O Amor é como o Vento
Palavras não são como folhas ao vento,
Dizem até que o vento as leva,
Mui diferentemente das folhas,
Elas - as palavras - sempre chegam ao
destino, - não duvide disso.
Lá do alto do Monastério,
Com os braços em direção ao céu
De tom opala e repleto de mistério,
Em busca de retirar todo o véu,
Ele que abriga o mel que te aflige,
Assim bem doce tu redige.
Palavras não voam com o vento,
Elas só trafegam,
Mui diferentemente do que pensam,
Elas ocupam o teu coração,
E tomam conta do teu pensamento.
Vejo no firmamento
do teu corpo,
Tatuadas as setes artes
liberais,
Inscritas deliciosamente,
Capazes de me endoidecer,
E de me invadirem ardentemente,
Rendendo-me severamente.
A tua retórica hipnotiza
a minha dialética,
A tua música a minha gramática
não traduz,
O teu beijo é expressão
- e o teu corpo seduz.
A tua aritmética domina
a minha geometria,
Somos uma constelação
- e uma só astrologia...
O tempo é como o vento,
Um carrega o outro,
Na verdade, não se sabe,
Quem carrega quem;
Aconselho ires em busca
Do teu infinito bem...
A mente sempre ufana,
O coração jamais engana,
Vá atrás de quem você ama,
Não permita que o tempo
E o vento apaguem a chama;
Entregue-se para quem ama.
Não tenha medo de ir atrás da
[felicidade],
No fundo cada um busca ser amado
[em profundidade],
A vida é um moinho,
[todo mundo sabe],
Quem não é amado como merece:
pode acabar perdendo a
[identidade],
Ame, ame, ame... nunca é
[tarde]!...
Mesmo que tentem atentar contra
O amor que dentro de ti carregas:
Não abra mão, derrube as quimeras.
Seja mais poesia do que melancolia,
E mergulhe de braços abertos
No amor universal - semente celestial.
Um dia tudo se acerta,
Você encontrará a pessoa certa,
E sentirás o aroma da primavera,
Que sempre esteve a tua espera,
E se orgulhará profundamente
De ter feito valer a espera.
Marruá virá como o vento, Virá sincero como o beija-flor, Virá ao encontro do destino laço do passarinheiro, E se entregará ao nosso amor.
Você me deixou, assim, como o vento que levou as folhas de outono, que juntei com carinho em meu quintal e esse quintal era o meu coração.
Nós somos como o mar
numa tempestade,
onde o vento e a água se misturam, com força e movimento,
se fundem em espuma,
se espalham e dissolvem,
mas não se destroem.
Perdidos estão o vento, o tempo e a vida. Perdidos de amor, de cor, de intensidade. Segure nas asas do tempo, pegue uma carona com a vida e corra na direção do vento para alcançar os sonhos idealizados.
Porque amor é algo que não se tem nunca. É o vento de graça. Aparece quando quer, e só nos resta ficar à espera. E quando ele volta, a alegria volta com ele. E sentimos então que valeu a pena suportar a dor da ausência, pela alegria do reencontro”.
(em "Onde mora o Amor", do livro 'Tempus Fugit'. São Paulo: Edições Paulus, 1990.)
AMOR QUE O VENTO LEVOU
Autora: Profª Lourdes Duarte
O vento do amor bateu forte meu coração
A minha história derrepente mudou
Provar do amor que em mim nasceu
A minha vida com este amor renasceu.
O que eu queria é ser só teu
Provar do amor que em mim venceu
Não poderia viver sem esse amor
O teu amor em mim pra sempre será seu.
Como ondas forçadas pelo vento
Um redemoinho ou turbilhão se fez
Uma sensação nova que em mim bateu
Um vendaval de dor, tomou conta do meu ser.
O amor e amentes incansáveis
Ora como uma brisa mansa a mim acariciar
Inesperadamente o inacreditável aconteceu
Minhas mãos frias ao lhe tocar, inerte sem pulsar.
Minha alma ligada a um coração desfigurado
Não há resposta mais insensata
Ou insana a mim maltratar
Ver- te ir embora para nunca mais voltar.
Hoje te tenho como um pássaro que voa longe
Pelo céu amplo, melancolicamente a mim amar
Fiz de você o meu céu e minha estrela guia
Voando em você, vivo a te amar.
Amor...
Tem cheiro de alecrim!
Nasce no jardim da alma e cresce com o vento dos girassóis.
Amor brota e alastra...
E vive no solo do coração!
O tempo me puxa pelos cabelos. Avia-te, amor, ou já me encontrarás acostumada à solidão e talvez eu não queira mais viver sem a companhia dela. O vento me arrasta pela mão... Não deixa que ele me leve, amor; posso habituar-me ao abraço do efêmero e ressuscitar minha alma cigana!
Cabelos ao vento
E ele me carrega
Para dentro de mim
Me sobrecarrega
De amor-próprio
Ou de amor pela natureza
Me empurra pra certeza
De que esta passando da hora
De ser muito e completamente feliz
Me faz saltar de alegria
Me decompõe a tristeza
Me recompoe a alma
E me lança no amanhã
Me tira do chão de giz
Me joga no tabuleiro de xadrez
Me alucina a mente
Me afoga as mágoas
Me reintegra a vida
Me soluciona os problemas
Me acorda o espírito
Me faz dançar com a brisa
Me faz brilhar no azul do céu
Me acalma a tempestade
Que me tira do lugar
Me leva pra onde haja paz!!!
Tempestade de Amor
O tempo está fechado lá fora
Ouço a chuva caindo no telhado
Sinto tanta saudade agora
Por que você não está do meu lado?
Vejo as rajadas do vento
Está tudo triste e escuro
Me pergunto a todo momento
Como fui tão imaturo?
O pingo da chuva cai no chão
Como a lágrima que sinto cair
Ela representa a escuridão
Dói lembrar de você partir
Com o raio vem aquele clarão
É tempestade que apavora
Deixou ferido meu coração
Por que você foi embora?
É vendaval, trovoada
Quanto estrago, quanta dor
Eu perdi minha amada
Como deixei acabar o amor?
O amor é uma fagulha que vai crescendo e vira labareda à medida que se cultiva a reciprocidade; virando cinzas onde o recíproco não se mostra. O pó das chamas ainda pode existir, mas não passa disso, e com o tempo o vento leva.
"Já não te faço poesia,
Já não moras aqui dentro.
Da casa do amor, vazia,
Joguei teu retrato ao vento
Do fogo antigo que ardia,
Sobrou cinza, desalento,
E uma história tardia,
De vida e pertencimento.
Já não te faço poesia,
Não te lembro, nem lamento
Rasguei o sonho que havia
E enterrei no esquecimento."
Lori Damm ("Leaozinho", Contos, Crônicas & Poesia)
amar por que viver se amor é morrer,
então pensaria isso seria a plenitude,
viver ate que volta a pensar de novo,
nesse momento veria a morte como dom,
sentimento veril de forma que viver,
latente como ador da morte.
seja ador de viver na sombra da morte,
a dor pode ser parte do prazer,
diante dessa vida que maltrata,
no fundo do poço senti o gosto da morte,
então deixei ar da vida pelo desejo,
de sentir todos os prazeres da eternidade.
por celso roberto nadilo
vento da eternidade
Lembranças
Quando me vi folha
Fui levado pelo vento
Para os braços
De um novo amor.
Mas...
Quando me senti pedra
Eu fui deixado de lado
Pelas mãos
De um velho amor.
A folha, o tempo
A filha do vento
A saudade, a dor
Os dias e seu resplendor
A vida e o amor
A estarem juntos
Julgarem mudos
Toda a solidão do mundo.