Parabenizando uma Pessoa
Guerra Fria -
Neste momento,
não tenho mais por que
lutar.
É inútil,
é uma batalha
totalmente perdida — acabou.
O que restou da guerra
foi lutar contra o
espelho:
um velho conhecido, cheio de
marcas, feridas, traumas
acumulados — heranças de outras guerras (perdidas).
Posso até golpeá-lo,
atingi-lo,
mas o verdadeiro inimigo
é outro (confortavelmente
inatingível), com status
de vencedor — de Grande
Vencedor — dessa silenciosa e impiedosa "guerra fria",
onde vence quem sente
menos,
e o final provou, de maneira
clara e cruel,
que somente um tinha
coração.
Não Jogue o Jogo -
Não jogue o
jogo!
Um encontro — que leva a um
desejo — que transforma-se em sentimento — que nos faz
mergulharem sonhos —
é para nos ajudar a reparar
os estragos que a vida
costuma nos fazer
diariamente.
Se te rouba a paz:
causando desconforto,
provocando raiva, aflição...
não serve!
É inútil, traumatizante,
destrutivo.
Não jogue o jogo:
Ambos serão derrotados!
Não Quero Explicar: Talvez Não Saiba -
Primeiro,
a sensação de acolhimento,
de não estar mais,
aparentemente,
sozinho.
Depois uma dependência
e uma vontade a mais,
de mais e mais vontade.
E esquenta e esfria
e, às vezes,
transborda para quase secar.
Renasce (se é que é possível),
depois de quase morrer.
E morre,
inexplicavelmente, respirando.
Não, não é o amor:
é isto.
Nem sei bem como somos
por dentro, lá no fundo.
Mas espero que compreendas
todas as lágrimas e bebidas
e motivos desta semana;
deste mês;
deste ano...
Vá,
desta vida.
Tenho que aprender com outros seres humanos como ser humano. Pessoas nos tornam uma pessoa. Não posso ser o meu melhor se você não for o seu.
Jóia rara
Valoriza quem está do seu lado
Pois em meio a tanta lama
Quem perde uma jóia preciosa
É trajado como trouxa e jamais achará outra igual.
A verdade é q ninguém presta, nem nós mesmos. Vc pode ter o coração mais puro do mundo, mas ainda vai ter aquela impulsividade.
Somos imperfeitos, e procurar a perfeição é morrer em busca de algo impossível.
Em Casa -
Largo mão da rua e
ponho o pé na
escada.
Subo-a, não penso,
chego ao portão, fico ao portão.
Giro o trinco, abro o portão,
entro e fecho-o.
Dou cinco passos à esquerda
e chego à porta.
À direita, há entretenimento:
não paro — sigo em frente.
Mais nove passos e paro.
Olho rapidamente à direita,
há descanso:
não deito — continuo
adiante.
Mais dez passos e fico
diante de mais uma
porta — onde tenho passado
a maior parte do tempo.
(Dormir, pensar, escrever...).
À direita há água, há remédios,
há alimentos: não bebo,
não tomo, não como.
À frente,
depois da última porta,
a última janela
e o fim.
Atravesso a porta e fico
próximo à janela.
Dou mais dois passos e
chego à janela. Fico à janela.
Fecho os olhos e me sinto,
de fato, em casa.
Há conforto, há segurança — abrigo.
Agora
abro os olhos,
abro a janela e vejo à minha
frente (decorando a janela),
a lua.
E assim, de repente,
como se amasse,
eu me lembro que existe um
mundo inteiro distante,
bem distante, muito
distante lá fora.
E choro.
Falha -
Tentei,
o dia inteiro,
encontrá-la, mas falhei.
Revisitei importantes lembranças
— gestos, fotos, vídeos —
e,ainda assim,continuei vazio.
Abracei-o.
Beijei-o, e nada.
Mesmo diante da pessoa mais importante do mundo,
no dia mais importante do
ano,
eu não encontrei as palavras,
os encontros — a Poesia.
E falhei.
Mesmo com todos os motivos
e sentimentos;
mesmo com todo o orgulho e admiração, eu falhei na busca.
Tudo que consegui escrever
resume-se a isto:
Este lamento, esta culpa, esta falha.
Este vazio.
Todas as crianças são especiais.
Absolutamente todas.
Mas nós, adultos, falhamos.
Falhamos muito.
E, grosseiramente, estragamo-las.
Quer saber um pouco mais sobre uma pessoa é só saber ou ler o que ela pensa nas mensagens postadas de reflexão.
O Normal da Coisa -
Eles não me deixarão
em paz.
E eu não vou conseguir
deixá-los também.
(Mas, certamente, eles ficarão
melhor que eu).
Agora é isto:
o normal da coisa.
E a coisa toda está fundamentada
na futilidade, superficialidade e mediocridade da grande maioria deles.
Eu precisaria ficar rico,
talvez,
para que algo diferente
aconteça.
Então,
precisarei somente de alguns
deles, e esses eu os
suportaria.
Eu posso suportar alguns
deles, certamente.
Eu não suporto muitos
ao mesmo tempo:
Uma vizinhança, uma cidade,
um país...
Uma geração e a próxima
sob os efeitos desta.
O CARENTE
Vim contar a história do "O carente"
Como o próprio nome já diz
Ele é carente, carente de amor
Ele não recebeu esse amor
De seus familiares
Mãe, pai, vó, vô, irmãos
Por causa dessa falta desse amor
Ele faz de tudo para chamar
A atenção de todos
Ele cria um personagem que
Chama atenção, chega até
A ser humilhar para chamar a atenção
Pensando que a atenção
Substitui o amor, que não recebeu
Mas... Ele sofre! Sofre muito!
Pensa que a felicidade está
Na outra pessoa, não em si mesmo!
Agrada extremamente as pessoas.
Deixa de ser ele mesmo, para agradar
As pessoas
Isso é muito triste!
Não é só "O carente" que sofre!
Várias pessoas sofrem também!
Lógico, que tem tempos que somos
Carentes! Todos somos!
Mas "o carente" ele é assim
O tempo inteiro! A vida toda!
Quando chega ao ponto de se
Humilhar! Já é grave, por mais que
A pessoa não ache!
Mas...tem tratamento!
"O carente", tem que começar a gostar de si mesmo, não agradar tanto as pessoas,
Comece a gostar de sua companhia!
Tudo isso é feito pela força de vontade
Quando "o carente" desistir de tudo!
Vem um brilho de força, de vontade para erguer-se a luta!
Assim "O carente", não deixa
De ser extremamente carente