Observar
Quando paro pra observar, nem todos falam, sentem tão menos pensam na verdade. Estão tão atrelados a sua verdade, que é absoluta, tirana. Quem me dera um dia ter tanta audácia e astúcia pra trazer a mim tanta determinação e bravura pra acusar qualquer um com o olhar ou até mesmo fuxicar coisas sem nexo porque me convém. Tenho assistido ouvido um povo que não presta atenção na própria verdade, mas sabe impor e julgar a verdade de tudo quanto é gente ao redor!!
Nunca esqueça de ouvir mais, falar menos, observar bastante, aprender o possível e praticar o impossível, a final, para quem tem Deus no coração o impossível não existe.
Para entendermos nossas fraquezas
Devemos equilibrar os sentimentos
E observar amiúde o nosso coração
Pois apenas ele traduz a verdade interior.
________Eliani Borges.
28/07/2013.
Por observar que as vezes a estrada se torna demasiadamente escorregadia é que percebo cinco coisas relevantes; Que vou cair, vou me levantar, vou prosseguir, vou me atrasar, e que vou chegar.
Viver à vida pra mim seria o mesmo sentido de observar a chama de um grande fogarel aceso: fitar como é intensa, mas senão colocar lenha em breve perderá o brilho.
"Hoje virei meu rosto para observar um breve momento do meu passado, me arrependi de ter aberto os olhos..." (Rhive Scolin)
Aprender é observar e modificar os erros alheios filtrando-os e reaproveitando as lições que os mesmos trouxeram para essa pessoa.
Para definir uma pessoa, não basta apenas observar o tom das roupas que a mesma espoe no varal. É preciso essa tal sensibilidade.
Amar não é uma ciência matemática, mas se conseguirmos observar friamente o terreno ao qual estamos prestes a pisar, podemos evitar muitos tombos e dores posteriores, pois não há verdade maior do que "O amor nos torna cegos, surdos e muitas vezes burros."
Existem pessoas que precisam fazer algo por si mesmas, mas ficam a observar os outros e nada fazem, com isto, quando querem reagir a oportunidade já passou.
NOVA XAVANTINA
Andar pelas ruas de Nova Xavantina é interessante, pois podemos observar coisas que já não vemos mais nos grandes centros.
A terra ainda úmida pela chuva que caía a noite passada, as flores de um vermelho carmim, fortes e eretas mostrando sua imponente fragilidade. As mangueiras verdes pintadas com o amarelo e vermelho das mangas maduras.
É Dezembro e o Natal se aproxima.
Roupas penduradas nas cercas de arames das casinhas que povoam as ruas.
Numa casa o som de uma música no rádio tira o silêncio e o gato ouvindo o som, se lava com lambidas demoradas, sentado na soleira da porta.
Mais uns passos e o barulho de moscas tira novamente o silêncio do ar. Uma rã esmagada por algum carro, parece mais uma folha de papel pintada com moscas alvoroçadas, brigando por um lugar. Alguns metros a frente pode se ouvir as moscas novamente, outra rã? Não! Uma manga esmagada pintada de moscas alvoroçadas que também brigam por um lugar. Até as moscas têm preferências, carnívoras ou frugívoras.
A casa do São Paulino está para alugar. Quantos sonhos encheram aquelas paredes, quanto amor! Hoje, uma casa vazia procurando alguém para morar.
Quantas vidas nas quantas casas! Quanta dor; luta; amor! Certa vez pensei que queria ser um gigante e poder olhar nas janelas das casas para curiosamente ver como viviam as pessoas. Agora, ainda penso no que elas vivem e como resolvem seus problemas.
Se eu fosse um gigante poderia ajudá-las; era assim que eu pensava. Hoje, penso que talvez se eu fosse eu mesma com coragem de bater naquelas portas e oferecer ajuda e dar um bom dia do coração eu pudesse ajudar de verdade.
Não preciso mais ser um gigante só preciso ser eu mesma.
Quando a gente se sente incapaz de fazer alguma coisa pensa em coisas impossíveis que é para deixar para mais tarde o que não pode fazer hoje.
As casinhas de Nova Xavantina estão cheias de gente, gente como eu e você, gente que ama, que passa em cima da rã, que chupa a manga, que estende roupa em varais improvisados, que faz de um pé de acerola uma linda árvore de natal.
Quem vive nesta cidade não teme a vida e nem a morte. Quem vive nesta cidade ama a poesia e acredita na sorte.
Aqueles que amam Xavantina amam de verdade. São ricos ou pobres, mas dela não roubam nada, apenas pegam emprestado o açúcar da vizinha até o dia do pagamento, se este sair, senão fica para o mês seguinte. Senta na calçada, conta estórias inventadas, conta histórias reais, o povo desta cidade.
A cidade mágica do Centro Oeste é pequena em tamanho e em população, mas grande de coração.
05/06/10
Nos passos inquietos de uma menininha, me pus a observar.
Piscava e suspirava a cada gota de água da chuva que caia.
Depois de tanto contemplar o mundo lá fora, ela chegou me contando baixinho próximo
aos ouvidos que a chuva era o céu chorando de tristeza pelos homens.
Contou ainda, que ele derrama lágrimas para tocar os corações, algumas vezes em vão.
E disse confusa que não entendia o porquê de tantas lágrimas, mas que preferia
molhar-se nelas para compreender algo sobre como deixar o mundo melhor.
As vezes precisamos pensar em nossas palavras, parar e observar cada detalhe, cada sentindo antes de finalmente disse-las.
Uma só palavra pode trazer um grande problema para si mesmo. Uma única palavra pode ser a raiz de discordia.
Eu e vc somos como um espelho, estamos frente-a-frente e nos vemos parecidos, mas se vc observar, meu relógio está na sua mão direita.