Pensamentos Sábios
Que importa que eu venha a ter razão? Eu tenho razão demais. – E quem hoje ri melhor também ri por último.
Nenhum artista suporta o real. Qualquer artista, olhando para trás, tem a sincera opinião de que o verdadeiro valor de uma coisa é uma "sombra" que pode ser fixada nas cores, na forma, no som, no pensamento.
Aceitar uma crença simplesmente porque é um hábito aceitá-la – isso não seria agir de má fé, ser covarde, ser preguiçoso! – A má-fé, a covardia, a preguiça seriam, portanto, a condição primeira da moralidade?
Somente se escolhe a dialética quando não se possui outro recurso.
Para se erigir um santuário, é preciso antes destruir um santuário: esta é a lei.
O que é mau? – Tudo o que vem da fraqueza O que é felicidade – O sentimento de que o poder cresce, que uma resistência foi superada
[Deve-se] morrer orgulhosamente quando já não é possível viver com orgulho.
O amor por um único ser é uma barbárie: porque acontece em detrimento de todos os outros seres. Mesmo o amor de Deus.
Quando se tem caráter ainda se tem na vida a própria aventura típica, que sempre se renova.
É mais fácil lidar com sua má consciência do que com a sua má reputação.
Existem alturas da alma de onde mesmo a tragédia deixa de ser trágica.
A felicidade do homem que conhece aumenta a beleza do mundo e torna mais ensolarado tudo o que há; o conhecimento põe sua beleza não só em torno das coisas, mas, com o tempo, nas coisas; que a humanidade vindoura dê testemunho dessa afirmação!
Opiniões públicas: indolências privadas.
Assim, para fora da minha verdade-loucura, eu mergulhei (...) Que eu seja exilado de toda a verdade! Somente um tolo! Somente um poeta.
A loucura é rara em indivíduos, mas em grupos, partidos, nações e épocas, é a regra.
A potência intelectual de um homem se mede pela dose de humor que ele é capaz de usar.
Quando colocamos a verdade de cabeça para baixo, geralmente não notamos que também nossa cabeça não se acha onde deveria estar.
O público facilmente confunde quem pesca em águas turvas com quem colhe das profundezas.
Onde a vontade de poder declina de alguma forma, há sempre uma involução fisiológica, uma décadence.