O Frio Saudades
*
O frio
chegou congelando,
e meu corpo num idílio
todo aconchegante num cobertor quentinho..."
***
Talvez,
Eu sempre tenha associado os dias frios com dias tristes,
Assim como dias nublados,
Existe uma tempestade em mim,
Chove,
Reflete,
Escorre em lágrimas,
Afeta o peito,
Sujeita a mente.
“Há quem lhe prepare um banho frio porque gosta, há quem lhe prepare um banho morno em uma banheira com sais aromatizantes do jeito que você gosta. Banho frio ou quente? A escolha é sua.”
a beleza que resiste
o dia frio não é menos belo...
o pássaro,livre, ainda canta,
unindo céu e chão. Nosso elo.
LUZ DAS ESTRELAS
Certa feita estive numa aldeia.
Lá me deparei com uma menina,
Sua fome me olhava atentamente.
Tinha o nome de luz das estrelas.
Seu pai não se sabia e sua mãe não vinha.
Perguntei-lhe se sonhava. Disse-me que não.
Mas que quando deixasse de ser miúda,
iria ser médica para cuidar das pessoas e dos que vão nascer.
Você sabe o que é poesia?
Não, não a conheço, interpelou-me rapidamente.
Poesia é feita pra gente?
Passei a visitá-la.
Numa manhã que chovia, nova indagação.
Do que você gosta? Prontamente me disse:
Gosto de comida, de escola e de brincar de casinha quando faz frio.
E vou lhe confessar algo.
- Também brinco de agarrar nuvens com as mãos
Carlos Daniel Dojja
Para Luz das Estrelas, em Angola.
O FAZER DE ALGUNS
Alguns dentre nós moldam o ferro,
E dele fazem surgir esculturas.
Por vezes vergam o pinho,
E talham marcados amuletos.
Outros há que se apossam,
De variadas matérias.
Edificam templários ou casebres,
Lapidam jóias ou feitiços,
Ardem no frio ou no fogo,
Sua humana semeadura.
A mim, dentre alguns,
Coube-me outra quimera:
A de esculpir o querer,
Numa árdua arquitetura:
- Não me aprendi estrada reta,
Fui-me pontes carregadas de atalhos.
Enxerguei partidas, mais cedo do que pulsar chegadas.
Vejo-me assim: Do afeto sou inteiro ou recomeço.
E só o sentir construído, como a palavra viva, me afaga.
Carlos Daniel Dojja
In Poema para Crianças Crescidas
Cheguem mais perto, convido-os a atravessar a
ponte. Aqui, as vozes se calam, a beleza é deslumbrante, só há flores e tudo está colorido. Venham,
vamos passar juntas, o céu está azul e, do outro lado,
só vamos encontrar belezas da natureza, vamos encontrar paz e alegria!
Aqui, o silêncio é necessário, palavras não saem.
Venham com calma, caminhemos por entre essas
flores e sentiremos a bruma, que cobre o ar, como
um cortinado de tule, fino e transparente.
Quando a brisa nos envolve, a pele se arrepia e
fica úmida com o cálido vento, que vem do mar.
Não parem, venham, a mesa está posta, xícaras
e um bule de chá esperando por nós, do outro lado
da ponte.
São, hoje, meus convidados, não, não parem!
Venham, não tenham receio do frio. Ouçam, no
murmúrio do vento gélido, a suavidade com que os
ramos balançam, exalando um exótico perfume da
terra, que está úmida.
Continuem caminhando, a passos lentos, com
cuidado, para que possam sentir o perfume, que exala
das pétalas de flores, que se espalharam pela ponte.
Há pequenos bulbos intumescidos, debaixo da
terra fértil, esperando a primavera, para que possam
finalmente brotar.
Ainda faz frio, é cedo ainda, fechem os casacos, mas se acheguem. Aqui é meu esconderijo, para,
que, venho, sentir o perfume da terra molhada, das
pétalas, que estão espalhadas sobre a ponte.
Quando tudo parece feio, tórrido, seco, ao subir
pela ponte, é como se eu saísse de mim e adentrasse
em um mundo encantado. Sem lugar para a tristeza,
para o desalento ou para o desamor.
Esse jardim, que fica do outro lado da ponte,
é só meu, a mim, pertence. Mas, hoje o compartilho
com vocês, que só veem uma parte
ínfima de mim.
Atravessem a ponte, venham, estou esperando.
Quando chegarem, sentem-se, fiquem à vontade. Segurem as chávenas de chá, cuidado, estão quentes! Beberiquem, em pequenos goles, sorvam delicadamente.
Conheçam-me, olhando em volta, não nos
meus olhos, mas ao meu redor, pois, sem palavras,
hoje, agora, aqui, eis o melhor de mim. Fora, daqui,
só há o frio... Só o frio...
Por aqui estamos assim, pijamas com lama e cabelos em chamas.
Estamos em quarentenas malucas entre camas e visores mas tudo nas calmas...
Por aqui 1,2, 3 meses já se foram, momentos formam fóruns entre lembranças e imaginações para discutirem, rirem, irem juntos entre outros espaços do cérebro tentando explorar espaços mais antigos onde se fazem abrigo conversas, pessoas e névoas que se tentaram esquecer mas voltam e magoam...
Por aqui tá frio, quente, o vazio em frente habita e coagita palpitações, saudades nas grades do ecrã que não permitem abraçar nem estar com os demais e mesmo que no fundo se saiba que mais do que más ideias que como grãos de areia passam pelos dedos dos pés ou perde -se na sola do sapato, resta -nos o descobrimento de capacidades ocultas, de lutas que resultam em auto-permutas divagando sobre o estado zen...
ainda assim...
Por aqui tá tudo bem
Detesto frio,frieza.
Não tenho artrite,artrose atoa.
Alasca estou fora.
Quero chuva de carinho, vento de beijos e alagamentos de amor.
"Que o frio da arrogância que insiste em assolar o lado de fora não corrompa o processo evolutivo do bem que existe do lado de dentro."
Kate Salomão
O sol quente avermelhado
Mas tem o vento para te deixar mais aliviado
O calor inexplicável
Mas do nada vem um sentimento diferenciado
Um frio de arrepiar
Mas tem um moletom para se esquentar
Um café quentinho para tomar
Ler um livro para relaxar
A chuva ta muito forte para sair
Mas nada melhor do que um filme para assistir
Para acompanhar tem uma pipoca deliciosa
Isso da uma sensação muito gostosa.
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