Nem tudo que Balança Cai
Pobrezinho
Cai do galho um passarinho,
eu fico com tanta dó...
pego ele de mansinho,
e enrolo no filó...
É quando cai a noite no dia
Que eu desejo descansar
É quando chove e a noite é só minha
Que eu desejo estar em paz
É quando chega a chuva da noite
Que eu me ponho a sonhar
Sou fraco, eu sei. Vacilei, eu caí!
Tu me julgas por quê, se eu já morri?
Quem ama perdoa ou apedreja no fim?
Meus amigos “irmãos” se viraram pra mim?!
Pra que então dizer, “Cristo vive em mim”?
Estou destruído, não mereço sorrir!
Sentimentos escuros estão dentro de mim!
Tristeza, vergonha, sem sede de Ti...
Jesus tu me amas!?
Mas pequei contra Ti!
Traí seu amor, eu Lhe ofendi!
Não derrama Senhor, o Teu Sangue por mim!
A desilusão tomou conta de mim!
Me ajuda Senhor, manda fogo aqui!
Sem força eu te busco, levanta-me!
Alivia minha dor e ressuscita-me!
Lava minha alma
Me acolhe e me acalma
Me ajuda a começar do zero!
Confesso minhas faltas
E sei que Tu me abraças
Reergue esse Teu ministério (Senhor)!
Hoje depois de tantos tombos, aprendi que ainda não caí o suficiente. Acho que vai ser necessário mais um tempo. Pois enfim quando eu me equilibrar, nada e ninguém me jogará outra vez no chão!
Muitos querem ver eu cai, muitos me estendem a mão, uns querem ver eu subir outros com buraco no moletom..
Tempo
A natureza cresce
Vida de repente cai
Afinal, quem dá corda ?
No tempo que se esvai
Flui alegre, com sorte
Mas certas coisas condenam
Quem sabe...a morte
O tempo, que tempo?
Aquele de tudo!
Agora me lembro
Mas conte de novo
A história da vida
Notícias de mim
O Tempo governa
A ditadura que semeia
E o vento socorre
A mentira que freia
E entra na dança
Dos astros do início
O início do fim
Às vezes me acho boba demais
Vejo a poesia
Num fim de tarde
Com a chuva caindo
Numa gota que cai
Como se estivesse sorrindo...
De repente
Um vento que sopra
Uma Folha que cai
O momento que fica
A solidão se esvai.
De repente....
QUE NÃO FALTEM SONHOS
Com a chuva, que cai, lá fora, eu, aqui, por detrás da janela, vejo as gotas caírem no piso e penso que a vida, sem sonhos, não há vitórias...
A vida é linda por demais. Pequenos gestos, pequenos mila¬gres podem fazer toda a diferença, em um dia chuvo¬so...
Que os sonhos não me faltem. Prometo, a mim mesma, jamais me esquecer de sonhar...
Prometo nunca deixar de sonhar. Pelos vales e campinas, sempre caminharei em meus sonhos...
Jamais deixarei que a dor me solape, me sufo¬que, me afogue ou me faça afastar de meus sonhos...
Prometo, a mim mesma, jamais me afastar de meus sonhos, jamais me afastar de quem eu amo...
Das ínfimas coisas, os sonhos, que para muitos, não têm importância, para mim, são fundamentais, para que eu possa viver sonhando, para que eu exista...
O melhor sonho, ainda, está por vir... Pode ser que martelando, teclando, enfiando os sonhos em minha mente, acabe por acreditar neles e, acreditan-do, acabe fazendo acontecer e que o melhor sonho, finalmente, chegue e deixe de somente estar por vir...
Quero dar a mão aos sonhos e desejar que me levem com eles a brincar de sorrir... Sonhos são, para mim, um sinal de esperança...
Quero crer nisso... Preci¬so crer nisso, pois, necessito dos sonhos para viver... Que os sonhos venham e me transformem, me transmutem, me deem asas e me façam feliz, para sempre...
Prometo, a mim mesma, me amar e viver so¬nhando, acima de tudo, respeitar o meu modo de ser e de me aceitar, ainda que com os meus tantos defeitos e falhas...
Que não me faltem os sonhos, para que eu possa sonhar e concretizar todos, mas todos, mesmo... Para que eu possa, através dos meus sonhos, viajar por va¬les e montanhas, atravessar o oceano, para poder, do outro lado, encontrar pessoas, que me são caras...
Ainda que, em meus sonhos, haja falhas e idios¬sincrasias, que eles não me faltem, pois necessito de¬les, para poder alimentar a esperança de poder so¬nhar e transformar os sonhos em realidade...
Prometo jamais desistir de meus sonhos, pois eles não podem faltar em minha vida...
No livro "Em Busca dos Sonhos"
que poderá ser encontrado na livraria Asabeça editora Scortecci
Surreal Amor
Assim como o bêbado que cai se esfolando sem sentir dor, escrevo pra uma mulher que não me machucou.
Como o mais louco dos loucos sem a minima noção do consciente, dito palavras sem ter noção do que poça sofrer e o quanto poço estar sendo inconsciente.
Da forma de um andrajoso na sarjeta que pensa no momento que dali irá se levantar ciente que não há lugar pior na vida, rabisco estando no ultimo lugar, pura solidão da ausência de uma ainda desconhecida.
Igual um apaixonado que fica cego, cego componho sem nada ver, sem nada conhecer de você.
Como será você em aparência... até tento traçar aparências, mas as caligrafias de minha caneta só descrevem comportamentos sensatos, carinhosos e amorosos de plena lucidez.
Um bêbado apaixonado embriagado de um amor sonhador ou seria um sonho de amor.
Sabe daqueles tão reais que parece estar acordado e quando se da conta de ser um sonho não quer acordar, e até tentamos voltar a sonhar,sonhar e sonhar.
Seria eu o Peter Pan não querendo crescer jamais. Acreditando piamente na terra do nunca, um utópico escapismo da mente de todos os homens mais normais.
Normal, normal, normal... instituto mais comum na vida do homem que reparou nas pessoas a corrupção, é se tornar um anormal que acredita na bondade da imaginação.
Sempre pensamos num acalento que compensará, pra tanta tristeza, a alegria; pra tanta dor,o alivio; pra tanta infelicidade, a felicidade. Assim como o autor do personagem traçamos na mente a vida perfeita e a minha é estar a seu lado menina mulher,admirada secretamente em meu subconsciente.
Devaneio
Agora cai a chuva,
E cala a fala,
E me deixa mudo,
E eu já não escuto,
A voz que preciso ouvir.
Agora molha o chão,
E faz um barulho,
E tira o entulho,
Que impede a alegria,
De meu coração.
E agora ouço a música,
Que traz a lembrança,
Do sonho de criança,
De toda esperança,
Que agora não tenho.
E agora um sorriso,
Que é apenas esboço,
Que se faz sussurro,
Que já espera a hora,
De juntar seus cacos,
E seguir seu rumo,
E agora, eu sumo.
Caminhando sorrateiramente na calçada, quando algo cai sobre minha cabeça, aflito, descobri que era uma modesta semente.