Paixão Amor
Os símbolos estão na tua mente,
Só você para identificá-los...
Os caminhos que tu podes fazer,
Só você para trilhá-los.
As fantasias latentes - quentes
Tocam os nossos acordes plangentes,
Os ritmos e nossas vibrações
Fazem mil constelações de tentações.
Os desejos ainda estão engolidos,
Basta olhar nos teus olhos abandonados.
Os balbucios indizíveis intermitentes
Do meu nome nos teus lábios apaixonados.
Não é invenção, não é convenção,
É curiosidade e envolvimento;
Existem o elã e a admiração
Nasceu em nós a ambição - o sentimento.
Os desfrutes que estão porvir,
Todos só a poesia que há em mim pode reger;
E a minha carícia amorosa pode garantir.
Os amantes ainda estão a embalar,
Não há mais como esconder,
E nem por muito tempo enganar.
Os poetas nunca irão parar de escrever,
O quanto haveremos de nos amar,
Além de nos compreender - constelar.
Dei-me a liberdade
de agarrar
Nas asas da borboleta,
e ir voar.
Eu mereço ser
feliz contigo,
E um novo caminho
trilhar...
Não vejo o dia
De voltar a sentir
a alegria,
Não vejo a hora
De cheirar a rosa,
Não vejo os segundos,
De aproximar hemisférios
e mundos,
Não vejo os minutos
De nos reaproximar
resolutos,
De que seremos
felizes juntos.
Dei-me a suavidade
de pairar
Nas sombras das tuas noites,
e brilhar
Repleta e incrivelmente
estelar;
Arrisquei-me no abismo
do sacrifício
Do teu amor desperdiçar.
Eu tenho que insistir
e acreditar,
Que o amor é grande,
e que não vai terminar.
Mesmo que adversamente
estamos distantes,
Crer que o pesadelo
um dia irá acabar...
Refinado espetáculo
policromático,
No meu céu
de Balneário,
Chegada é a hora
de amar,
Rama perfumada
no bico da pomba,
Alfazema angelical
cultivada,
Pelas mãos das falanges
celestes,
Destino escrito
pela Literatura,
Um mistério ocultado
pela Ditadura,
Carregado no seu
olhar cor de ônix,
E por estas mãos
que salvaram vidas,
Um poema misterioso
nos passos,
De um homem tão
fino e tão delicado,
Que de mim arrancou
os ais semitonados,
Conheci por tuas mãos
a dimensão do [amor,
Tive de fazer-nos
distanciados e escrever,
Um poemário intimista,
um rosário devocional
Que fez muitos apaixonados
de forma sobrenatural,
Mas na verdade este era o
meu poemário de [dor,
A dor de não tê-lo ao meu lado,
a dor de ter me distanciado.
Não pude agir diferente,
foi melhor para nós dois.
A vida está se abrindo
para nós, acredito
O tempo passou,
e desfez o algoz, confio.
Trouxe o milagre, semeou
a bondade e o infinito,
Agora só falta a primavera
do amor mais bonito
Se abrir, se expandir, iluminar
a foz e renovar o sentido;
E colocar a gente de volta
no mesmo passo e caminho
Para que se cumpra com gala
e esplendor o nosso destino.
Intensa renovação sideral e
m breve há de [chegar,
Porque em nossas intimidades
somos astros a girar,
Poetas intimistas do nosso
espaço particular,
Nas asas do nosso jeito
de amar entre os [lençóis,
Varrendo a influência do mundo,
sendo apenas dois.
A vida está novamente
se abrindo floral:
Ao som da mais carinhosa ária,
sofisticada e especial.
Os meus dias nunca deixaram
De serem todos para ti devotados,
E só para ti preparados
De forma espetacular,
Eu tenho uma esperança
Para muitos sublime,
Eu hei de fazê-lo voltar
No tempo e para mim,
Não houve o fim, nasci para ti,
E tu nasceste para mim.
Os meus dias não foram fáceis,
De segundo em segundo,
Morri a cada fração um pouco,
De ciúmes e de desgosto,
Quero que tudo isso fique para trás.
Os meus versos repletos de romance,
De alguém que lhe pede uma chance,
Para a gente reviver o nosso amor
Afastado. aprisionado e segredado,
Por esta vida teve de se fazer calado.
Tilintando estão as estrelas,
Desenrolando o pergaminho,
Trinando estão os canários,
Festejando o cumprimento,
Da liberdade tão esperada,
Tudo é questão de tempo.
Nunca deixei de lhe pertencer,
Repletei-me só da nossa história,
Porque sei que vale a pena esperar,
Vale a pena a vida viver para nos ter.
Haverá tempo para rir o riso,
Gozar o gozo um do outro,
Contemplar as juras horas a fio,
Rever juntos as inúmeras juras,
Repletarnos de todas as ternuras.
Nunca lhe deixei, eu vivo só de espera,
Nutrindo-me deste amor triste,
Infelizmente (distante),
Escrevendo versos como uma amante.
Como dizia a minha Avó:
'- O coração é terra de ninguém...'.
Por isso, nunca lhe recriminei;
E sempre dei força para os outros
Amarem intensamente o seu bem.
Então, tive que optar por ciúmes,
E por inúmeros motivos houve o afastamento,
Para lhe dar a oportunidade e liberdade,
Para seres livre e te libertares para escrever
A nossa história: só eu e você.
Como prometi: serei mansa e obediente,
Deixarei que se faça a sua vontade.
Assim na Terra como no Céu,
Para que sejas o meu pão de mel.
O destino se cumprirá, eu acredito,
O amor se tornará a lei, e assim infinito
Se fará além do infinito, será arbítrio
Do nosso amor uno, santo e muito bonito.
Riscando o Universo,
Revelando o infinito,
Dançando e seguindo,
Soletrando o soneto
Ao pé do teu ouvido.
Escutando o coração
Batendo de excitação,
Escrevendo sou emoção
Nascida de um segredo,
Desobediente e sem medo,
Assumi: o teu amor cigano.
Afinando o teu arbítrio ao meu,
Divinamente se cumpre a profecia,
Feliz e ardente alegria (de ser tua),
Vestida de estrelas ou (de Lua),
Todinha em sentimento,
... Letra de revolução e ventania!
Sim, eu te tento - e te atento,
Doce é o meu exibir
Como a Lua dança para o Sol;
O teu silêncio me brinda,
Conheço o teu olhar de contentamento.
Sou convencida, e muito atrevida,
Abusada ao extremo...,
- curvilínea
Assim te experimento:
Noite e dia reverencio essa delícia
De ser tua sempre e aos poucos;
Ao sabor do destino e da vida.
Não vejo motivos para correr,
Não vejo motivos para não tentar,
Não vejo motivos para não te amar,
Não vejo motivos para não ceder.
Eia, pois, vencendo os limites
De provas em provas,
A gente se completa e se acorda
Na plenitude de amar,
O amor do jeitinho que nasceu,
Não há ambição, e sim secura
De matar a fome e a sede de ser meu
Do jeito que veio a Terra e Ele te fez:
Não temo a boa desfaçatez.
Tenho cara de sonsa e também de santa,
Sou uma verdadeira sem vergonha...
Ninguém me avisou
Eu mesma escutei
A onda quebrando
No meio da noite
Era você chegando
Na beira da praia
O mar cantando
Em tom de felicidade
O teu barco atracando
Em terra bem firme
De amor sem limite.
O vento cantante
Em volta de nós
A Lua brilhava
Passou um cometa
Em toccata e fuga
O amor é maior
Que ele nos contagie
Nos proteja do Mal
Trazendo mais amor
E nos aqueça com o Bem
Invada o planeta, e ensine:
Que fazer amor só faz bem.
Eu te escrevo
como quem beija,
Só para ver se
você me (nota).
Eu vi o Sol desmaiar
de êxtase,
Para acordar nos
braços da aurora.
Nada me saciará mais
Do que você
como alimento,
Dono de um corpo
que me tira a paz;
E de uma fragância
cheia de sentimento.
Eu vi você amanhecendo
no meu peito
Como um lindo Sol
cor-de-coral,
Eu vi você
me levando...,
Para o teu abrigo
(espiritual).
Nada me aquietará
mais,
Do que ser calada
com o seu (beijo)
Pedindo de mim o segredo
que te satisfaz;
Sabemos quando
e como fazer do nosso jeito.
Tudo acontece
quando te vejo,
E até quando te ouço,
Talvez eu nunca te fale,
Embora, sei que
você percebe,
Que o meu corpo
pelo teu sempre ferve.
Neste círculo de condenação,
(íntima)
Cada momento seu sempre vira poesia,
(feminina)
Certamente encantada de vivê-la
Ao menos na (escrita).
Entrando na tua vida
- bem devagar
Eu sou a primavera,
A alma que te espera,
O Farol que beija o mar.
Um farol perdidamente
No estreito e a frente,
Quanta loucura para contar...
Iluminando o teu barco,
Primavera potente,
Farol perdido, não ilhado,
Com muita história a te contar
E um amor profundo para te dar.
Nas entrelinhas leio o mundo
Nelas resolvi te namorar,
E dessa forma (estrelar).
Nas entrelinhas leio o rumo
Nelas virei o teu porto seguro,
E dos melhores para se (atracar).
Nas entrelinhas, tenho asas,
Tenho tudo para ser...,
Trigo posto à mesa a te endoidecer.
Talvez seja a navegação,
Ou apenas solidão,
Talvez sim, talvez não.
Coisa de quem sente, vibra e se entrega
Ao amor embarcação, tão doce tentação.
Deste-me o teu coração,
Completo e derramado
Em secreta devoção
Completamente livre.
A sombra do teu amor
Trazes-me com solenidade;
A vitória de ser só tua
Vivendo na imensidade.
Concebido, desenhado e feito
Contorno dos teus lábios lindos
Com o carinho do meu beijo.
Augurando reencontrar-te
No paraíso dos teus abraços,
Tenho por tanto tempo segredado
Receando fazê-lo desagradado.
Desejado, concebido e perfeito,
Imagino estes teus olhos lindos
Olhando o meu lateral trejeito.
Carrego por ti um interminável
- desejo
Uma sensual escravidão
- reverbero
Caí na tua sedução
- sem receio
Eu me entregarei de forma inefável,
De um jeito leviano jamais visto,
E sem nenhum retoque eu te quero...
A partida nunca existiu,
Em nós sempre um elo há,
Nunca houve despedida,
Comigo para sempre ficará
O teu riso igual o [meu,
- Verdadeiro
Você não me esqueceu,
E nem muito menos [eu.
Te espero inteiro,
No encaixe do nosso beijo,
No laço dos nossos corpos
Realizar todos os sonhos:
- Santos e profanos
Amar você está nos meus planos.
Alcançada por ti
Iluminada fiquei
Só de me leres
Com os teus raios
Dóceis e solares:
Sim, eu te beijei!
Apaixonada por ti
Enfeitiçada fiquei
Só de me segurares
No fundo do teu olhar
Mergulhei no oceano
Do teu jeito de me amar.
Iluminada por ti
Não há como se deslumbrar
Escrevo o meu poema
Já que não há como conversar.
Falamos a mesma língua
A atração é sobrenatural
Sabemos o que queremos
É além do intelectual
Rejeitamos o banal
Do nosso cardápio particular
Colhemos no jardim dos beijos
Guardamos os nossos desejos
A hora certa acontecerá sensual.
Tomada por ti
Seduzida fiquei
Com os ouvidos
Só nos teus tons
- brotaram os meus
Semitonados, expressei.
Gotejam licores de Musa
Extasiada por nós
Sussurro devagar
Um versinho de Neruda
Para você se aproximar...
A tua experiência vibrante,
Como um beijo [ardente
A tua personalidade excitante,
Como um deserto [quente
Fez de mim odalisca saliente...
A tua poesia infindável
[Fascinante,
Oh, meu astro irretocável!
[Exuberante,
Fez o meu corpo inflamável!
A tua audácia indecente,
Fascina-me perdidamente,
Ao sabor do desacato,
Tenho por meu doce pedaço,
Quero perder-me infinitamente,
E tão intimamente entregar-me...
Sou a tua paz imperturbável,
A tua fonte amável,
Sou a menina dos teus olhos,
Escrita no profundo dos sonhos
Indelevelmente inconfessáveis
... impenetráveis!
Os teus olhos decifram
[Intimamente,
As aldeias que habitam
[Simplesmente,
Nas letras dos poemas
[Essencialmente,
E pertencentes a nós
[Seguramente,
Os teus olhos leem
[Secretamente,
Os versos do meu corpo
Rimando [discretamente.
Tão terna e discreta canção
Deste-me uma infinita [emoção],
De saber que moro no teu coração.
Não será difícil a gente se rever,
[Certamente,
Não será difícil a gente se tocar,
[Sensualmente,
Não será difícil porque o desejo age
Em nós [consensualmente].
Não precisamos sequer falar,
O teu desejo é o [meu,
Os nossos olhos sabem decifrar,
Tudo o quê o amor já [leu,
No beijo que sabe libertar-se, enfim.
Não há nada impossível para [nós,
O tempo um dia há de ser albatroz,
Que pousará num distante [cais,
E juntos deixaremos tudo para trás...
Navegando nas tuas águas
(ilimitadas)
Escrevendo o meu destino
(infinito)
Circundando a tua ilha
(exuberante)
Rodeando as 158 estrofes
(gloriosas)
Escutando o teu Hino...
Ramo de oliveira
No bico da pomba
Também é poesia
Sem se dar conta.
Encontrando nas areias
(paradisíacas)
Os beijos das sereias
- encantadoras -
Escutando as tuas lendas
(gregas)
Nas tuas vozes
(cipriotas)
Eu acredito, e confio
No desejo de paz duradoura.
Asa de poeta
No bico do verso
Rama poética
Você é parte do Universo.
Na tua gente escrita está
A poesia e o (mistério)
De cada Deus e sua musa
O cordão (etéreo)
Que faz o encanto cipriota
Viver para ser eterno.
Nas tuas ondas bravias
Nas espumas brancas
Desfeitas no (azul)
Recebam as linhas
Tecidas dos meus ventos
Vindos do meu (Sul).
No oceano do teu olhar,
Libertária,
Resolvi este verso buscar.
No celeste do teu olhar,
Envolvente,
Alcancei algo de estelar.
No infinito de nós dois,
Onipotentes,
Não existe 'o depois'...
Ainda bem que a poesia existe,
Assim temos como sonhar...
Nos tornamos ainda melhores,
Cúmplices,
Na medida em que amamos
Muito mais e melhor...;
Aprendemos todos os dias
Com a arte de amar...,
Infinitos em tudo,
Não nos contentar...
Ainda bem que a poesia existe,
Assim eu posso ir devagar...
A tua imensidão em secreto,
Da despedida não dada,
Do beijo ainda não 'provado',
Do corpo não 'despido',
A tua coragem embalada,
No afã de um caminho,
Do pecado não 'cometido',
A tua convicção apaixonada,
Por nossa poesia adocicada,
Por nossa loucura primaveril,
A tua bondade juvenil,
A tua exatidão feita de retidão,
A tua intensidade em devotar-me
Da melhor maneira, e com fina arte.
Ainda bem que a poesia existe,
Assim eu posso me declarar...
Na profundidade da história,
Só nos cabe a glória,
Do nosso amor segredar,
Você fica a me ler...,
E o meu eu a te escrever,
Essa história que eu não sei
Se terá final ou não.
Ainda bem que a poesia existe,
Assim eu posso divagar...
Sei escrever essa saudade
- sobrenatural -
Bem aqui no peito
De um jeito sem igual,
Só por este beijo fatal.
Sei remar entre os canais,
Em busca de você não é,
E nunca será demais...
O amor vira arte:
Literatura,
Conquista,
Cultura,
E semeia com ternura.
Sei amar, e sei ser cais:
De um novo ponto de partida,
Para que tenhas fé na vida...
O amor é um canteiro delicado
De finas tulipas
Que com jeito e trato,
Cabe poesias floridas
De uma poesia interminável
Desta primavera incontestável.
Sei também que o amor reforça a fé
Fazendo de nós uma fortificação,
Nos levando na mesma galé...
O tempo a fio da espada,
A pena em prol da vida,
O olhar e a tua coragem,
A glória é feminina;
O teu passo faz revolução.
Carrega no peito um hino,
Vivendo para a tua Nação,
Luta por toda a gente,
Nunca busca a consolação,
Nasceu para servir sempre.
A existência é infinita,
Sobrevivente e atemporal,
E talvez indizível;
Um mistério que tem nome
- feminino -
Ainda por mim desconhecido,
Que soube sobreviver ao tempo,
E se escondendo no meio dele:
apresentou-se descoberto.
O futuro ainda menino,
Dorme nos braços do tempo,
Aguardando o crescimento.
O futuro como tudo,
Aprende com o passado,
Desgarrado dele,
Se constrói com amor,
- sobrenatural
Com intenção renovada,
Com todo o fragor do peito
Para que a vida valha a pena.
O futuro menino travesso,
Não teme os marechais,
Ele é filho das horas,
Ele é filho do tempo,
- avesso
Aos que tentam comandar
E roubar-nos toda a paz.
Mergulhados um no olhar do outro,
Não há pecado que nos detenha,
Submergidos um no outro aos poucos,
Não há dogma que nos contenha,
Sabemos bem o que queremos:
juntos somos fogo e a boa lenha...
Não tenho pressa...
Tocando em meus poemas,
Tu me sentes silenciosamente
Na tua pele e ao teu lado;
Fazendo-te renovado sempre
O restante já faz parte do passado,
Eu sei que sou o teu maior presente;
Longe de ser um instante:
Eu sei que sou o teu futuro certo
O restante já não mais te interessa
Eu sei que sou o teu amor seguro.
Não tenho pressa...
Entretidos naquilo que dizem ser jogo,
Não há intenção que não se realize;
O melhor do jogo é violar as regras.
Neste curso não há quem se delicie,
- criamos o nosso próprio fetiche
Sabemos bem para onde ir:
juntos somos o altar e o rito...
Não tenho pressa...
Escrevendo o melhor conto,
- em segredo
Tu segues os meus versos
- eróticos
Ora santos, e ora desalinhados,
Tu me carregas como pupila
E o sorriso de canto...,
Sou a canção que fascina,
O sol da manhãzinha,
E a estrela que tanto admira.