Partidas
É que inda insisto acreditar no Amor
Mesmo com tantas desilusões
Mesmo com tantas partidas
Mesmo com tantos traumas
Mesmo com tanto sofrimento
Mesmo com tanta dor...
Meu coração teima
acredita e
tem esperança sempre num
novo recomeço .
Um dia inda hei de encontrar
um grande amor !
Sou feita de idas e partidas
De dores e tempestades
De cinzas
De barro
De pó
De chão
De feridas ...
Sou feita de esperas e de saudades
De dores e de inquietudes
De silêncios e de vontades ...
Sou feita de passado e de lembranças .
De longitudes e de desertos
De vagos e de andanças ...
Sou feita de vendavais e de becos
De maresias e de ilusões
De corredores e de recomeços ...
Sou feita de cansaços e de redemoinhos
De rabiscos e de obstáculos
De miragens e de vazios...
Sou feita de ontens e de memória
De solidão e de lágrimas
De velas e de histórias ...
Mas inda que o meu barco
naveguem por entre vendavais e
correntezas ...
Já tenho essa certeza :
Nasci fortaleza !
E assim ...
Vou remando com
meus pés ,inda que
exaustos
Mas busca dos meus
sonhos .
-Poema Escrito em 20/02/2015
Querendo ou não nossas vidas são um ciclo de chegadas e partidas, inícios e despedidas, e o único problema é que nosso coração quase nunca está preparado para o fim desses ciclos. A gente sabe que tudo tem um fim. A gente sabe que tudo tem um motivo, que tudo tem uma razão. A gente sabe que tudo tem o seu tempo, mas mesmo assim nunca estamos psicologicamente e emocionalmente preparados. Não adianta tentar se acostumar com a ideia antes, quando chega a hora nunca estamos prontos para despedir, nunca estamos prontos para dizer adeus. Não é que não estamos prontos, é que não queremos aceitar a ideia de não ter mais a pessoa em nossas vidas, para a ideia de não ter mais a presença, de ter somente a lembrança. Não queremos aceitar que nem tudo e nem todos vão permanecer para sempre em nossas vidas. Não queremos aceitar a ideia de ter que recomeçar de novo, do zero, iniciar todo um novo caminho, uma nova história sem aquele alguém. Nunca estamos prontos para dizer adeus, por mais que nosso coração sinta que já é hora de partir, a presença e o sentimento ainda falam mais alto. Querendo ou não, nossas vidas são um ciclo de chegas e partidas, e a vida não espera, a vida é agora, já chegou a hora de parar de brigar com o destino e aceitar seguir em frente, aceitar recomeçar, aceitar uma nova chance.
Porque dói-me tanto?
As ausências e as partidas.
Porque sinto a chuva em mim?
Dos vendavais e dos temporais.
Porque a dor entra em mim?
Instalando-se, enchendo os dias tristes!
Ricardo Cabús
AMOR E DOR
(Estações Partidas)
E pensar que a solidão
É tão maldita
Por trazer a dor
Mas o que dizer do amor
Com sua mão bendita
Que traz, além da dor, a desilusão
"Tantos encontros e
desencontros pela
vida afora....
Chegadas e Partidas,
Idas e Vindas...
Tantos dias
passei sozinha,
não digo solidão,
pois é
em momentos à
sós com
nós mesmos,
que podemos
nos conhecer,
nos entender,
Podemos refletir
e concluir o
que realmente
queremos para
a nossa vida.
Há três anos
atrás,eu já nem
sonhava em amar
e ser amada,
não tinha planos,
não tinha vida,
estava sem saída...
Mas,entre encontros,
chegadas e vindas,
Meu Amado
apareceu...
Uma Luz
em mim
resplandeceu...
Mas,sempre
senti,por mais
insano que
possa parecer,
eu sentia
que nós teríamos
uma linda
e verdadeira
história de
amizade e amor,
para poder
contar à quem
quiser acreditar.
Hoje eu acredito,
eu sei que
ele acredita...
Não haverá
mais desencontros,
partidas e nem
idas...
Só o nosso
amor que
crescerá e
florescerá
a cada dia...
Eu não tinha
mais fé,
e nem confiança
em pessoa
alguma,nem acreditava
em sentimento
algum,mas
o meu amor
chegou,ficou,
e provou o
quanto eu
posso acreditar e
confiar nele.
E,que com ele,eu
posso conversar
sobre tudo,
sem me sentir
uma tola.
Ele é o
meu melhor amigo,
o presente enviado
por Deus,
que eu cuidarei
com todo
o carinho
que ele
merece,eu
já sou acarinhada
todos os
dias por ele,
só pelo fato
de saber que em
algum lugar
desse Brasil,
há uma pessoa
que pensa em mim,
me deixa muito
feliz,e sinto-me
amada da mesma
forma que eu
o amo...
Lindo,agora
é só esperar
pela sua chegada,
pelo nosso encontro
e pelas nossas
vidas unidas,
sem idas...."
Tatiane Oliveira
Salve os Poetas...
Estamos vivendo dias de partidas, nos últimos meses deste ano impar de 2014 vivenciamos dias agonizantes de muitos poetas que sem escrúpulos nenhum partem para o seu deleite junto a Deus.
Partem sem dizer nada nem um pré-aviso, simplesmente em sua particular hora fecham seus visores de poeta e se vão. Acho, não sei afirmar com exatidão que eles fazem igual ao falador e blasfemam que na vida ``Já falei de mais´´. Mas isso só são suposições minhas.
Outro dia em meu habitat de trabalho uma jovem gritou ``Cuidado Nilton os Escritores, os poetas estão morrendo!´´. Isso, só porque publiquei um livrinho de contos mundanos! Mas na ausência de resposta e só depois meditando devia ter-lhe dito. `` É que Deus enviou muitos de seus Anjos aqui para terra e já estava na hora de começar resgatar alguns dos deles´´.
Creia o poeta não morrer ele apenas sai do físico para o espiritual e acredito sinceramente que seu legado perdurará enquanto exista nem que seja apenas um ser em terras desse mundo de deus.
Não que os poetas vaguem, não eles enraízam, frutificam e passam mensagens que o próprio Deus lhes embutiu na mente – Para acalmar nossos devaneios e alimentar nossos sonhos pra não cair cedo em nossas desilusões. Que a Paz esteja sempre em sua mente ou; quem sabe em seu coração.
Ilusões partidas
de: José Ricardo de Matos Pereira
Cessar ilusões,
Reter significados,
Depurar sentimentos...!
Sou eu,
Rascunho de meu querer,
Alfarrabo da virtude emblemada no verbo que cintila,
Que impactua no desejo que deseja a tua pele,
o teu lindo sonho...,
Restringir rancores,
Perpetuar emoções,
Colecionar felicidade...
Sou eu,
Vestígios do querer que urge,
Retrato do sentir que aflora...,
Orvalho que banha o norte de meu desejo e,
que ao sul,
transborda de emoção o sentir,
O querer,
O frasear do amor...
Ricardo Cabús
SIMBIOSE
(Estações Partidas)
Não, deixa-me aqui
Talvez pense em ti
Mas agora me deixa
Pois caso eu me queixe
Do seixo, da gueixa
Ou do caroço da ameixa
Será porque foste com certeza
Algum dia simbionte
Não pouco, mas um monte
Da minha vida, com tristeza
Ricardo Cabús
O RELÓGIO E O TEMPO
(Estações Partidas)
Não adianta olhar o relógio
Nem adiantá-lo tampouco
Pois pouco importa a sua vontade
De mudar o tempo
O tempo não adianta
O tempo não atrasa
O tempo é o tempo
Senhor total da situação
O tempo reina calado
Ricardo Cabús
ESPERAR
(Estações Partidas)
Quando espero
O que mais me angustia
É a passividade do ato
De fato
Ser passivo me incomoda
Poda
O tempo é meu inimigo
O silêncio é meu inimigo
O pensar é meu inimigo
Amigo é quem chega na hora
Vou-me embora !
Ricardo Cabús
QUATRO ESTAÇÕES
(Estações Partidas)
Cinquenta Invernos
Uns Verão
Cem Outonos
Nem a Prima Vera
Ricardo Cabús
QUASE SÓ
(Estações Partidas)
Estou quase só
Quase, porque você não sai da minha mente
Só, porque estou sem você
sonhos não pagam as contas
sonhos são feitos de lagrimas
em nossas almas partidas,
como enfeites no coração,
gosto purpura na solidão,
marcas vertentes em desejos
em sinônimo de paixão,
pouco tão clara minha alma,
solitude de bem me afogou,
entre mar e um céu
acabei nesse sonho.
Sobre as Partidas Inesperadas
Estamos em uma época cinza.
não como os filmes de outrora,
que sem palavras arrancavam sorrisos desenfreados ,
mas uma época de partidas inesperadas .
De entes sendo levados precocemente ,
e outros , que se dependessem do amor alheio ,
viveriam para sempre.
Alguns , o tempo cuida de levar
outros optam por caminhos com final supraescrito
pela "roleta macabra" da vida torta ,
é época de pais enterrarem filhos ,
e época em que filhos precisam mais do que nunca de seus pais .
É época de homens vestindo cinza
auto-nomearem-se detentores do direito
de executar a lei conforme lhes forem mais convenientes
Levando precocemente quem estiver na frente .
É época cinza pois a cada dia que se liga o noticiário
mais cores da vida vão embora ,
a cada conversa eventual na porta de casa ,
vem o luto , a má nova .
Estamos partindo.