O Tempo e o Vento
Incertezas
Uma conversa,um oi,
Palavras jogadas ao vento,
Momentos de um tempo que se foi,
Retratos de um gélido sofrimento.
Eu acreditei em sua profundidade,
Me enganei com tamanho brilho,
Quase perdido nesse abismo da maldade,
Me joguei e virei andarilho.
Andarilho nessas estradas da vida,
Procurando por um belo motivo,
Na imensidão da minha ferida,
Sigo no mapa,tal indicativo.
Mapa da intuição e do juízo,
Dos caminhos duros e sensatos,
Mapa da força de um sorriso,
Mapa de conflitos pacatos.
Conflitos de um acreditar duvidoso,
De pessoas que exprimem sentimentos,
Sentimento de bem e também maldoso,
Emoções vividas por divertimento.
No início um oi,
No final uma certeza,
O meu passado já se foi,
E o futuro recomeçar com firmeza.
Seguindo sempre até encontrar,
Um sentido real para o sofrimento,
Na beleza dos teus rios, mergulhar,
Decifrando todos os meus pensamentos.
Lourival Alves
Sou guiada pelo vento
Por sua força exuberante.
Dou as voltas pelo tempo.
Volto sempre ao mesmo instante.
Mudo meu passos as vezes
Vou até o horizonte
Mas quando me sinto sozinho
Subo bem alto e vou
Onde tudo se esconde.
Lá permaneço quieta
Pois o vento é Minha fonte
Meu parceiro discreto.
Meu eterno amante
Cansou de desperdiçar seu tempo com palavras que se vão com o vento... Pra ela, há mais virtude em quem tem atitude, em quem mostra o que sente e está sempre presente...
O VENTO A ÁRVORE E A CASA
Tarde de sábado.
A depressão do tempo castigava.
Agora, chamam depressão
Ao tempo mau que faz.
Porque não!?...
Mas o vento é sempre rapaz
E as árvores também femininas
Quanto velhas mais meninas.
Com a diferença que o vento
Tem agora mais lamento
E as árvores amém,
Nestas tardes sem ninguém.
O vento soprava,
A árvore balançava
Sobre a humilde casa.
Era aí que ele habitava,
Um homem pobre,
De rosto nobre.
Invocou os deuses dos ventos
E dos contratempos
A ver se a borrasca amainava.
Qual quê!?...
O vento insistiu,
A árvore caiu
E a casa humilde ruiu.
E ele deixou de acreditar
Nos deuses dos ventos
E contratempos.
Abriu os braços e pôs-se a voar.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 29-10-2023)
O Limiar
No limiar, onde o tempo hesita,
o vento não sopra e o silêncio grita,
há um abismo entre o que fui
e o que, talvez, nunca serei.
Ali, os dias se dobram em espelhos,
refletem rostos que nunca usei,
são máscaras deixadas pela alma
no altar daquilo que não ousei.
No limiar, a luz é frágil,
um fio tênue entre o claro e o escuro,
e os passos ecoam no vazio
como perguntas sem futuro.
O que há além? Um nome? Um rosto?
Um eco que devolve a vida ao posto?
Ou apenas o silêncio denso,
onde tudo cessa, até o intento?
No limiar, encontro-me nu,
despojado de sonhos, de medos, de véus.
Sou pó, sou tudo, sou nada,
um grão perdido entre céus.
E quando cruzo, se cruzo,
não levo certezas, mas sinto o pulsar:
um suspiro que rasga o infinito
e deixa o agora se perpetuar.
Nossa ponte ruiu
Se desfez no tempo e no vento
Ali onde a beijei pela primeira vez...
Onde a beijei e senti seu cheiro ficar no meu corpo
Até ser menos eu e mais você
Seu calor que mudou minha temperatura
Tudo tão eterno como a ponte em mim
A ponte que seu beijo ergueu em nós
Que nos uniu e enlaçou ...
Aliançou além do tempo
Da distância
Ou dos enfrentamos...
Fez um
A ponte que você fez do seu coração para o meu
Que de ilha me deu mundo
Me deu asas
Vida ...
Tudo
Você é meu mundo
E nossa ponte vive em nós
Assim como você habita em mim
E espero estar em você
No teu sorriso
No teu lado
E menos e mais
No teu pensamento...
Que o destino acabe com a ponte dos homens
Mas mantenha em nós a ponte de Deus
Que você ergueu pelo nosso amor
A Vida
Estamos sempre correndo contra o tempo
Voando contra o vento
Um coração alivia um coração que lamenta
Seja sincero e não tenha pena
Seja um sol que vem depois de uma tormenta
Seja oito ou oitenta
Amores vêm e vão
Assim como a juventude
Nesse momento a celebramos como uma brisa de verão
Mas uma hora não haverá mais plenitude
Tudo irá passar
Os rostos bonitos irão se enrugar
Pessoas importantes irão nos deixar
Você começa a não mais se interessar
Deixando tudo longe ou difícil ficar
Lembrando dos tempos áureos
Como dizem o futuro nosso é recordar
E querer aquela época boa poder voltar
E lá para sempre ficar
Tentar voltar atrás de algo que já passou
Consertar algo que quebrou
Algo que não celebrou
Ou simplesmente ignorou ou magoou
Como a vida que nos é preciosa a desperdiçamos
Com coisas fúteis que não tem importância
Partimos para um poço de ignorância
E no fim dela pensamos como teria sido ela se a vivêssemos de forma diferente
Transformação
O vento, o tempo.
Minha vida, teu percurso.
Exige perseverar no seguimento.
Vencer todo lamento.
Com a força de um urso.
Eu, tão frágil e insignificante.
Tão grande a força desse mundo.
Quão desejo nadar profundo.
Inquieto desde moço.
Mergulho, fundo do poço.
Afogando, sufocado.
Prisioneiro desesperado.
Fôlego ferido.
Coraçao, gemido.
Achei que fosse o fim.
O socorro fugiu de mim.
Gritando, saltitando.
Rasgando as vestes confessei.
Lá no fundo, o chão alcancei.
Atormentado, nem eu sei.
Como sai do poço.
40 anos de desgosto.
A saga que passei.
Prantos e sangramentos.
Cicatrizes e fragmentos.
Entregue, adornado pelo rei.
Foi Jesus.
Resgatou me, eu sei.
Lembrei me de anos, uns 500.
Anseios sedentos.
Vivo, viva a esperança do mundo.
Nessa água é confiável mergulhar profundo.
Que limpa, restaura e edifica.
Recebe a quem suplica.
Arranca das garras do imundo.
Giovane Silva Santos
Eu sou a escada que balança
eu sou o vento que dança no varal
eu sou o tempo que ressurge na madrugada
eu sou o nada
eu sou a forma que habita tua alma
sou a plataforma de onde mergulhas
calmo
rumo ao inferno. Ou ao infinito.
Esse tempo tão terrível tempo está passando como vento,e levando junto com o vento,lembranças ,infâncias e amizades, o vento que nós envelhecem, o vento que não para, o vento invencível.
O tempo é veloz como a luz e passageiro como o vento. A vida é curta como um sopro e passa como um nevoeiro. Portanto, não desperdice ás oportunidades, pois o tempo passa e a vida acaba.
Fica a Dica
Quero continuar olhando para onde o vento empurra as nuvens mesmo quando o tempo estiver nublado.
Ale Villela✍️
DESGASTA
Tanto tempo, tanto tempo...
Papa terra, papa vento,
papa a papa da mamadeira
taca e ataca no jumento
atracando a vida inteira
celibato, papa, convento.
Vou na papa da papada
papando com colherada
as águas batem na proa
engaja,canja gente boa
brisa induze a garoa
e asas, voam por nada.
Tanto tempo, quanto tempo!
passa rispes sentimentos
será a chave da vida!?
Ou enfeite de momento...
Quem sabe, tudo desgasta?
ou se acaba, ou se arrasta
na face do senhor tempo.
Antonio montes
Meados do tempo
Lagrimas de chuva
Corriqueiro vento
Noturno o medo
Como espelho tem falas
Meia Noite ventania
Sobre algoz terror...
Passado o momento
Trêmulo as dores garganta seca...
Sono que se encontra dormindo...
Parece ser último no ar da madrugada.
Ambiguidade de tais formas surgem
Essas almas que argumenta atroz flagelo.
Em gritos se dissolve com amanhecer.
São bem mais o que aparece ser.
Entretanto o bocejo parece mais um dia longo.
Rodopia o vento nas entranhas do rosto ao mesmo tempo que esvoaça o cabelo em direcção ao oposto.
Assim como o dia brilha a noite suspira.
Guarnece o luar e solta a vontade de gritar.
E a tua sedenta garganta, liberta-se e abranda.
Decidir escrever minha historia, na mais firme pedra porque, nem o tempo e nem, o vento poderão apagar.