Neblina
Os seres humanos são mentes pensantes perdidas na neblina da dúvida. A boca mexe, as palavras saem, parece tudo tão certeiro e real, mas as pessoas só falam.
— Lua Kalt (deliberar).
Cantareira
A neblina da serra
Já avisa
Aquela névoa tão branca, me intriga
As plantas já ficam tão lisas
O orvalho se transforma
Em vida
O solo se umidifica
Os insetos de cá
Já começam a galgar o cume daquela árvore de lá
A andorinha anuncia
Mais um dia
De alegria
De frio
Também de carinho
No coração de quem ainda tem paz
Ô serra linda
És tão alta
És tão bela
Como a mesa do meu jantar à luz de vela
Minha fonte de alívio
Para alguns uma inspiração
Ou quiçá pode ser lá, um lugar
Onde se escondem o estresse e a tristeza
Quem dessa caverna quer sair
Logo se esvai e deve sumir
Pois ela tem em si
A essência de uma prisão
E só escapa quem não se contentava
Com tamanha ilusão
Ô serra linda
Permanece ainda
Ô serra linda
Que tu sejas infinda em meu coração.
Deleite-se aos meus
perfumes manhãs,
Danças no vento neblina
silueta de aromas quentes,
Fecha-me aos olhos
prazeres no degustar,
Brindas com teu sabor
negro amargo,
Namorando cores de
canela morena linda
Estreitas à gosto mel
meu paladar.
Ah! Meu café... Tão cheiroso és!
SAUDADE DE CASA
D’onde o sol corta a neblina.
Daquelas curvas acentuadas.
Deste barro em que sou carne.
Da terra indígena roubada.
Das linhas que marcam o asfalto.
Do mato que beira a estrada.
Das terras preenchidas de pasto.
Do deserto verde que desmata.
Dessa mistura de suas falas.
Das velhas cordas do violão.
De todo amor que nos embala.
Daqueles versos de sua canção.
Destino nebuloso
Remando contra o tempo me aproximei lentamente de uma neblina densa e assustadora,
parei com meu barquinho por alguns segundos e observei atentamente tudo a minha volta, vi corvos no céu e ouvi o sopro dos ventos uivantes,
mas também apreciei o voo das gaivotas e me alegrei com os golfinhos saltitantes,
ponderado pelo medo e iluminado pela lanterna da coragem, resolvi encarar a imponente neblina.
Não entendo essa neblina, mas sei de onde vem, esse gelo diferente, me pergunto se estou bem...
Um lobo lida bem, com a estrada atribulada, mas seguindo essa direção sempre estará mais invernada...
Ah é, só respondendo também, a pergunta que vale um hárem, Sim!!
No racional estou bem...
Dificuldades superadas são como a neblina da manhã: o vento da oração as afasta e acalma o espirito
Adoro as nossas terças feiras, nestas manhãs pela neblina com o nascer do sol à beira rio/mar e pelas planícies das lezírias, suspirar ao teu ouvido poeticamente com carinho e passarmos as nossas línguas pelos nossos corpos húmidos e excitados de tanto prazer e beijar-nos como se fossemos poemas recheados de paixão e aventura. E durante as madrugadas como entrelaçavamos os nossos corpos pelas estrelas e pela natureza e adoçar-mos as línguas gostosamente nas taças de vinho e sorrindo com poesia e amor para o mundo e para o universo
Não falamos mais a mesma linguagem.
Os meus olhos se abrem e você some como em uma neblina.
Você chora
Asteróides se colidem e eles têm o nosso nome.
Em orion's já não ouço a sua voz.
você ainda me vê?
Por que não vem até mim?
Nossos dias de folga viraram presentes gregos
Sangrando sem dor, sem sangue e sem ferimentos.
Mais um grito sem som.
Eu me sinto em Tróia, onde todos são traidos.
A sensação inerte de ser jogado de vênus sem paraquedas
e cair eternamente em segundos.
De um lugar, uma vontade, um sonho. E em direção a uma realidade que só era real na minha mente.
-Matsumoto
Não vivo
Tu e eu.
O mar.
O sol e o ar...
Entre nós dois uma espessa neblina.
Queria que fosses minha, linda menina.
Do amor não esqueço a magia...
Queria poder te dizer tudo o que sinto, um dia.
Da cumplicidade de sentimentos.
Da paz de nossos momentos.
Do meu amor que explode por dentro.
Menina, dos cabelos de caracóis...
Por ti esperarei milhares de sóis.
Loucuras que não vivi.
Dor que sozinho sofri.
Do presente – que não posso te ter bem aqui.
Do futuro – que não posso pensar sem ti.
Não vivo.
Bem lá na frente: não quero repetir que não vivi.
DEPRESSÃO
Se alguém pudesse ler o teu olhar
enxergaria uma neblina densa,
ventos, tornados e a tormenta imensa
que o teu sorriso insiste em disfarçar...
Se alguém tivesse o dom de mergulhar
no que tu calas, e a cabeça pensa,
descobriria a correnteza intensa
do mais revolto e perigoso mar!
E, sob o véu desta aparente calma,
veria monstros te assombrando a alma
soprando escuras nuvens do desgosto...
E entenderia todos os momentos
nos quais a chuva dos teus sentimentos
transborda o peito e escorre no teu rosto...
Ecos Silenciosos -
(Sonho)
Ontem, na madrugada dos meus dias,
cheia de choro e neblina,
sombras passearam-se por entre os
meus sentidos ...
Não me lembro o que queriam,
apenas as senti, rodearam-me na cama,
tocaram-me no corpo ...
Quem eram? De onde vinham?
Que angústia, que lamento, que dor as
trespassava?! ...
E havia um véu, uma espécie de cortina
entre nós! Como se de duas realidades se
tratasse!
Tive medo! Não sabia o que pensar ...
... seti-lhes as penas.
Ofegante, despertei, tinha o olhar vidrado
nas vozes daqueles Ecos Silenciosos ...
O pensamento cavalga entre as brumas da neblina
Anuviado, acabrunhado,
sem saber a direção...
Vem a enxurrada
e lava
e carrega
e alarga as estradas da existência.
A tempestade desmata as certezas da noite escura,
desnuda as verdades da aurora.
A vida na caverna já não é possível.
Mas como banhar-se ao sol, se a luz é uma incógnita?
O raiar de um novo dia nos rouba o chão de pedra rachada,
rompendo correntes e nos obrigando a enxergar o horizonte.
A linguagem energética transforma-se em asas,
resta saber se as lembranças da caverna nos impedirão de voar…
Valnia Véras
Dia de Neblina
A estrada estava perigosa a chuva era fina
Esse solo capixaba banhado por neblina
Hoje fui no Paraguai e brinquei com a doce menina
Ana Luiza filha da mãe Marisa é pura alegria uma fina poesia...
Olhando para crianças de gargalhadas- mansas uma pequena flor.
Eu ando pensando dimais no meu amor
O sossego da subida a estrada do Barro Branco...
Lembrar a infância momento alegre onde alma recorda a luz.
Lugar que eu amo cantinho que mamãe me deu a vida e os sentimentos se confundem.
Pensava nela nos seus olhos castanho como se a eternidade fosse um milagre...
Mesmo que eu queira esquece lá a lembrança arde...
Como a chuva que aquece a esperança nessa tarde.
Não diria sou covarde por te amar assim...
Pois um milagre eu revelo o sentimento profundo.
E mostro para o mundo o meu verdadeiro amor de saturno.
Pois sua beleza é arte coisa de outro planeta.
Talvez os anjos veja essa dor da sua ausência fatal. .
Penso em você e o meu corpo vira total desejo imortal...
E assim quero mergulhar no seu universo corporal.
Fazer música alegrar o seu coração é melhor que carnaval!
Me perder no sambodromo do seus lábios
Fazer do seu corpo melodia musical...
O dia estava nublado e caia uma neblina suave e fria;
Não era um dia bom, pois a remetia à momentos difíceis que passara outrora;
Nesses dias, aflorava-lhe lembranças nada agradáveis, e um sofrimento de dor pungente.
Enquanto as gotículas de água escorriam pelo vidro da janela, lágrimas escorriam em seu rosto;
Era tão inexplicável como certas lembranças podiam machucar, mesmo depois de tanto tempo.
Mas, como sempre, respirar fundo e fingir demência era apropriado até para enganar a tristeza.
A vida precisava seguir, outros dias nublados viriam, e, com certeza, seriam vencidos;
Parafraseando o poeta “navegar é preciso, viver não é preciso”;
Ou seja, sigamos firmes a caminhada, com as imperfeições e imprecisões da vida que temos.
É tudo que podemos fazer...
Na noite fria a chuva vem, e junto com ela vem o frio da neblina, e na varanda sentada estou.
Imaginando como seria bom os nossos corpos entrelaçados no calor do desejo, aproveitando o frio da noite.
Na alvorada caminho sobre o clarão, a neblina ainda desaparecendo... canta o uirapuru e o rouxinol, ao som de um novo dia nos toques aveludados nas gotas de orvalhos o arco ires refleti as lembranças no gramado
Amei somente a ti e por ti amar someti a ti amei
Meus olhos via a beleza só em ti e tudo muito colorido e andava sobre as nuvens
Entre a vida flutuava como bolhas de sabão cambaleando equilibrando sobe o vento
Seus lábios como mel sua boca com tâmara do deserto adoçava a vida deste poeta sonhador
Mas dias tenebrosos veio... e os vultos andava a espreita e caminhava sobre as sombras e invejaram o amor tão puro
e sussurrou ao seus ouvidos e o verme lambeu os seu sentidos
e as riquezas e a cobiça deste mundo como um vírus te enfeitiçou
você foi arrastada e o amor para ti não tinha mais valor
Saber que o amor se foi trocado por ouro queima a alma nas tardes solitárias por ti medido e achado em falta nos bolsos pobres só amor
A dor ruiu o bronze de um nobre amor e dera a um pobre amor o ouro que a ti comprou e em curto tempo a ele chamado de amor
Vejo seus olhos estragando e se distanciando vendendo sentimentos e apodrecendo a alma o odor exalando do luxo que se deleita.