Palavras que Tocam no Fundo

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Ser tricolor não é uma questão de gosto ou opção, mas um acontecimento de fundo metafísico, um arranjo cósmico ao qual não se pode - e nem se deseja - fugir.

Ninguém tachou de má a caixa de Pandora por lhe ter ficado a esperança no fundo. Em algum lugar há de ela ficar.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

Nota: Trecho adaptado do original.

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Quanto amargor fermenta-se no fundo da doçura, quanto desespero esconde-se na abnegação e quanto ódio mistura-se ao amor.

Convence as paredes do quarto e dorme tranquilo, sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo.

Esvaziei a mala, olhei no fundo dela, limpei, e estou indo preenchê-la com coisas novas. Sensações novas, situações novas, pessoas novas.

Se despirmos o ocultismo dos seus ritos e paramentos, o que resta no fundo é o Yôga.

É difícil olhar no fundo de seus olhos e não conseguir imaginar as infinitas possibilidades que teríamos se o destino nos permitisse.

Música e fala - insistia - deveriam andar unidas, eram no fundo, uma e a mesma coisa, a fala era música, a música um modo de falar.

No fundo você sempre sabe a verdade, mas às vezes dá vontade de se iludir, né?

Ando tão triste que às vezes me jogo na cama, meto a cara fundo no travesseiro e tento chorar. Claro que não consigo.

O segredo da felicidade está em você. Respire fundo e regue o seu jardim de sonhos, levante o queixo e assista suas flores crescerem.

‎No fundo, bem no fundo, eu tenho é tanta saudade de tudo.

No fundo, a culpa de tudo o que acontece em nossa vida é exclusivamente nossa. Muitas pessoas passaram pelas mesmas dificuldades que passamos, e reagiram de maneira diferente. Nós procuramos o mais fácil: uma realidade separada.

A Grande Guerra seria apenas a paisagem, apenas o fundo das nossas botinadas. Enquanto morria um mundo e começava outro, eu só via o Fluminense.

É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria – e não o que é.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco. 1998.

Nota: Trecho do conto Perdoando Deus.

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Quando a vida tá azeda, dá uma reboladinha que o açúcar tá no fundo...

Não me abandone, pediu para dentro, para o fundo, para longe, para cima, para fora, para todas as direções.

Dentro de mim, bem no fundo/ há reservas colossais de tempo,/ futuro, pós-futuro, pretérito.

Eu prefiro amar a mim mesmo. E boa sorte pros que ainda tentam, vejo vocês no fundo do poço.

O que todos nós, no fundo, queremos saber: se somos amados.