Onda do Mar
Aproximei-me do ar salgado, que respiram as gaivotas
um gato brincando com novelos de ondas
Sou novamente eu no lago oceano
na areia da praia e nos balaustres da baía
Olhando os alvos barcos de papel
Marinheiros tocam bandolim
Nunca longe, levo minha casa para salas de concerto e teatro
mar esquivo... eu finalmente encontrei os olhos
São três e quinze da manhã, um silêncio se mistura ao som da fúria das ondas quebrando-se na praia, nesse momento sinto uma leve presença divina, é mais um dia...
O vento e as ondas levam o barco para longe da praia. A vida vai junto - desbravando os mistérios do mar - ela avança sem medo. Ela não sabe voltar!
SONETO NAS ONDAS DO MAR
De todos os cantos, o encanto é pro mar
É atração mais forte, encontro profundo
Do vento, praia, do sol, de modo singular
Onde minh'alma se une ao querer rotundo
O cheiro da maresia me leva num segundo
Me tira lá do fundo da saudade a apertar
Poeto com afeto, donde o verso é oriundo
Me rapta nas ondas e, que me faz sonhar
A arrebentação é meditação a contemplar
Onde a lua nua torna estórias pra contar
E nas tuas areias eu me enfarinho jucundo
Neste amor, um amor robusto, de amar
Onde no teu horizonte muito fui segredar
És querido de todos as quinas do mundo (o mar) ...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano
Profusamente prazeroso poder admirar as curvas das ondas com as ondas delicadas do teu corpo,
os raios de sol iluminando a tua pele, um encanto caloroso que aquece alma, uma bela exposição para os olhos
a expressão da tua existência em sincronia com a expressividade do mar, a suavidade provida de veemência,
uma junção sedutora, singular, artes emocionantes da natureza com a sua riqueza abundante,
que torna a vida ainda mais bela, tu és realmente uma mulher cativante a partir da tua essência.
De Olhos Abertos
Mar revolto, ondulações constantes,
Conversas distantes, inconstantes.
Emoções flutuantes nos instantes,
Que passam, que ficam,
Que rasgam e esticam,
Casam, confirmam...
Sou ar, são águas.
Ímpar, sem mágoas.
Sem par, sem ar,
Sem lágrimas.
Sigo o voo para o norte,
Torço que nades de volta do sul,
Pro sol, pro céu, azul...
Filha do vento e tempestade
Sou intensidade
Amante do mar
Sou maré da diversidade
Alegre gargalhando
Se triste, vem o pranto
Esse desnível causa espanto
À outro olhar até encanto
Na ladeira sou descida
Ao sol aquecida
Pela maldade esquecida
Sempre protegida
Ao som das ondas me revelo
Sou Cristina.
No caminhar da vida , percebi que o relacionamento que vive imitando as ondas do mar nunca irá eternizar, pois as ondas são eternas, mas sentimentos sem amor são como folhas a voar...se está seca não presta mais
Quando a esperança parecer estar
perdida,e tudo a sua volta for grande
quanto as ondas do mar ; confie
porque é nestes momentos que
Deus se faz mais presente.
E Ele te ajudará a segurar o leme
até as ondas se acalmarem
para que depois consigas remar
tranquilamente.
Muitos se julgam como o mar, pois se dizem muito grandes. Eu toda via vejo-me como um rio, pois apesar de pequeno em relação aos oceanos o mesmo os nutri ao desaguar neles, e o caminho inverso não é possível. Alem disso não tornam atrás como as ondas do mar que vão e vem. Pois quando as águas de um rio cruzam a ponte é pra não mais voltar.
Brisa de cangote
Flutuar feito os pés do filho
Vir do Mar quando enverga
Não é Banzeiro do Rio
São as ondas da praia
Oceano das marés
Sobe e desce na lua certa
E quando as ondas se esquecerem do mar, quando a lua se esquecer da noite, quando as estrelas se esquecerem do brilho, quando o oceano esquecer das suas profundezas, quando o leão se esquecer de rugir, quando as aves se esquecer de voar, quando as flores se esquecer de florir, quando o som se esquecer de ecoar, mesmo assim não esquecerei você.
Com certa afinação, deito os pensamentos langorosos nas águas longes do mar sem fim. De pálpebras cerradas, a vida entorpece o sal que espuma dos olhos, a nebulosa estranha bruma que sossega. E uma letargia profunda impregna, deita lenta e repousa o horizonte encarnado em mim ...
Os ruídos quietos de dentro ressonam-me algures os calados sentimentos. Acalmam candentes sensações. Adormecem vagas inconstantes. Ondeiam incontidas horas em silentes sonhos.
O corpo meu sonolento segue flutuando com um pouco mais de alma e se perde numa consolação sem volta, num rumo certo ou quase certo, nessa imensidão doce, azul, oceânica, sonífera...
Olhando o mar aqui sentado sobre a duna, olhando as ondas, percebi que elas são como as pessoas. Preste atenção em uma onda. Ela vem se levantando e simplesmente se desmancha, mas não desiste. Começa a se levantar novamente, mesmo sendo inevitável sua queda, mas não desiste de seu objetivo de chegar na areia.
Meu coração é um barco a velejar no seu mar.
Deslizo em suas ondas, flutuo em suas costas e naufrago em você.
As vezes um sorriso se perde no oceano e deságua num mar tempestivo onde as lágrimas viram ondas gigantescas...
Observando as ondas do mar, há algo mais, além da beleza e força que se vê, sua fraqueza ao se quebrar no lugar mais raso de seus limites, isso também ocorre ao homem.