Onda do Mar
Como o mar
que incessantemente,
move suas ondas,
mesmo quando não há testemunhas...
Assim deve ser o nosso desejo
de bem viver...
Todos os dias, laboriosamente,
permitir que a amizade
continue fluindo,
ao sabor dos ventos...
MORTALHA NAS ONDAS DO MAR
I
O mar de mortalha, embalada por gemidos
Que rasgas a carne de uma dor, dilacerante
Embalsas, todas as dores, entre murmúrios
Desfalece, misteriosamente num total afligir
II
Martírio transfigurado já pela sua angústia
Sombra das noites pesadas de tanta agonia
De tanto pavor da morte, desaparecia longe
Madrugada desses pensamentos impacientes
III
Os corvos voavam ao seu redor já famintos
Enroscados a sua negra fria mortalha de dor
Desespero, na agonia da carne que se dilacera
Entre gemidos de chagas abertas sangue podre
IV
No chão que a carne se rasga, que se despedaça
Soberbo sol, assombro das lágrimas recalcadas
Dolorosa alma torcida num espasmo de angústia
Amargamente numa aflitiva treva de dilaceramento
V
O mar observara tudo, descida subterrâneos fatais
Era uma mortalha para tantos homens um túmulo
Criptas infernais onde trêmula derrama a sonolenta
Claridade de augúrios medonhos, indefiníveis sem
VI
Nomes nos túmulos tapados pelas ondas do mar - - Contemplativo.
Hoje é um barco
Que você não insiste mais em controlar
No mar das nossas decisões
Ondas, mergulhos, raios, medos e vontades de ser diferente
Tudo é transporte de emoções
Eu vejo teus olhos procurando horizontes
Eu também prefiro olhar para lá
Nunca seremos lemes
Somos um imenso mar.
Nem as grandes tempestades
Ou as ondas de um mar bravio
Terremotos ou vulcões
Nada levará embora a alegria e a esperança que em mim vive novamente dando adeus a solidão
NEM ASSIM
Nem que as flores percam seu perfume
Nem que o mar deixe de ter ondas
Nem que as borboletas descolorem
Nem que as estrelas parem de brilhar
Nem que a poeira seque minha visão
Nem que os raios do sol se excedam na minha pele
Nem que meu corpo venha padecer de dor
Nem que as rugas prevaleçam no meu rosto
Nem que a distância me separe dos que amo
Nem que meu caminho seja interrompido
Nem que meu espírito deixe meu corpo
Nem assim eu deixarei de sorrir...
mel - 16/05/2011
No Céu o Sol não pára de brilhar
As ondas no Mar se debatendo, enfurecidas
Será que pulam de alegria
comemorando a luz do dia
Ou será que, sentindo-se esquecidas
tentam fugir pra outro lugar
Na segurança da gaiola
um passarinho canta triste
canta sozinho
O cantar mais sofrido que existe
Um cantar para o qual
não pode haver nenhuma dança
As folhas farfalhando ao vento
dançam livres
Folhas mortas em viva alegria
Não parecem, em nenhum momento
Sentir saudade dos galhos
Pode até ser que eu me engane
Talvez aconteça
dos meus jugamentos serem falhos
Não me importa
Mas se eu tivesse que escolher
Ser passarinho na gaiola
Onda viva ou folha morta
minha escolha não levava um momento
Eu iria preferir voar ao vento
SONHO
» As ondas do mar afagam
- Os meus pés descalços
Seguem a maresia enquanto tu não chegas
» Como eu desejava amor
- Que chegasses antes do anoitecer
Neste mar que eu já tanto amei
» No desejo de um grito, de uma palavra
- Afinal na areia da praia, esta o meu sonho
& Talvez já adormecido «
Num barco a vela pus meu sonho e soltei no mar da vida.
Por ventos velejei, sobre ondas naveguei e a terra eu regressei.
Olhando o azul do mar com o real me deparei.
Com as andas indo e vindo,
fazendo chua, chua eu acordei
As ondas do mar me levou
Mas elas estão me trazendo de volta
Pois elas sabem, Que um navegador também tem seu grande amor.
meus pesadelos
são como ondas no mar...
meus sonhos
são um brilho no horizonte...
o abismo soa como
parte da alma
por mais atormentada
as estrela do infinito
são apenas um pingo
num oceano de dor angustia...
dessa fúria que desfaz
no brilho do luar...
simplesmente some na escuridão.
À beira do mar
O garoto agora descansa
Depositou nas ondas
Todas as suas inocentes esperanças
Os maus dominam
E aos bons exterminam
Virar capitão
É a única opção
De quem não tem o pão
Mas oh, não chore
Menino refugiado
Bem lá no alto, no céu
Um lugar lhe foi guardado
Sem guerra
Sem violência
Como havia sonhado
No mundo você só seria
Um mero refugiado
“E deitado,
No fundo o mar,
As ondas,
A inocência morta, sem saber porque,
Uma esperança,
Afogada, inundando o mundo,
Com a certeza da impotência,
Símbolo de toda maldade que pode sair do ser,
Que não deveria ser chamado, humano.”
ONDAS DA ILUSÃO
Ondas do mar celestial
Até onde chegaremos
Nesse mundo artificial
Onde sempre moraremos.
Ondas do mar imensurável
Até quando permitiremos
Esse poder admirável
De sempre iludir-nos .
Ondas do mar da advertência
Até onde devo mergulhar
Para encontrar a sua essência.
Ondas do mundo atual
Roubar não é normal
Mas já se tornou habitual .
Depois de muito esperar, o mar trouxe as ondas de decepções e ingratidão, mas algo ainda prevalece: A esperança de que ''o vento leve tudo embora'', e uma nova brisa traga mais força para continuar tentando achar um motivo para viver feliz. Talvez a mesma brisa traga nossa verdadeira liberdade, liberdade da vida que é ter alguém pra se prender.
Talvez seja apenas o tempo errado, mas os enganos que nos proporcionamos a nós mesmos são férias que passam, pois no final, o único e válido plano é: Ficarmos Bem ao lado de quem nos faz bem!
˙·٠•● ॐ
"...hoje sou assim
Filho do sol, das ondas do mar
Servo da mata nativa
Quero o mundo pra mim..."
ॐ ●•٠·˙
tudo de bom, tudo de bem!