Noivado
Assim te desejo, com todo o frescor dos dias quentes, como um líquido refrescante que acalma a alma nos dias frios de inverno. Que seja uma explosão de sabor ao estalar entre meus dentes e um toque teu que me relaxa suavemente, como se me transportasse para um estado de tranquilidade profunda.
Quando a pessoa te ama, ela não te abandona, ela foca nas tuas qualidades e se dispõe a te ajudar a consertar tuas falhas e defeitos e, se os defeitos forem dela, ela aceita tua ajuda, mas, não te deixa.
Mulher que se deixa apaixonar por homens com palavras bonitas e românticas, homem inteligente e físico malhado, ao invés de enxergar friamente quem é a pessoa, corre risco um grande risco de cair em mãos erradas e sofrer.
Quando você ama de verdade, percebe que o sentimento que tinha com todas outras pessoas que já se relacionou era tudo menos amor.
O peso de um círculo infinito
A aliança não é uma vitrine. Não é um letreiro que grita ao mundo que você pertence a alguém, nem um escudo para afastar olhares curiosos. É um lembrete silencioso, um sussurro que você carrega na pele: “Ei, você tem alguém para amar e cuidar.”
É engraçado como, às vezes, esquecemos que o maior compromisso de um relacionamento não é com o outro, mas com a nossa própria memória. Porque amar é, antes de tudo, lembrar. Lembrar que o amor não é só sobre sentir, mas sobre fazer. Que cuidar é verbo, não promessa.
A aliança deveria ser vista menos como um símbolo e mais como uma bússola. Não aponta para o mundo, mas para dentro de nós. Para nos lembrar das manhãs difíceis em que precisamos escolher ficar, dos dias silenciosos em que o cuidado fala mais do que mil palavras.
Porque o amor não vive de gestos grandiosos, mas de pequenos atos que constroem um lar invisível entre duas almas. A aliança não impede traições, nem sela garantias. Ela não tem poderes mágicos. É só um objeto, simples, mas carregado de um significado que vai além do ouro ou do brilho.
E, quando olhamos para ela, deveríamos ver mais do que um acessório. Deveríamos enxergar as vezes em que dissemos “sim” sem dizer, quando ajudamos, entendemos ou perdoamos. Deveríamos lembrar que o amor não é automático, mas exige um cuidado que, às vezes, vem à custa de nosso próprio orgulho.
Não é sobre mostrar ao mundo que somos comprometidos. Não é para provar a ninguém que temos alguém. É para nos lembrar de que escolher amar é um ato diário. Que o amor se desgasta sem manutenção, como qualquer outro bem precioso.
A aliança, no fundo, não é para o outro. É para nós mesmos. É para aqueles momentos em que esquecemos por que começamos, quando a rotina pesa, quando o cansaço parece maior que o afeto. É um lembrete de que, por trás do símbolo, existe uma história, um compromisso que não pode ser sustentado apenas pelo desejo de exibir.
Porque amar e cuidar nunca foi sobre mostrar. Foi sobre ser. E, às vezes, um simples anel é suficiente para nos trazer de volta àquilo que importa.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia
Compromisso
Quero inicialmente
trocar olhares,
assim de soslaio,
tímido talvez,
mas sem vacilar,
Tocar suas mãos
trazendo-as
para junto de nós
num encontro,
percorrendo em
cumplicidade as
falanges,
dedos,
a palma e o céu
das sensibilidades,
Te dizer o não dito,
ou reafirmar o por
tantas vezes escrito,
incutido nas linhas da
poesia que dediquei-te
em nosso secreto início,
Voar um voo solo
num mesmo céu,
pousar no mesmo galho,
cantar ao seu ouvido
palavras de doces,
de cumplicidade,
de verdade - a nossa.
Hoje,
não simplesmente
te escrevo;
em versos sem rimas,
a intenção é a seriedade
de juntos estarmos
hoje namorados
em compromisso.
Amo-te!
Mário Sérgio
Para nós (Renata Maia)