Noite
Desejo ouvir as estrelas e de entendê-las no íntimo de sua essência. Mas, não consigo! Abro a janela todas as noites e tudo que ouço é o som mudo da solidão...
AGORA É NATAL
Agora é Natal.
Todos fraternos
Felizes se abraçam
E Esquecem do mal
Porque é Natal.
Renovam esperanças
Se tornam crianças
Menina de tranças
Face angelical.
A noite é singela
Tão linda e tão bela
Presentes na ceia
Porque é Natal.
SENTIMENTOS
No silêncio da noite,
A solidão vem de açoite,
E num amanhecer gelado,
Assento-me calado,
E fico a observar a correria,
De uma vida que está vazia,
E virá outra manhã cinzenta,
Trazendo dor no peito,
Dor que me atormenta,
De dia e no meu leito.
E um dia novo virá,
Outra noite aparecerá,
E outras lutas,
Outras disputas,
E atrás daqueles montes,
Outros horizontes,
Novos mares,
E outros ares,
Novos ventos,
Novos sentimentos.
Autor: Agnaldo Borges
16/09/2014 – 01:35
A LUA
Dizem que em noites sem fins,
Os namorados passeiam,
Por praças ou jardins,
Sem perceber quem os rodeiam.
Debaixo da lua trocam,
Beijos e juras de amor,
Olhares e abraços que provocam,
Em outras faces o rubor.
Dizem que é a lua dos apaixonados,
Ou os apaixonados da lua.
De corações alados,
Com os pés descendo a rua.
Autor: Agnaldo Borges
10/10/2014 - 22:40
PERDIDO
Quanto tempo perdido,
Num tempo que não voltará,
Quanto tempo esquecido,
Num tempo que acabará.
Quantas horas perdidas,
Nas horas do dia,
Quantas noites perdidas,
Quantas horas de insônia.
Quanto tempo perdido,
Falaria mais, mas seria perda de tempo.
Autor: Agnaldo Borges
16/11/2014 - 00:07
Não importa o tempo.
Se sol, chuva ou tempestades
estamos sempre aqui.
mesmo que seja apenas um
beijo de boa noite, mas este nos
fará dormir felizes e na forma de
conchinha enlaço-te para aquecer-me.
e em nostalgia relembro das loucuras
de noites passadas e imagino
as travessuras do amanhã.
Esta noite é de aconchego,do apego,
do amor maduro.
Aquele que protege nossos corações
dos medos e das incertezas.
Das costas que acolhe e do beijo que
recolhe no descansar silencioso
onde apenas os corações
ecoam palavras de amor e carinho.
Vamos sair
Depois da meia noite
Pra ver como é la fora.
Sentir a brisa da madrugada.
O som assombroso noturno
Que tal bebermos?
Que tal dirigimos pra lugar nenhum?
Sem celulares
Sem hora
Sem rumo
Sem tristeza
Só nós, o mundo.
E a noite.
Minha voz treme enquanto repete a sussurrar seu nome.
Embriagado pela saudade, com a tua ausência, a noite nos sonhos, nada veste minha solidão, se tu não estás. Traço o ar com os sussurros de meus batimentos e o eco me devolve, disfarçado teu nome, às vezes penso ouvir você me chamar no silêncio, às vezes penso que me escutas quando em você penso.
A noite passada
Eis que me disseram, na noite que se passou,
sobre um certo comodismo que de nós não se dissipou.
Disseram que por Um tudo fora criado,
que tudo está previsto, tudo preparado;
a vida, o acaso. Não há como mudar.
Eis que me disseram de alguém que tudo planejara e tudo rotulara;
à mim, cabe apenas contemplar.
Me disseram para acreditar, e ele viria me salvar... se eu o aceitasse!
Mas caso não me contentasse, e de coração o negasse, o ardor seria o plenário ao qual eu teria de me reportar.
Eis que me disseram que somos frutos do amor, que somos frutos de um senhor que o melhor nos quer dar.
Por longo tempo me convenceram
da conversa que nem eles sabiam onde começara;
ou onde iria terminar.
Eis que me enfiaram goela abaixo leis para seguir, palavras para reproduzir.
Me disseram, na noite que se passou,
que tudo tem sentido,
que tudo está previsto;
e que devo agradecer.
Me disseram: 'não questione';
"não negue a redenção";
"não pense na contradição".
Eis que me disseram que a vida não se acaba, que a corte se aproxima,
que o céu não é pra todos.
De coração não acreditei,
ao questionar, ao tribunal deles me entreguei.
Eis que me disseram que nem tudo entenderei;
me odiaram, blasfemaram à minha dúvida; me rotularam com nomes que aqui não ouso mencionar.
Eis que nesse âmago de suplício, entendi o que eles não entenderam.
Então, eis que estava pronto para acordar!
Te Intriga nosso silêncio, irmão?
Não concorda com nosso segredo?.
Já construíste seu templo no coração?
És um real obreiro sem medo?
Quando nele te recolhes, o que mais importa?.
Talvez lá encontre nas chamas de lareira
Pedaços de alguma lembranças já morta
Alimentando as brasas da fogueira
Se são coisas mundanas. Ignora-as.
Sabes bem que para lá delas,
aquilo a que chamas de tempo
e que usas para medir silêncios,
não existe! Somente são como caravelas
Vem e vão ao sabor do vento.
Pelas regras da matéria e não do Espírito,
o silêncio pode ser um curto e surdo intervalo
Que habita entre duas batidas do coração.
No teu, ele é dificilmente perceptível, um estalo.
No meu será dolorosamente infinito.
Agora, se para ti o tempo não existe,
porque te há de intrigar o silêncio?
Não vale a pena, não é triste
Conhecer-te a si mesmo?
E se me disseres o que vi em ti,
Glórias, prestigio, honrarias sem fim?
Direi que sem erro o que vi...
Foi aquilo que faltava em mim.
Claudio – 24/05;2016
O dia vestiu-se de luto,
e transformou-se em noite.
Apagou seu lampião do céu,
e acendeu seu abajur de prata.
Chegou cansado,
Arquejante,
Enlutado.
Deitou-se, mas não dormiu.
Ligou o rádio
Eram seis em ponto.
''Santa Maria, mãe de Deus,
Rogai por nós pecadores''.
Desligou
Acendeu um cigarro,
fez fumaça,
e desenhou São Jorge.
Na luz quarto crescente
Do abajur de prata.
Com o amanhecer do dia a duvida e o desespero
Com o cair da noite uma partícula de um sonho a ser vivido
Com o amanhecer do dia um corpo na inércia para o despertar
Com o cair da noite a fé fortalecida
Com o amanhecer do dia um grito de desespero
Com o cair da noite um grito de liberdade
Com o amanhecer do dia uma dor que insiste em sufocar, em paralisar
Com o cair da noite uma missão a seguir
Com o amanhecer do dia um grito por socorro
Com o cair da noite a certeza de melhores dias
Com o amanhecer do dia a escuridão de uma noite fria e cinzenta
Com o cair da noite uma luz na próxima curva dessa incrível jornada
Com o amanhecer do dia...
Com o cair da noite a gratidão invade cada partícula do meu ser
Com o amanhecer do dia a seguinte pergunta: ”Qual presente esse problema está escondendo?”
Com o cair da noite a necessidade de tomar uma ATITUDE
Crenças profundamente enraizadas, orgulho de compartilhar e pedir ajuda
Frio na barriga em mostrar por de trás do meu sorriso
Desespero em arrancar o véu de uma vida extraordinária exposta em minhas redes sociais
Vergonha de não ser congruente comigo mesmo
Medo em mostrar fraqueza
Preocupação em nunca ter credibilidade naquilo que faço ou falo
Algumas evoluções plausíveis e deslizes de um principiante no caminho da vida
E com a certeza de que algo de muito extraordinário vai acontecer
Como resposta daquela pessoa que de fato eu SOU
Como resposta à grande pessoa que me tornei
Como resposta ao meu coração
Como resposta às minhas virtudes, aos meus valores
Como resposta do BEM.
Seguirei firme no meu propósito
Seguirei fiel a Deus
Seguirei amando
Seguirei Buscando
E...
ACHAREI
Com o coração repleto de Gratidão
Eu seguirei...
O galo canta, os ruídos incompreensíveis da vida lá fora que se espreguiça com o despertar de mais um dia. E nessa bruma que borda o amanhecer os ponteiros do relógio pendurado na parede esmaecida vão voando na obscuridade tentando decifrar esse enigma do tempo...E nesse instante um suspiro profundo da alma, onde o vento leva e traz mistérios do dia e da noite e todos os dias...
É noite no cerrado
Cai a noite no cerrado
E o silêncio floresce
Estrelas lado a lado
Da lua que se oferece
Junto vem a melancolia
Inundando o imaginário
De sonolenta monotonia
No poetar de um solitário
Já não se ouve a vereda
Comigo o breu algemado
O sono na inação enreda
Na noite que cai no cerrado
Luciano Spagnol
Fim de maio, 2016
Cerrado goiano
Olhou a noite, a lua e as estrelas e notou que outra noite, outra lua, outras estrelas surgiam das sombras de seu ser
"Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois que vem a chiar, manhãzinha cedo, pela estrada. E que para de onde veio volta depois quase à noitinha pela mesma estrada".
(Em O guardador de rebanhos)
BOCA DA NOITE
(Bartolomeu Assis Souza)
A boca da noite e seus mistérios
Pudera ter o dom
De perscrutar o enigmático
De beber de seus segredos e beijar sua boca...
De conhecer muitos de seus motivos
Guardados em seus olhos de penumbra
Pois das trevas surgiu a luz...
E com a luz a claridade...
Trazendo e anunciando outro dia
Renascendo com o astro-rei em vestidos luminosos...
Esse senhor que é criador de todas as cores
Tingindo a vida num multifacetado dom.
ISBN:978-85-7893-519-1
A NOITE
Almas circulam nas ruas
Sonhos regozijam seus donos
Passa oculta em meus medos
Questiona o que somos
A sombra, pretume das cores, enaltece o luar
Vela, adormece, retarda o meu despertar
Faz o disfarce das dores, me perder sem notar
No sentimento, confundo
No teu silêncio, o barulho
Transcrita oculta em meus dedos
Num sono profundo
Uns dizem que ela resguarda
Outros, porém, que ela é tara
Do apaixonado poeta
Na noite que vara.