está descalça e sem doçura,
Na imensidão da tua beleza,
meus olhos sentem prazer em mergulhar, és linda dos pés a cabeça, radiante como o Sol e vívida à semelhança do mar, é nítido o ardor dos teus sentimentos e a impetuosidade do teu amor,
logo, és capaz de proporcionar calorosos momentos
por seres autêntica, atraente e excitante como um forte resplendor de um amanhecer estonteante.
Enche o teu copo...
Bebe o teu vinho...
Enquanto a taça não cai de tuas mãos...
Olhe, por um longo tempo, o céu pontilhado de estrelas...
Enquanto não turvam os olhos teus...
Abre a tua janela de par em par...
Lá fora, observe, a vida canta enquanto a brisa sussurra...
E te chama a compartilhar...
Transforme numa eternidade o teu rápido instante de alegria...
Ame...
Chore...
Sorria...
Grite...
Gire...
Crie seus caminhos com as plantas de teus pés...
Sonhe...
Você pode...
Enquanto tremula ainda...
A luz de algum clarão...
Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
A nossa infância
Dizem que sou infeliz
Se alguém olha para o meu corpo abre a boca e diz:
Roupa rasgada
Os pés descalços
Terra na cara
Feridas e cicatrizes por todo o lado
Ele é realmente um necessitado!
O que não sabem, é como eu vivo
E de onde vem o sorriso nos meus lábios
Dizem que sou infeliz
Que estou desnutrido
Porque na minha mesa faltam cereais, leite, amido
Então venham comigo
Esse é o meu matabicho:
Pão e chá
Feitos de folhas medicinais
Com os melhores sabores que há
Lanche em casa?
Não tenho!
Isso depende do meu empenho
Manga, Safú, Jaca …
Já nem sequer almoço ao chegar em casa
O que ninguém esquece
É daqueles banquetes em que eu simplesmente era:
“O cozinheiro chefe”
QUANDO TE SONHO
Quando me aposso da noite do sonho,
Os pés do mar correm em ondas,
E querem se aformosear em teus passos.
Tornam-se seixos encravados em tua espera.
Na terra os braços do vento te acariciam.
Matizam-se de cores para ornar teu ventre.
Tua boca me incita,
Ao não desver o querer imaginado.
Não desperto. Cubro-me de ousadia.
Continuo te inventando,
Antes que desenleie o dia da saudade,
Entre uma e outra possível eternidade.
Um dia ela olhou para trás, e viu que precisava tirar as sandálias e molhar seus pés, deixar que a lama a sujasse outra vez. Não importava como sairia dali, se teria como tirar a lama dos pés. Ela só queria poder sentir o frescor da simplicidade da infância outra vez.
Deita-te em meu leito
Permita-me beijar teus pés
E acariciar delicadamente teu corpo
O perfume das flôres de pequi confunde-se com o do teu cabelo
Caliandra, a Ciganinha, enriquece o contorno dos teus seios
Os velhos Ipês e Flamboyants são as testemunhas desse momento
O "diz que diz" do vento em suas folhas e o refrigério da correnteza das minhas águas
Parecem saudar tua presença
Deita teu corpo em meu abraço
Descansa em meu regaço
E me faça feliz...
"Nossos pés, nossa base, deixando gravado nossos passos na vida. Através dele, encontramos o terminal de nossa saúde física, emocional e mental. Trate bem daquele que te leva sempre onde deseja ir"
Leva-se tempo até entender que andar descalço pode ser mais prazeroso do que não poder tocar o chão. Se leva tempo pra sentir firmemente os caminhos que se quer sentir, as escolhas que se quer tomar, os muros que se quer pular. Muitas vezes paga-se caro pela simplicidade de andar descalço. É difícil compreender que se pode desagradar e continuar amável, que se pode amar e também magoar para manter-se saudável, até entender que se sua felicidade deixa o outro infeliz, realmente existe algo muito errado nisso tudo, e não é com você. Algo precisa mudar, mas realmente não é você que precisa mudar! Protagonizar a própria vida muitas vezes é abdicar do investimento de quem te ama ou diz que ama para escrever sua própria história com os pés no chão, mesmo que tenhamos aprendido a vida toda que não se deve andar descalço.
Já é noite
E lá está ela
Seu vestido azul claro
Enobrecido de seda
De pés descalços
Segurando seus delicados sapatos
Ela corre incansavelmente
Sem olhar pra trás
Sem destino pra alcançar
Apenas aspira fugir daquele lugar
Das lembranças que ressoam sem parar
Das feridas jamais cicatrizadas
Do seu passado que insiste em se manter presente
Das inúmeras desilusões vividas
De amores unilaterais
Sempre amou sozinha.
#DESVALIDO
Os pés sujos...
A alma triste...
Se há esperança...
Onde está?
No gole da cachaça...
Na bagana fumada...
Nos tempos de criança...
Na alma cansada...
As roupas são um trapo...
Encardidas, mal cheirosas...
Na pele enrugada...
A face da desesperança...
Será que é amado?
Ou somente suportado?
Por alguém tão igual...
Por alguém desigual...
Deixa acontecer...
Ponto final...
O vento traz as palavras...
Tamanha humilhação...
Brilho nos olhos perdidos...
Alguém lhe tem consideração?
Não é ninguém...
Para morrer basta estar vivo...
Para alguém...
Talvez faça falta...
Mas nessa noite malfadada...
Acalenta suas esperanças...
Na marvada cana...
Sandro Paschoal Nogueira
Caminhos de um poeta
Pés calmos não avançam
e a estrada os vence.
Que caminhos percorrem?
Cansados levam os olhos
a ver misérias humanas
criadas pelo homem.
Um olho olha,
o outro cala.
A lágrima ...
Tão duro construir
a paz!
Repetem-se os passos
- O anexo não salvou Anne -
Nada se salva
O mundo acaba
A humanidade é a mesma.
Posso estar em frente ao mar e ainda assim apenas molhar os pés.
E olha que não estou falando
de praia em! 🤔🙄
"... Precisei tear em tua face, meu olhar.
Costurar entre meus pés, tua andança.
Para não furtar-me de deixar em mim,
O dia em que te arquitetei na espera..."
In Fragmento Poema Quando Tateei Tua Face
Estão escabrosas as minhas mãos. Nos pés, cicatrizes de um calçado estuporado pelo calcorreado e ainda, um longínquo caminho a percorrer.
O inimigo debaixo dos pés
Jesus, da tua autoridade.
Do teu poder, tua fé e verdade.
Quero sim, poder ordenar.
O inimigo debaixo dos pés.
Atrevido mísero da maldade.
Que materializa principados e potestades.
Diante de mim ele vai rastejar.
Da tua ordem, do teu poder misericordioso.
Arranca os inocentes do calabouço.
Que o inimigo quer aprisionar.
Ele implanta o pecado.
Maldoso revelado.
Diante de mim vai desabar.
Aquele perverso, tenta manchar o coração.
Tenta implantar sujeira na mente.
Tornar se teus filhos de obsoleta mente.
Causa intriga, contenda e depressão.
Causador de enfermidade.
Acusador, manipulador de verdade.
Vai desabar, rastejar no pó, no chão.
Atrevido fica furioso quando não tem brecha.
Diante do escudo, atento o arco e a flecha.
Ele que tanto tripudia de mim e do meu semelhante.
Estou com autoridade do Santo Espírito consolador.
Vai desatar todo nó, vai ser exterminado agora, mísero que causa dor.
Giovane Silva Santos.
14/09/2022 19:27hs.
Passos, pés ,
cada um em sua estrada,
pedras, pedriscos, perdidos,
muitas vezes a alma machucada,
seguindo a vida sem temer
nela temos que perseverar
em busca de tudo ou nada,
iguais em luta, sobrevivência,
enfrentando o seu rumo
em direção ao futuro