Orelha
As estradas são como bocas, sorrisos abertos de orelha a orelha, ceifam vidas entre seus meios fios, depois, ruminam em seus próprios nomes.
Capitalismo existe desde proto-estradas!
Canibais comendo ruminantes debaixo da via-láctea!
Andar elegante...
Um sorriso de canto de boca...
Cabelo atrás de uma orelha somente, colocado pelos dedos da mão esquerda...
Um olhar que ora desvia, ora não...
Pedro era explosivo, pegou a espada e cortou à orelha de alguém mas não representava perigo. O perigo era Judas, quê cumprimentava e queria ser amigo de todos, sorria e beijava o rosto.
Soprou no meu ouvido seu desejo,
meu sorriso abriu,de orelha a orelha,
igual o segredo da rosa e o beija flor,
que ninguém ousa descobrir.
E o peito pula uma batida,
e falta o fôlego,
Quando sente perto do pescoço, próximo à orelha,
Aquele sussurro quente de uma respiração,
Dizendo, Oi!
O COELHO
Vivo de orelha em pé,
Curioso a espirar,
Forço a pata traseira,
Dando impulso pra saltar,
Eu adoro uma lavoura,
Onde há muita cenoura
Para eu saborear.
Mas veio o bicho-homem
E se pôs a me caçar.
Queria um prato novo:
Coelho ao molho no jantar,
Então fico no arbusto
Para não levar um susto
De um humano me matar.
noite fria
de nada vale orelha de cobertor
sem ter companhia...
a companhia do meu amor.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano, 13 de dezembro de 2015
Amor perfeito, Cuca
e café bem feito,
Confundir a sua orelha
com a Orelha de Gato,
O teu olhar apaixonado,
Papo franco, cartas na mesa,
Você grudado e debaixo
a nossa doce confusão
por conta da imaginação.
Meu Beija-flor-de-orelha-violeta,
és minha arte mais rebelde,
Minha ligação entre o Céu e o Inferno,
meu bonito poema de amor secreto,
Quanto mais você me quiser
e será desta forma que também quero.
O beija-flor-de-orelha-violeta
emprestou a cor das orelhas
para escrever este poema
para dizer que quando você
acha que ninguém te vê
é quando por todos os lugares
você anda sendo mais visto,
ou melhor, 'bem mal visto'.
Ter a minha orelha
enfeitada por você
com uma fresca
Sorriso-de-Maria,
Ler um livro de poesia
na sua companhia,
Colher castanhas
em terras paraenses,
Dizer olhos nos olhos
que as tuas manhas
fazem a minha cabeça
e embalar a sua rede
até que você adormeça.
A poesia se aproxima
muito da Abalone
que para existir busca
ser como se fosse uma
orelha para ouvir
o mar que a cerca,
para escrever com exatidão
o quê embeleza o coração
sem se importar com o quê
terá de enfrentar para ser
ouvida no meio da multidão:
(a essência é ser anunciação
concordando com ela ou não).
"Homem vulgar! Homem de coração mesquinho! Eu te quero ensinar a arte sublime de rir. Dobra essa orelha grosseira, e escuta o ritmo e o som da minha gargalhada: Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!”.
( do poema "Gargalhada.)
Diz o adágio popular que temos uma boca e duas orelhas para escutar mais e falar menos. Não é que se observa da vida real. A maioria tem uma orelha e duas bocas. Falam demais e escutam de menos. Às vezes, a única orelha é meio surda e ainda seletiva: só ouve o que quer ouvir.
Você pode usar um amuleto como lembrete para voltar para realidade fora da meditação. Eu particurlamente escolhi uma hora, 21:00.
Rotina
3:00 da madrugada em ponto.
Um duende me acorda.
Ou anjo...
Às vezes vou ao banheiro, às vezes tomo um pouco de água.
Viro de lado, ajeito a orelha no travesseiro ( bom se pudéssemos guardar no copo, como nossos avós guardavam os dentes), e volto a dormir.
#PROVERBIAL
Sonhe com aquilo que você quiser...
Seja o que você quer ser...
Você pode voltar e nada será como antes...
Nem aqui, nem no quartel de Abrantes...
Antes só do que mal acompanhado...
É pouco todo cuidado...
Renunciar não quer dizer que não ame...
Abrir mão não quer dizer que não queira...
O tempo ensina, mas não cura...
Em nossa porta na rua...
Senta a fome e a desgraça...
Cuidado com o que desabafa...
As aparências enganam...
E à noite todos os gatos são pardos...
Se cair na rede, vira peixe...
Deixe que assim eu me ajeite...
Afinal cavalo dado, não se olha os dentes...
De médico e de louco tenho um pouco...
E de grão em grão vou enchendo meu papo...
Homem de pouca sorte é desgraçado...
Se Deus escreve certo por linhas tortas...
Também ajuda a quem cedo madruga...
Afinal o inferno está cheio de gente com boas intenções...
Deixe que de mim cuido eu...
O que é meu não é seu...
É dando que se recebe...
Mas nem sempre quero dar...
Em terra de cego quem tem olho é rei...
E nem em todos vou confiar...
Sou um gato escaldado...
E tenho medo de água fria...
Mais vale um pássaro na mão que dois voando...
O que tem demais é gente vazia...
Às vezes o barato sai caro...
Toda regra tem exceção...
Onde tem fumaça, tem fogo, tem confusão...
Sei que o seguro morreu de velho...
E o desconfiado foi no enterro...
Afinal, para baixo todo santo ajuda...
Que Deus me guarde e sempre me acuda...
Pimenta nos olhos dos outros é refresco...
E não dou de joão-sem-braço...
Mas se eu não gosto...
Também não disfarço...
Quando um burro fala...
O outro abaixa a orelha...
Se eu gosto do feio...
É porque bonito me pareceu...
Cantando espanto meu mal...
Da minha vida cuido eu...
Não me misturo com porcos...
Pois farelo não quero comer...
Mesmo sem cão eu caço com gato...
Não deixo para amanhã o que hoje posso fazer...
Quem ri por último ri melhor...
Se você não pode...
Se sacode...
O mundo dá voltas...
Um dia é da caça e outra do caçador...
Não costumo chorar pelo leite derramado...
E não acredito no conto do vigário...
Quem semeia vento, colhe tempestade...
Quem com ferro fere...
Será ferido...
E assim tudo vai fazendo sentido...
Para um bom entendedor, meia palavra basta.