Observar
Futuro
Como será o amanhã?
Não sei.
Não entendo de futuros,
Observo, apenas.
Sem palavras se diz mais e
O silêncio é futuro que se faz.
ao fim de mais um dia sento-me no chão e observo um pequeno arbusto de flores,que agora apresentam folhas medias,verdes e sem graça
então levanto os meus olhos,e vejo a noite cair. aos poucos as estrelas aparecem junto a lua .volto-me para o arbusto e me surpreendo-me ao velo.Agora estava completo.
coberto por uma unica camada de flores,
brancas .
tão lindas ,tão belas
assim como belas damas da noite .
Me sinto mal quando observo a vida de algumas pessoas. Tanto sofrimento criado por suas próprias mentes. Tantas lágrimas derramadas pela fraqueza em meio ao próprio fardo em sua batalha consigo. Isso dói. Além de nos virarmos em mil para suportar e lidar com nossas próprias amarguras de nosso imaginário, dói também quando temos o mínimo de sentimento por outro de nós que, dentro de si, sabe o peso de sua cruz. Mesmo que em outra batalha com outras feridas e sentimentos com outras proporções. Às vezes todos estão tão feridos que mal sobra tempo de olhar pro lado e ver que o outro, apesar da boa pele, por dentro está cheio de feridas estancadas.
– Icaro Fonseca
O Pensador,
observo a estatua,
tatua em minha mente um sentimento ardente de comparação, alguém que, pensa mas nunca chega numa conclusão,
alguém que vive como se não vivesse.
O Tempo passa, desprezando todo amor e dor,
sem piedade ou compaixão,
ele apenas passa,
eu, junto dele, não participo mais,
das aventuras do coração,
isto me leva a pensar,
o que e ser jovem?
Sendo eu, o Tempo ou O Pensador.
Sobre as memórias que atravessam na minha frente com vida própria, eu só observo e tenho em mim uma covarde vontade de interagir, mas não me permito sair da cômoda proteção que criei contra elas.
É mais fácil para mim suportar a saudade em silêncio do que perder o pouco de amor dentro de mim que sobrou do furacão de você.
No fim de tudo isso, o dejavu é sempre uma parte de mim que não morreu e luta para ser livre outra vez, mas não me permito mais correr os mesmos riscos.
Eu prefiro me proteger da chuva de você do que me afogar em novas frustrações minhas e não posso lhe obrigar a aceitar minhas convicções, mas posso te poupar do meu lado ferido e vazio de bons sentimentos, deixando você passar, sem nem perceber que estou a te observar, com saudade de quando a gente era feliz.
no final da tarde doloroso é o silêncio, mais um dia enterro, observo-me e sorrio com desdém ao espelho cruel que me agride e renega ...
Às vezes observo certo pregadores com suas mensagens prolixas e ininteligíveis, e concluo que não aprenderam o modo de pregar de Jesus: singelo e carregado de significância, através das suas concisas e sábias parábolas.
Me inundo de referências, observo a realidade e sou vitima dos sentimentos. Mas ao colocar tudo que vivencio misturado, nasce as ideias. Faço ficção, com muita realidade.
*TRISTEZA MÓRBIDA
Atrás da cortina da noite, observo...
- está chovendo!
Chuva de lágrimas cristalizadas pela tristeza
Pingos grossos de sangue no peito
Cultuando a solidão incrustada n’alma
Levando os prazeres ao obsoleto
Dias tingidos de cinza, tétricos
Alma vagando no vazio
Calafrios que percorrem as vértebras
Persistindo ainda nesse mundo de mortais
Em dias e noites de agruras
Nessa dolorosa existência do ser
Lutando comigo mesma para sobreviver
Volto meu olhar opaco na chuva da noite...
-sorrio!
Sorriso sem vida, acuado, desgastado
Sorrio diante do infortúnio que me abraça
Palidez na face, tez fragilizada, envelhecida
Esperanças sinistras que beiram o abismo
Onde vai se perpetuando a tristeza mórbida
Penso em ti, e não consigo dormir
Observo a sua foto
E noto
Algo que nunca imaginei
Escrevo
E vejo as inúmeras belezas que o seu ser tem a revelar
Questiono-me...
Vem o sono
Olho a sua foto
Devaneio na sua beleza
Anoto
Perco-me nos detalhes
Esqueço-me da rima
Vem à mente o quão a sua beleza me fascina
E me faz lembrar da beleza que tem a sintonia
Do sol com o luar
Rosa
Observo com amor cada detalhe
Admiro com atenção sua doçura
Em seu caule sei que há espinhos
Que instigam a encontrar ternura
É com ela que os enamorados presenteiam
A pessoa cujo amor está estampado
Pois sua beleza e perfume representam
A paixão quase sempre efêmera e inexplicável
Com sua variedade de cores
Ela mantém a singularidade
Não importa se vermelha ou amarela
A rosa é linda em sua totalidade
"Olhos meus, das noites mau dormidas, observo sua sofrencia corriqueira. Deslizo-te quase em camera lenta, o fecho para o mundo lá fora. Lentamente, obrigo-me a te deixar descansar, e cambaleie meus pensamentos para aquele lugar. Uma ponte simples sobre um lago tranquilo a beira de um horizonte com fundo iluminado pelo sol do fim da tarde. Olhos meus, descanse e por amor a mim não acorde-me se isto for um sonho"
-John.
O incrível é que sempre que observo as pessoas como um grupo consigo ver como um bando de primatas que não evoluíram tanto assim ( me coloco nesse meio também). E quando observo individualmente eu vejo que são seres que carecem de originalidade, singularidade, sabe? Ás vezes até penso que nem são pessoas e sim algum holograma ou um tipo de maquina. Mas ainda gosto de romantizar a existência das pessoas colocando elas como sei lá, uma espécie de cofre fechado onde elas se trancam para deixarem de serem elas e para serem o que precisam ou acreditam que precisam ser.
Um grupo de pessoas que são o que precisam ser, mas são esses seres artificiais há tanto tempo que esquecem do um dia foram. E esse grupo vira essa tal sociedade que destrói a subjetividade de cada um padronizando, ridicularizando, humilhando todo aquele que tenta abrir esse tal "cofre"
Observo pessoas sorrindo,
Observo pessoas cantando,
Observo pessoas em festas,
Observo pessoas falando,
Sorriem de mais,
Cantam de mais,
"Se divertem de mais",
Falam de mais,
Será realmente que tudo é de verdade?
Ou será que é apenas para se sentirem feliz,
Se "dizer" feliz não é o mesmo que ser.
Tantas pessoas que se submetem aos infernos para poderem provar para os outros que são felizes,que estão.
Quando na verdade, em seus corações, o que fica é solidão.
Com clareza observo hoje que ora foi pelo excesso, ora pela deficiência de minha contraparte os motivos reais de me ter colocado em apuros.
Em raros momentos de lucidez eu observo o que devo corrigir em mim mesmo,
mas logo a hipocrisia bate à porta com o seu poder hipnótico e novamente cega os meus olhos, tapa os meus ouvidos e amordaça a minha boca.