Naufragar
Beber um mar de vinho e naufragar na própria insuficiência. O que se é? Um micróbio nadando contra a corrente. Nunca deixando de ser um espermatozoide perdido no dédalo de um útero seco, de ovários arenosos e óvulos de pedra.
Não há o que fecundar na vida além da aridez da vida em si.
Tem dias que eu me sinto um barco prestes a naufragar, mas não com um furo no casco, apenas cheio de águas que me lançaram afim de me afundar, sem remendos; mas exigindo todo minha força, eu me esvazio em lágrimas. Sem ancora, as vezes sigo sem remar, vou aonde o vento me levar, bons ventos ou não, mas sempre navegando para não me esquecer que devo remar para meu destino encontrar. E mais uma vez eu busco força pra segurar os remos, minha bússola é o céu, azul, infinito e intocável, mas com um dono que me mostra a direção sem jamais falhar.
BARCO A NAUFRAGAR
A nossa vida é como um mar,
O nosso corpo como um barco
E o nosso amor é como um porto.
Durante algum tempo, navegamos, muitas das vezes a motor,
Com o tempo, o motor quebra,
Usamos remos, lançamos velas
Aí precisamos dos ventos.
Ficamos cansados, suplicamos que surja um ancoradouro.
Ele aparece, e quando estamos habituados às águas calmas
Somos expostos às tempestades;
Vem o vento, água revolta; a corda era fraca, o barco se solta.
O barco solitário, muito tempo à deriva, observa o porto ir.
Está de volta ao mar.
Não tem mais forças, a naufragar, clama em voz emocionada.
Lança as minhas cinzas ao ar, pra que em cinzas encontre um lar.
Deixa a maré virar
Até te botar no colo
Até te naufragar
Entre o leito
Entre o porto.
Entre teu ego de esgoto.
Entre titãs mortos e Zeus
As profundezas do mar
E se encontrar...
O barquinho
Leva contigo
Para além do horizonte
Com muito cuidado
Não deixa naufragar
São meus sonhos que partem
Nas águas do mar
Levados no barco
Deslizando sereno
Ao sabor do vento
À deriva da vida
De encontro à linha
Que não quer chegar...
O vento brando
Carrega o barquinho
Que em silêncio procura
O destino utópico
De uma quimera em linha
Onde num porto seguro
Ele há de ancorar
E meus sonhos enfim
Ali...aportar
Leva barquinho
A minha utopia
Transformada em poesia...
Quero um porto seguro que eu possa atracar o meu barco sem medo de naufragar. Acordar em uma manhã qualquer e sentir todas aquelas borboletas livres voando no meu estomago. Ser capaz de sorri um sorriso sincero e amplo de tal maneira que contagie toda a sala. Que as mentiras alheias não destruam a nossa sensibilidade de acreditar no outro. Que a rotina atrelada à correia do dia, nos reserve tempo para abraça e beijar os amigos. Que sejamos fieis a quem nos ama de verdade, não só um dia mais a vida inteira, pois serão eles que estarão do nosso lado e nos abraçaram bem forte quando o chão ameaçar tremer sobre os nossos pés. A vida segue como uma estrada sem que pare nas curvas. Aqui e ali, em todo lugar, trememos na base, amigos precisam partir, tem a chegada e a despedida, as pessoas vêm e vão, e um pouco de nós também vai é inevitável, porque dizer adeus ou um até logo doe e não é pouco. Se adaptar a um novo roteiro não é fácil para aqueles que amam, especialmente quando se ama ao Maximo. Mas quantas pessoas tem chegado tão perto?
"Após deixar-me naufragar nas profundas águas melódicas de cada nota musical, naveguei para uma realidade que não conhecia. Nessa outra realidade, chovia; eu era o oceano e, a chuva, as notas musicais que vinham do céu de encontro a mim, e quando as gostas da chuva chocavam-se com o oceano, nos uniamos em um só."
A lama está na cintura, o desespero entorno mas, a minha mente nunca irá naufragar num mar de hipócritas de fim de ano.
Navego pelas lágrimas que minha alma chora,
oiço o nada que me implora!
O meu barco vai naufragar, e meu mundo
parar de girar!
Onde está a salvação, a bóia do meu coração?
Onde está o anjo que me vem salvar? estou perdida
sem saber para onde remar!
Olho o céu coberto de nada, meu anjo onde estás!?
que eu estou desesperada!
Meus olhos não param de chorar, e este barco
está quase a naufragar!
Onde estás?
Porque não me vens salvar?
Minha alma está presa
a este corpo, anda... vem-me libertar!
Estou a afundar, não sinto o corpo, só a alma a chorar!
Onde estás?
Vem depressa por favor, preciso de ti e do teu amor!
Meus olhos estão a fechar, meu coração a parar, onde estás?
porque não me vieste salvar?
Vou morrer, sem te encontrar, talvez isto seja o meu casulo e em borboleta me vá transformar!
Medo tenho de naufragarAs ondas são tão altas, o mar tão profundoO vento forte balança o barco, vem em meu socorroCada momento de tribulação é como o barco na tempestadeGritamos e pedimos ajuda.Tem problemas que a voz do homem não resolve.O Homem não consegue tirar da alma a aflição, a dor, a angustiaApenas uma voz é capaz, um Homem que através do sacrificio na cruzTem o poder nas mãos para nos livrar de todo o mal, de todo o perigo.Ao gritarmos Jesus Filho de Davi tem compaixão de mimAs coisas se resolvem, ao declararmos o nome de Jesus todo o mal sai,O mal foge, a tristeza vai embora.Jesus Cristo filho do Deus Altissimo, esse é o nome.
Eu não vou naufragar nesse mar de ilusões e não vou perecer nessa terra de espinhos, mas vou vencer com as experiências adquiridas com as provações;
Não vou mais chorar pelo que eu perdi, não vou mais errar com juras negligentes ou promessas não cumpridas;
Com imagens não tão certas que me fizeram cair, sei que devo me render pelo sentimento bondoso que me acalenta dando-me o refrigero em minha alma.