Obscuro
O amor persiste, tudo passa
O ciclo lunar
A saudade a apertar
O medo do obscuro
O pensamento descuro
A solidão a atormentar
A ofensa a machucar
A tempestade que amedronta
A ignorância que afronta
A felicidade em gomos
A diversidade que opomos
A ingenuidade que acredita
O xingamento que irrita
O ato que envergonha
A moral sem vergonha
O desamor que insiste
Tudo passa! O amor persiste…
Então, aos que desconfiaram
Revelo: amei e me amaram!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
03/03/2009
Rio de Janeiro
Você!
Quem és tu que eu vejo mas não sinto,fala mas não o ouço vejo o seu olhar ele é obscuro, você tem um fardo a carregar nas costas.Mas mesmo assim você sorri, você chora no banho, você chora por todos os cantos de sua casa mas não sabe porque.As pessoas enxergam o seu sorriso sua felicidade mas não enxergam as suas lágrimas,a sua tristeza, você está gritando por ajuda mas ninguém consegue te ouvir.Você pode estar dando as suas gargalhadas mas sei que por dentro você está juntando os cacos da sua alma.Você pode postar quantas fotos sorrindo que quiser mas sei que por dentro você se julga, você se julga por não ser igual aos outros mas mal sabe que as pessoas são idênticas a você.Você pode tentar ser feliz mas você nunca será sua vida pode ser incrível aos olhos dos outros mas só você sabe que ela não chega nem perto de ser boa.Você pode usar essa máscara o quanto quiser mas nunca vai deixar de se sentir despedaçado, você pode colocar a culpa em quem quiser mas não existe culpado.
Meu cantinho escuro, o peso do passado intefere no meu futuro, me tornando obscuro, ajudando o poema a ser puro. No meio da noite escura escuto um assobio, era minha dama de vermelho que meu coração partiu, amor nunca existiu, ela sempre matou todos que a viu.
Autor:M.Cauã❤️
O abominável homem das trevas
Sombrio e obscuro,
ele navegava pelo asfalto da avenida
como quem veleja pelo concreto frio, cinza e duro da cidade.
Caminhava altivo e inexorável
os caminhos possíveis de seu pensar,
em ruinas, via o seu mundo inexplorável ruir a cada esquina.
Sentia suas dores mais intangíveis explodirem na escuridão à sua frente
e como um mensageiro da escuridão ele explorava o mundo de forma inabalável.
Em meio às trevas de sua existência embebidas de silêncios enormes
que lhe afagavam a face
penetrava o seu abismo mais profundo.
Feito mãos que penetram insensíveis as teclas de um piano e afagam sombrias as cordas de uma guitarra,
seus pensamentos mais sordidos ressoavam temerosos e solitários pelos acordes mais crueis e malignos daquela noite.
Ao caminhar por seus medos mais horrendos, se aprazia da amizade sincera que lhe ofertava a solidão, oprimido pelas sombras da noite retorcendo-se pelo caminho e beliscando o seu calcanhar, via, sentia,
a brisa da noite lhe afagar serena a face segundos antes do breu intenso da madrugada explodir em sua retina,
já turva e meio estorvada.
Enquanto percorria sozinho e intrépido os caminhos sombrios de sua escuridão revia os rumos prescritos em seu destino.
Ao passar pela avenida vazia,
via as luzes dos postes de iluminação se apagarem feito presságios.
O abominável homem das trevas caminhava sonoro, todos os dias,
pelas vias mais improváveis de sua quase morte
e bem em meio a percepção de sua inexistência
era acometido de uma euforia absorta e imponderável,
acometido de um prazer inexplicável.
A adrenalina lhe aprazia.
As trevas lhe aprazia.
A solidão lhe aprazia.
Nem mesmo a morte lhe metia medo.
Na escuridão, os seus olhos brilhavam feito estrelas raivosas
deslizando pelo céu infindo,
refletindo o brilho sagaz de sua impenetrável coragem.
Seu hábitat era a escuridão.
O ecossistema ao qual pertencia subsistia no caos à beira do quase fim.
Se pudesse, teria o poder de prolongar a noite, só para fruir o obscuro mistério de seu eloquente silêncio!
Vivemos num momento tão obscuro na história da humanidade, que os que dizem a verdade são execrados pela sociedade, e aqueles que espalham a mentira e provocam divisões são aplaudidos por milhares seguidores.
Pessoas más, de visão maligna, de pensamento obscuro hoje e sempre meu repúdio. E aos bandidos do turno que a lei e o tempo apaguem sua memória e só nos reste o aprendizado de que não podemos recuar por nenhum motivo, porque a alternativa a humanidade é a barbárie.
O quão longe você estaria disposto a seguir, neste caminho árduo e obscuro?
Quantos cigarros você já tragou na esperança de um futuro, salvação daquilo que você acredita que não faz parte de sua vida?
Ou até mesmo as pílulas e atos que você achou que seriam incrivelmente descolados, para que você conseguisse acompanhar todos aqueles malditos retardados?
Você realmente precisava de todos aqueles em que você depositou sua confiança e esperança?
Repousar a cabeça em seu travesseiro, quando você sabe que tudo aquilo que você faz e diz, não condizem com você ou sua personificação.
Apenas uma tentativa indestrutível de se arrebatar em grupos cujos os quais você nem sequer queria participar.
Uma mente tão poderosa, sendo destruída por todo efeito do álcool correndo em seu sistema sanguíneo.
E agora? Onde eles estão e onde você está?
Encenação da Desordem
Há gentilezas no ambiente obscuro...
Intenções propositais afloram no
palco da desordem da corrupta nação!
Destituídos
da companhia estão os incrédulos
que não aderem
à crença dos “bravos artistas!”,
Grupos que ficam na plateia são
figurinistas temporais,
muitos, de outrora,
coadjuvantes desses dogmas. Mas... hoje,
nem sabem por que estão aqui,
quando preciso, aplaudem o
cômico nefasto!
- Descrenças a
esses pobres de espíritos! Grita
um louco da plateia.
- Tenhamos
narizes de palhaços! Complementa
a moça do outro lado do teatro.
Enquanto isso a massa contente em
seu próprio lar aguarda ansiosamente
a composição de uma nova
peça no cenário trágico da triste cidade.
►Contemplação à Madrugada
Me sinto perdido
Sozinho neste mundo obscuro
Me sinto como um menino
Com medo do céu noturno.
.
As ruas barulhentas
O ar pesado que acoberta a cidade
As pessoas moribundas junto as suas algemas
Em fileiras encadeadas em várias partes.
.
Em noites turbulentas,
Pela janela enferrujada
Bem longe, estrelas espalham-se em beleza
Vê-las me preenche, como rosas perfumadas.
.
O aroma da morte em repouso sobre meus ombros entristece
O peso não desaparece na neblina
Passo, como um carvalho, a enraizar preces
Refletindo o que fiz de errado em minha vida.
.
Fiz versos como meu íntimo tanto pede
Pernas padecem pelas ladeiras que desci
Neste caderno confesso meus piores remédios
Doutor, espero melhora, mas, irei embora a sorrir.
MELHORES ANOS VIVIDOS
Cobre-lhe de lápides todas as dores
Que traz em si no obscuro
Sal do rosto em verbo
Palavras no areal já eternizadas
Beija a saudade, coração gelado
Que se deita na terra, noite perpétua
Na estrada sem fim dum recomeço
Auto flagelo em vão pensamento
Que incendeia a amargura do dia
Para nunca esquecer que sofreu
Nesta terra de calvário
Dos seus melhores anos vividos.
Como viver nesse mundo tão terreno e obscuro? Aqui, exatamente as 01:36 da manhã, refletindo nos meus milhares de pensamentos, nas tentativas de me entender e tentar entender o que acontece? Mas como isso seria possível? É a sina de qualquer um. Todos vivemos nos nossos universos fechados e solitários, procurando algo que dificilmente vamos encontrar. Qual o sentido de tudo isso? Qual o sentido da vida? Porque eu sou tão curiosa? Até que ponto é válido questionar? Sinto que meus pensamentos me ferem, mas ao mesmo tempo, quem eu seria sem eles? E depois de me fazer essa pergunta, não seria válido refletir se eles realmente me ferem? E de novo, digo que sim. Mas isso é o que me mantém viva, a emoção, a dor, o entrar de cabeça, a perseverança, afinal, quem somos nós sem o nosso pequeno universo enigmático? Buscando, buscando e buscando. Nunca encontraremos...
A Finitude, é como as mãos atadas, a mente travada, um norte obscuro, sendo necessário neste momento, a ESPIRITUALIDADE, a conexão com o sagrado, e poder refletir que tudo está sobre controle e tudo irá passar!
Onde a morte fez morada,
Onde o fôlego foi lançado ao perpétuo obscuro,
A vida fugiu sem deixar sequer leve pegada,
Inaudito, fato inexpugnável,
Um alivio num momento de vasca,
Um bem no tempo mal,
Aquilo obscuro,
Inapreciável,
E um travesseiro acordado,
Com olhos esbugalhados,
Guarda a cabeça que descansa,
Um corpo desabado,
Tudo suspenso,
Espera,
Dorme,
AS CORUJAS PIAM
Nem sempre tudo está muito claro,
E de pijamas tudo é sempre obscuro,
Os pássaros silenciam e as corujas piam,
Os gatos fazem um escândalo...
Eu tento entender as constelações
E tudo mais que me parece ininteligivel
Como supor que alguém me espiona
Ou imaginar monstros debaixo da cama...
O resto se sintetiza nos olhares perdidos no vazio,
Famílias que mendigam nas calçadas,
Essas coisas que fontes luminosas de shoppings luxuosos
Ou flores raras de jardins irreparáveis não conseguem maquiar.
A filosofia é um bálsamo pra alma,
Não que explique tudo, pelo contrario,
Talvez o seu maior encanto é caminhar vendada
À beira de um precipício;
Mas isso não deixa de ser uma lógica.
Quando temos a teoria: o que me encanta são os desencantos...
O que me encanta são os desencantos...
Então não parece muito claro, por mais claro que possa parecer...
Queremos o sempre por mais obscuro que possa ser
As tardes vazias por mais vazias que sejam sempre
As fontes , as flores...e o que vai mudar o que somos ?
O que vai mudar o que somos?...
Se a pureza de nossos olhares se perderam
Nos lampejos vespertinos dos nossos desejos