Não tenho medo
Beija-flor-verde-ouro,
meu poético tesouro,
Não tenho medo do desdouro
porque quando o amor vier sei
que poderei confiar em dobro.
Eu não tenho medo do fracasso, tenho medo do sucesso e afastar do meu Senhor, por coisas que não importam para o meu Senhor!
Eu sigo em frente
e não posso recuar,
contra a corrente
jamais paro de remar.
Não tenho medo
e venha o que vier,
acredita meu mano
estou aqui para o k der.
Não tenho medo de perder, nem sinto vontade de desistir, sei que a resposta pra qualquer sinal de fraqueza é resistir... Deus sempre te fará sorrir...
MEU PRECONCEITO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Não tenho medo e confesso,
sem artifício e pudor,
meu preconceito de cor...
E quem já quer me julgar,
condene, ofenda, constranja,
me surre até deixar coxo...
Mas ninguém vai me obrigar
a vestir cinza, laranja,
salmão, dourado nem roxo...
Sendo de verdade e verdadeiro, mesmo que isso me custe a vida. Não tenho medo da pobreza, morte ou da má sorte. Eu tenho receio de perder tudo do que até aqui cheguei e conquistei.
Não tenho medo do escuro, porque sou da luz do conhecimento e durmo e acordo com ela sempre acesas, apesar de já ter dominado em mim a Ignorância que é a escuridão.
Eu não tenho medo nenhum de morrer. Tenho medo de viver.
Não tenho medo da morte, porém por precaução tomo cuidado para que não exista culpa, ódio e nem ressentimento me esperando do outro lado da vida.
Eu já não tenho medo de envelhecer.
Eu não tenho medo de olhar
os cabelos brancos na cabeça,
de olhar as rugas que estão surgindo
toda manhã.
Eu não tenho medo do espelho.
Eu não tenho medo.
Eu não tenho medo que as pessoas vejam
pela casca que sou por fora.
Meu medo maior é esse, eu não posso negar:
é morrer sem ter reconstruído
as coisas que, sem querer,
tropeçando no caminho, destruí.
Nildinha Freitas