Nunca Gostei do Morno do Meio Termo
Tudo tem o seu devido tempo;
Para tomar uma sopa deliciosamente bem, têm que se tomar morno;
Nem quente...
Nem frio...
Morno.
Reencontro efêmero
Você é capaz
De reativar o meu amor
Transformar o morno em voraz
Me fazer ressentir o sabor
De uma paixão nada fugaz
Cada palavra
Cada olhar
Me motiva acreditar
Que esse amor nunca se acaba
E muita coisa vai rolar
Pode parecer inocente
Mas esse amor transcende
Quem foi maledicente
E ninguém compreende
O porque de voltar tão de repente
Parecia o fim
O estopim
De uma relação prematura
Ou seria madura?
Que não entrou na moldura
É fácil querer ser feliz
E esquecer que por um triz
Uma relação desaba
Não sobra nada
O amor parece que acaba
E ninguém faz nada
Depois começa o tormento
É só sofrimento
Cada um em seu desalento
Pensando que por um momento
Podia ter sido feliz
S E C A
Um vento fraco e morno
Balança o limoeiro do quintal.
Da terra árida sobe um bafo infernal.
Os raios do sol parecem fios de óleo quente
Escorrendo testa abaixo.
As folhas de couve, murchas;
O espinafre, seco.
Sob esta ínfima sombra que resta, leio.
E as palavras derretem de calor.
Em frente à minha janela
Tem um gavião voando
Faz um voo tão morno
e voa muito mais bonito
que o avião mais moderno
Sei que é rapinagem pura
mas tudo que Deus Criou
Tem se portado muito bem
eu acho que o gavião tem
é todo direito de estar
voando e rapinar e planar
e voar de novo se quiser
mais bonito que seu jeito
Só existe no Mundo alguém
Que quero ver e não vejo
Eu Só alimento nesta vida
Um desejo
Voar como um Gavião
E voando a procurar
Te encontrar andando
no chão desprotegida
te carregar pro ninho
depois vou te mastigar
Com todo amor e carinho
Cotidiano
Quente, morno, frio
Preto, branco, cheio e vazio
Claro, escuro, fim do mundo
Sentido, amigo, eterno abrigo
Sorrir, brigar, deitar e sonhar
Contar, chorar, extravasar
Noite, céu, calor do dia
Nuvens brancas, chuva, agonia
Liberdade, linda felicidade
Paixão, amor, caridade
Criança, menino e menina
A paz, a bela, saudade antiga
Porta e janela a alma da Vida!
Não quero ser medíocre, não quero ser morno... Eu não serei! Como uma sede que não se resolve com água, como uma fome que não se resolve comendo, é a minha Busca. A minha Busca é minha ambição, meus olhos vidrados no magnífico... Aquele à frente sou eu, saber que não sei de nada já é algo que tenho como força pra andar entre o inteligível e o sensível. Mortais que somos, pouco tempo nos resta pra fazermos o legado. A vida é muito curta pra ser pequena!
Semente
Eu permito...
que em meu colo, morno, plácido, te aconchegues
e, como faz o mar
com os seres viventes,
ele também te acalente.
Eu te concedo...
o meu sorriso, doce, brando,
o meu abraço, a te envolver intensamente,
e que ele te abrigue
como a terra faz com a semente.
Eu gosto do simples, mas não do morno.
Eu me apego a detalhes, sejam eles bons ou ruins.
Eu luto com todas as forças, mas quando vou embora não olho para trás.
O que eu (re)conheci no caminho, eu guardo.
Eu me desculpo, eu falho. Sou ser humano!
Sou simplicidade, sou reciprocidade, sou verdade.
E a verdade, é que eu gosto mesmo gente de alma poética.
Asco
A cabeça tonta cede a ronda
E o pescoço solto torno tomba
E o corpo morno compra
Um sorriso frouxo que assombra.
O corpo em retalhos
Quase um espantalho
Tenta disfarçá-lo
Um sorrir amargo
Um sentir tão asco
Viver em cima do muro não é serventia para mim. O morno apavora-me. Sou profunda e o que não nasce devagar e naturalmente, intensificando-se em cada rebento, não deve entrar no meu mundo. Quero diluir-me em cada ponto intenso da vida e infiltrar-me em cada película infinita do Universo.
No que posso me a pega? Meu mundo é diferente,as veses morno e as vezes friu. Adequa com que a balança que sou. Secretamente,exageradamente afogado pelo que me faz viver. Você!
Enquanto chove lá fora,
cá dentro de mim céu de outono,
de um azul de doer os olhos, sol morno
e o perfume das folhas caídas pelo caminho...
Cika Parolin
DIVAGANDO
As horas passam...
Eu me desgasto
Neste silêncio morno
Onde meus desejos recalcados
Minhas frustrações alimentadas
Levam-me à lugares que desconheço.
- Será a loucura?
Quem sabe é a loucura que me domina
Nestes vagos instantes que estou sem você.
Meu pensamento tem asas,
Sim! Tem asas como os pássaros;
E voa!...
De repente!
Um tiro no ar.
Sou assim, o morno nunca me fascinou. Só quero ser feliz ao meu modo e ver o clássico “Eu te amo” materializado em gestos impensados, imprevisíveis, insanos e verdadeiros.
Cada canto que passei,
encontrei-me com o morno, o tédio. Pulei de leve no escuro.
Hoje, pego-me num forno pré-aquecido, hora de saltar novamente.
Serei eu uma cigana ou tenho que trocar os óculos?
De morno só aceite banho. Amor tem que ser quente e inteiro, sim!
Mas, porém .....as coisas não são fáceis, a questão não são escolhas que fazemos, pois a escolha só vai dar certo, se, duas pessoas escolherem a mesma coisa, ter a mesma sintonia, a mesma frequência.
E manter tudo isso, tem que ser de circo, tem que cuidar, tem que reconhecer que é uma conquista diária, uma planta que se rega todos os dias, isso, todos nós sabemos, então ,porque as coisas nem sempre fluem? Não vão a diante? Será que tem uma explicação? Acho que o problema é a insatisfação constante do ser humano, o nunca estar satisfeito com que tem, querer sempre mais... Será que existe uma fórmula? Quem tem? Ahahahaha complicado
Esmagada e gasto pelo Tempo ;as horas tiveram secado o meu sangue e coberto o cenho morno
Com linhas e rugas; quando a sua fresca manhã as regras da insonia me sugam
Ascender à alta noite senil,
Minguarem, ou sumirem de vista, a possibilidade de se rei
Roubaram o tesouro da minha primavera; hó princesa minha
Por esse tempo agora eu me oponho e me desfaleço
Contra a faca cruel da confusa mentalidade as vezes infantil
Sem o ponto final eles jamais ceifará da lembrança
Na suavidade do meu amor, embora lhe tire a vida
Nestas negras linhas ficará a sua beleza, estampada com meu sangue
à decadência da idade; e o medo do fogo as altas torres são destruídas, e eu ainda continuo aqui
E o eterno escravo do metal entregue à mortal ira; de estar só
Ao ver o oceano faminto ganhar as pedras da minha alma
Vantagem sobre os domínios das encostas;
E a terra firme avançar sobre o braço de água, gota gota me sacio do oceanos
Equilibrando-se tal mudança de condição,
Mesmo insuportável não ensino a pensar a ruína:
Que o tempo virá e levará o meu amor "lagrimas' ou as laminas fará-me ver a nirvana?
Este pensamento é mortal, sem outra escolha?
Senão lamentar ter o que se temer ou perder
Por Charlanes Oliveira Santos