Oceano
A vida é como um oceano, em que as vivências são as correntes. Por mais que tentemos seguir a nossa própria rota, elas permanentemente influenciarão a nossa navegação.
Não espere muito de mim, agora eu estou livre para voar sobre o oceano. Manifestando meu destino em palavas no diário, cortes hoje. E cicatrizes amanha, tá tudo se encaixando no meu mundo.
Conseguir determinada coisa é relativamente fácil... Manter é que são elas, pois as ondas do Oceano não podem ser amarradas àquilo que o navegar considera âncora.
Se olhares para dentro de mim, encontraras dores de alma, pois estou como um oceano sem água e em seu redor somente a morte e destruição me acompanham.....
A vida é um grande oceano, com ondas gigantes e pequenas,tempestades e furacões, mais os pequenos momentos de águas calmas é que mostram que vale a pena navegar.
Vou te amar para sempre...
Se o para sempre for uma gota
num oceano quero navegar,
nas sombras do luar meu amor.
Embora soa como laços da eternidade...
Somos fruto do pecado que desejo a cada momento e segundo respiro o seu amor.
Quero banhar-me nas águas desse seu amor
Quero mergulhar na imensidão de seu oceano
descansar em seus montes
serenos que me alimentam....
Trago no olhar: dor
Um oceano de tristeza
E no peito: amor
Uma única certeza
VOCÊ!
Autor: Nelson Martins
post-scriptum...
pois foi assim que TE vi...exatamente como o rio vê o oceano...
TE olhei como olhou o rio o OCEANO...e num lembrar distante percorri todo o trajeto...e assim foi e é...
e como rio que sou, não posso voltar...sigo...enfrentando todo o temor...
mas é preciso ir...é preciso que eu desague em você pra me tornar vida.
e a vida não volta
não existe a tecla "delete" na existência humana
não existe o temor ou a desistência quando se deseja e é
sou o rio que se faz mar, que se tornará oceano
sou a pequena centelha de vida que contempla o céu distante
sou o desejo de ser e de estar em ti
sou um rio que se sobrepõe a um oceano
és um oceano onde o rio se fará fecundo...
Oh amor resgate minha alma
Das profundezas do oceano
Lança-me bem alto ao céu
Quero ficar junto do teu sorriso
Entre os cometas e as estrelas!
Autor: Nelson Martins
Choro Nobre
Ventos ventam constantemente
Vindos do oceano e trazendo consigo a tristeza
O choro de almas perdidas e desoladas
Afogadas por mágoas do passado
Não chores mais pequeno broto
Sua tristeza se faz minha também
Um dia você virá a florescer
Assim que a Lua permitir e quando o Sol se permitir
Quando a luz brilhar
Quando a escuridão transmutar
O grande carrocel que é a vida
Um dia terá de parar de girar
Quando isso acontecer, pequeno broto
Você saberá, eu saberei
Então a felicidade virá
E virá tão forte quanto as chuvas de verão
Expulsando qualquer vestígio dos ventos frios
Ventos que batiam à porta dos sem teto
Que invadiam janelas de hospícios
Como um último suspiro de perdão
Ventos que agora sopram como brisas
Trazendo toda a tristeza dessas almas perdidas
Mas desta vez,
Incapazes de chegar à você
Porque agora
E somente agora
Você se tornou feliz
Agora você é a felicidade
A minha felicidade.
Mergulho neste azul
De sentimentos
Afogo-me
Neste oceano
Bravo
Com o pouco ar que me resta
Mergulho mais fundo
Bem no fundo
De um lugar que ainda desconheço
Não sei o por quê
Para onde ir?
Mergulho
Mergulho
Mergulho
Não tem chão
Tampouco fundo
Por todos os lados
Uma linha infinita
Que não alcança a visão
Por ser bom jogador
Contrariar as possíveis regras da física é um bom movimento
Não tem nenhum lugar, qual rumo?
O combustível é só de ida (não tem volta)
Melhor é adiante
Rangem os dentes
Os músculos viram pedras
O rosto toma uma só expressão
Mais fundo e mais fundo
Demasiada é a pressão
É preciso continuar
Mais fundo
Mais fundo
Mais fundo
Já não preciso do ar
Fico bem
Os pensamentos são desnecessários
O Azul toma conta de todo meu corpo
Aquele mar bravo que me falava grosseiramente
Agora é manso
Chegamos!?§
João e o Oceano
Nasci com o sorriso do meu pai
E nos braços da minha mãe.
Ela teve que ir embora cedo,
Disseram que foi cuidar de uns anjos lá no céu.
Quando criança, aprendi a trabáia,
Aprendi a ser forte até quando o corpo não aguenta o peso do esforço.
Parei de contar as gotas do meu suor
Quando toda aquela água represô e virô um rio.
Meu pai não se demorô pra ir embora
Fiquei triste, mas aliviado em saber que minha mãe tinha uma companhia.
Não aprendi a ler porque não tive tempo,
E o pouco que me restava mal dava pra descansar à noite.
Ai, quando tudo pareceu ficar sem sentido
Apareceu uma companheira, trabalhadeira igual eu.
Não tinha medo de pegar pesado
E o rio dela se encontro com o meu.
A gente era jovem quando arrumamos um emprego
Na fazenda de um sinhô.
Tínha casa e trabaio não faltava.
A pele da cara tava tão grossa que nem o sol a gente sentia mais.
Eu fui feliz e sabia.
A dignidade me deu filhos
E ao contrário dos pais, eles foram para escola,
Depois para a universidade.
Nuunca tiveram que trabaiá até então.
Eu acostumei a dormir pouco e fazer o dinheiro render.
Nas férias dos estudos, eles nem vinham nos visitar
Colocavam a culpa no tédio
Dizem que roça num tem festa
Ficô eu e minha muié, de novo, sozinhos.
Tenho medo do tempo passar
E às vezes penso que meu pai e minha mãe
Estão em algum lugar a me esperar.
Mas sabe de uma coisa?
Nessa altura, juntando todo o meu suor com o da minha muié
Já dá pra fazer um oceano
Que deixo pros meus filhos
E o azul é tão bonito
Que dá até vontade chorar.§
Isolou-se...
como uma ilha no meio do oceano
isolada...
isolado..
nada em todos os lados.
Decepção, dor...
dormência total,
torpor.
Dorme seu coração
só, sem ninguém,
sem nada no meio do nada.
É isso que faz uma vida sem amor.