Pés
É que enxergar vai além ver, é a essência.
A essência é o que vem de você desde o princípio.
Navegar mares profundos é para poucos.
Teus olhos denunciam não saber esperar.
As vezes não conseguem ao menos ver.
Que para amar basta apenas saber entender.
Que para molhar apenas os pés em mares calmos, não é sentir o melhor sentimento, mas sim entrar de corpo e alma para que o que tem por vir é só o começo.
E no início vai querer desistir porque é a saída mais fácil, mas Deus te prometeu, e Ele não é homem de uma palavra torta, Ele irá cumprir.
Basta você crer e acreditar.
Olhar com os olhos D'Ele, você vai ter a sua vitória, e neste mar Ele irá te guiar em seu barco.
Aos poucos a gente descobre que as pedras no caminho não eram tão grandes assim. Aos poucos a gente descobre que nossos pés firmes ao chão e o que nos fazem voar.
Linda Poesia
De pés delicados
Juvenis como sua alma de mulher
Linda Poesia
Olhar de Sol Nascente
Num rosto de menina
Que sabe o que quer... "
A nuvem chega sem vento.
Tudo viaja,
vai passando.
Extasia em seus olhos
o escuro que faz lapidar
a vida que se torna frágil
e que não tem mais forças para morrer.
E que segue vivendo o agora,
segue de lembranças
com tonalidades veranis
e dores de mato.
Lançando ponta pés na lua
caindo num mergulho revirado.
Nessa angustia difusa.
Invadido.
Dia de chuva...
Estrada molhada...
Vento frio...
Sigo as curvas do rio.
Descalço meus pés
Sigo com fé
As pedras do caminho...
Não me ferirão os espinhos.
O vento me desequilibra
Meu corpo nem liga
A chuva um açoite
Termina o dia... começa a noite.
Não há estrelas no céu
O que me cobre é só um negro véu
Não posso parar
Continuo... lágrimas pelo meu rosto a rolar.
Chuva sagrada
A lavar mais uma alma desgraçada
Tremo de medo... ou é de frio?
Não importa...
A vida é torta...
Continuo até do fim encontrar a porta.
E fim... deste frio em mim...
Ou será o começo de um frio escuro eterno que jamais terá fim?
Não importam os ásperos caminhos,
nem as beiradas de abismos sem a luz,
nossos pés descalços seguem seus passinhos,
pisando pedras, sem senti-las, a poesia nos conduz...
maldita seja
a arrogância
quem a veste
anda descalça
nem mesmo
um belo salto
cobre os pés
de quem a calça
"Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros" (Jo 13.14). Com a expressão "uns aos outros", Jesus mostra que o verdadeiro amor é mútuo.
Meus pés não alcançam mais minhas pegadas. Elas estão dentro de um limite onde o futuro e o passado se misturam.
DIVINA HARMONIA
Pés despidos na terra
Abençoada. Sintonia
Intrínseca de sua cintura
Com o balanço das árvores,
Em ritmo do cantar do
Sabiá-Laranjeira.
Transcende seu sentimento
Tão límpido quanto a água
Da cachoeira. O seu vigor
Vibra com a queda nas
Pedras vestidas de limo.
O ar estreme sacia os
Pulmões, o espírito.
A Mãe Natureza gratula
Sua romaria. Carpe diem!
Ando de pés descalço sob a loucura que me rege e em minhas juras de herege me oponho a ter pontos fracos...
Quando o amor da minha vida se foi..
Se pudesse eu gritaria;
Não vais amor, não podes, não quero...
Não pude.
Parei, atravanquei, me perdi no buraco,
E a voz, se afundou
Sob meus pés.
Chorei!
A vontade do meu amor, era tudo.
Então parti-me ao meio..
Deixei ir e também fui..
DIFERENTES PÉS
Os Pés tinham raízes
Raízes grandes e se alimentavam do pedaço de terra que ali estavam
O alimento nunca faltava
As folhas sempre apareciam
O dia era dia
À noite somente noite
Havia sincronia entre o Sol e a chuva
Havia sintonia entre a terra e a água
Porém havia alguns Pés que não entendiam porque ali estavam
Esses Pés não entendiam porque mesmo com o Sol, com a chuva e com a terra fértil ali não se encaixavam
Então esses Pés cresciam por crescer
Viviam sem viver
Iluminavam sem brilhar
Mal sabiam eles que era a própria terra que os matava
Essa terra que alimentava era a mesma que dava fome
Essa terra que trazia segurança era a mesma que dava medo
Mal sabiam eles que raízes ali não tinham
Mal sabiam eles que era de Ar que precisariam.