Nuvens
"Ando meio desligado. Voando sobre as nuvens de mim mesmo. Sei lá.
A vida me cumprimenta, finjo que não é comigo e continuo andando. Devo ter me perdido um pouco no labirinto do acaso, entregue a própria sorte, que também não vai muito com
a minha cara.
E ali está ela, toda feita de primeiras impressões e vontades subentendidas.
Pergunto-me o que se esconde por trás dos olhos cor de terra, além das possíveis dores desnecessárias. Ela parece feliz. É inadequado pensar em nós, pois a palavra “nós” não
cabe mais dentro do que nos tornamos.
Ela ainda tem aquela expressão serena de alma súbita, que pulsava em suas veias enquanto dizia o
meu nome. Sabe das minhas idas e vindas, sabe o que eu penso antes mesmo de eu pensar. E está ali, do outro lado da rua, talvez desligada também, se perdendo em alguma rota de si mesma.
Quero chamá-la, convidá-la para o café sem leite e sem açúcar que sei que ela gosta. Aquele que ela deixa esfriar propositalmente, não porque esquece, mas por gostar do toque
frio da bebida. Então reflito sobre os nossos danos em meio aos anos de guerra e paz. Ela não é digna de que eu entre em sua vida e aprenda a gostar das coisas que ela adora, pois tudo o que ela toca parece virar pedra. Isso também vale para o coração. Então,
faz eu me sentir culpado, sem meio-termo, talvez um pouco paranoico e estupidamente emotivo, por todas as brigas que eu recuei pelo medo de perdê-la.
Sei lá.
Ainda a encaro. Tento não me apaixonar pela mecha que cai discretamente em seu rosto. Aliás, se apaixonar vai ser sempre a melhor/pior coisa que se pode tragicamente – ou
não – acontecer com alguém. Apaixonar-se pela avalanche de dúvidas, pelo penhasco de confusões, onde sutilmente estamos caindo.
Ela sabe tão bem o que quer e eu sei disso pela linha reta e firme que se forma em sua testa. Eu fui o seu erro. Ela competiu entre os meus sonhos e os meus medos. Decidiu
ser só uma escolha em meio a milhares de escolhas. Só um pedaço do amor honesto que, no momento, me faz perder um pouco a pose, quase me desmascarando.
E ainda estamos caindo.
Em velocidades atrativamente parecidas, até porque sempre achei que a maioria das pessoas passa pelo luto de um jeito igual. E a nossa tristeza meio que combina, mesmo que
em sua mais bela e formosa superficialidade.
Ela não está pronta para ouvir a minha voz. Torço para que não encontre alguém melhor que eu. Penso que sou egoísta. O amor tem lá o seu egoísmo. O amor não pede a nossa opinião,
tampouco os sentimentos que habitam em nós. Mas, se encontrá-lo, que seja alguém decente, que finque os pés no chão quando os temporais de indecisões que a aflige despencarem do seu peito.
Ela caminha um pouco em meio ao friozinho de outono. Ouço os seus passos curtos, como se estivesse caminhando no corredor de nossa antiga casa. Não sei se é obra do acaso,
ou apenas uma extensa peça de teatro cheia de atos e clímax, aquela que certamente fracassei como vilão. Eu amava uma garota e uma vida e sinto que perdi o controle de ambas.
Sei lá. É que tudo parece descomplicado quando as promessas eram só piadas sem graça contadas na varanda, em plena sexta à noite. Nunca fui bom com piadas. Devo ter levado
tudo a sério. As frases soltas ainda fazem sentido, assim como as músicas, os livros e os karmas.
Sinto a enorme vontade de perguntá-la: “você sabe o que está perdendo?”. E entre a infinidade de respostas matematicamente possíveis, ela soltaria o sorriso contido que sempre
deixa no ar quando não quer magoar ninguém. O silêncio também é uma resposta, talvez a mais expressiva delas. O silêncio é a sua marca registrada, o seu charme sempre foi o mistério. E eu admiro os dois, mesmo que me dilacerem mutuamente.
Ainda voo sobre as nuvens de mim mesmo.
Ela ainda está de pé, pensando em nada, servindo de paisagem para os meus devaneios.
Eu sou o estranho do outro lado da estrada.
Eu a fito propositalmente de um jeito que encabularia qualquer ser humano desse planeta, até mesmo os não-praticantes. Por que mesmo estamos desistindo? Por que eu me considero
tão inocente no instante em que sinto o amor afundar em mim? O que ela tem que faz com que o tempo seja só uma palavra tosca do dicionário? Sei lá.
Subitamente, o seu olhar me encontra. Paro de respirar, minhas lembranças fazem uma pausa, meus nervos estremecem. Ela chega a franzir a testa, desatinando em minha direção
uma expressão perdida, como quem explica que o lugar dela não era ali.
Não era aqui. Ela já chegou ao final do penhasco, ajeitou o cabelo, relaxou os ombros e foi viver a sua vida.
Não sei quais são as regras do cemitério de amores. A gente se esbarra? A gente se cumprimenta? Conta como que tá a vida? Fala do divórcio dos pais, da queda da bolsa, da
paz mundial? Eu te dou um beijo no rosto ou te abraço? Aceno de longe com a mão ou, indiferente, inclino levemente a minha cabeça em uma saudação seca?
Esperei pelo sorriso contido seguido das frases soltas. Desejei em meu íntimo um convite inesperado para contar as estrelas, enquanto a gente se envergonha no escuro da noite.
Ela - com a delicadeza de uma nuvem -, encontrou a sua rota, talvez nunca perdida, e seguiu em frente. Seguiu para a vida que não teremos, com amigos que não vou conhecer.
Sempre achei que ela tomava decisões certas, quem sabe partir foi uma delas.
Eu ainda era o estranho. O estranho que não aprende nunca.
Ela nem precisou me tocar e, em um segundo, eu já havia virado pedra."
Um amor, um mar, um olhar, no horizonte um lindo sol a brilhar no céu azul nuvens macias a passear e a beleza da vida nesta imagem ira se eternizar.
Tem dias que se olha pro Céu
E procura encontrar figuras nas nuvens
Prende o coração no peito
Com pedaços de arame
E, não havendo outro jeito
Segue a vida
Repleta de dados imprecisos
Indiferente ao nome que a gente a chame
Esconde tristeza no sorriso
Sorrindo onde estiver
Até quando o sorriso durar
de resto, nada
Laços azuis por trás das nuvens
Um espaço, um pequeno indício
do que um dia
Podia ter sido vida
Fadada ao fracasso, desde o início
Esquecimento
O endereço e o rumo de tudo isso
No desenho das pegadas
E poeira da calçada.
Edson Ricardo Paiva
Sentimentos
Coisa boa de se ter,
Coisa difícil de se cuidar.
Sentimentos são fantasias, nuvens, levitação
Por vezes incontroláveis, furor, terror,
faz o percurso do céu à terra em apenas um piscar de olho
Sentimentos são sabores da alma,
colírio para os olhos,
doçuras da vida
e encantos do coração.
Aquele monstro indomável que levamos conosco,
quando controlado, é puro veículo de passeio,
"último tipo"
carrega a gente nos braços
e leva a gente até onde a imaginação inventar ou desejar.
Taí, sentimentos é "nosso chão"
sem eles somos instáveis, sem rumo ou prumo.
Em compensação com eles,
temos um leão para ser domado,
_Quer? ...
_é pegar ou largar!
_Hummmm.... pego!
_Adoro este lindo leãozinho de estimação!
_Cuide bem dele que com certeza terá dia de muita gratidão,
felicidade e amor!
Naqueles momentos mágicos que passamos juntos, nos sentimos nas nuvens. Envoltos nas brisas celestes. Entregues, soltos, livres.
Dei um mergulho no sol, viajei entre as nuvens
me molhei na chuva , fui
marinheiro sem saber navegar.
Fui rainha sem corôa
Fui guerreira ... sem espada
Vivi em castelos de areia
em meu reino encantado
com sapato de cristal
Dancei uma valsa na lua de mão
dadas com as estrelas
Com a tal felicidade
Hoje danço descalço....... Nessa tal realidade.
Com a liberdade de um passaro,
minha mente paira pelo ar,
entalhando poemas nas nuvens,
e fazendo-os refletir no mar.
Senhores das nuvens
Sois o vento.
Que ecoa pela pelas planícies.
E sussurra entre as florestas.
Se desprende no amor.
Dissipar-se tornou se o desejo.
Tão expressivo no alento.
Que diria o amor.
Puro e translúcido.
Para onde deixou cair em uma paixão.
Breve na surdina da escuridão.
Um cálida de desilusão e desejos.
Espalhadas de tantas vezes o amor.
dissipou se nas estrelinha do teu coração.
Ao contemplar o infinito eu vejo o teu rosto se formando nas nuvens a sorrir pra mim , iluminando assim os olhos meus
já não é mais segredo que te amo , te desejo e tudo que mais quero
é acordar um dia , para sempre nos braços seus .
em tudo que olho em minha volta vejo você.
és o raio de sol que clareia meus dias ...
a noite és o brilho da lua a me iluminar
e quando o vento toca em meu rosto , sinto teu cheiro,
sinto você com teus lábios suaves em meus lábios beijar.
eu não tenho pressa ....
tenho Fé....
Fé em DEUS que nos uniu e nos apresentou
mas essa união eu ainda hei de ver realizada !
seremos "um"pelos laços do amor.
Aproveite cada raio de Sol, aprecie as nuvens. São eles os únicos responsáveis por fazer sua imagem brilhar.