Não Ignore uma Pessoa
Lembrem-se que cada um de nós, seja lá quem for, é o resultado da construção de toda a humanidade, desde o início e por isso, cada pessoa, é única.
Já escrevi tanto sobre tantos,
que me perco entre meus entretantos.
No entanto,
sou vírgulas ao invés de pontos.
Nem sempre que estamos doando o nosso melhor do bem que teremos o mesmo retorno, porém a prática desse bem e melhor nos faz o alvo de parâmetros para os demais ao que plantar para colher.
Aqueles que compreendem as pessoas como uma grande riqueza e conseguem entregar valor para elas, ganham muito dinheiro. Logo, onde o dinheiro é princípio e a riqueza é valor, sobram algumas migalhas.
Acredite: Até mesmo a pessoa que jura nunca te abandonar, irá te abandonar um dia. Por esse motivo, não seja dependente emocional de ninguém para não se machucar depois.
Você é uma pessoa má. Comigo. É tão horrível e mesquinha. (...) E o pior é que me fazia acreditar que eu merecia ser tratado assim, e me odeio por isso.
"Coisa interessante essa vida
Conhece-se a pessoa num instante
E no outro ela já nos é muito querida
Fazendo-nos sentir uma alegria constante!"
Mais Justo –
O que estamos fazendo
por nós mesmos?
Que sejamos mais justos
com os nossos atos
e sentimentos.
E ser justo, talvez signifique,
muitas vezes, desistir de algumas
coisas e pessoas que
desistiram da
gente:
Um emprego que se tornou maçante;
um belo par de sapatos apertado;
um grande sentimento inútil que
agora só maltrata, só distrói,
só machuca.
E quem sabe esteja aí o começo
para um recomeço mais justo
com nós mesmos, com
o outro — com a vida.
O Vírus –
Que coisa:
Já estamos, outra vez, na defensiva!
De novo, cancelam–se os
encontros — as conversas de perto,
o toque dos dedos e mãos
e pele.
Cancelam–se as ruas, as casas
e calçadas alheias.
Estamos, agora, outra vez, sozinhos:
sem visitas, com dúvidas — com medo.
O quão insignificantes, frágeis
e vulneráveis somos,
quando somos dominados
por algo, fisicamente
mínino, ínfimo,
invisível?
De onde vem tanta arrogância,
meu Deus?
Acúmulos -
Talvez seja um dos maiores males
deste século:
Esse sentimento de rejeição
crônica, acumulada e
negada.
Pessoas sentindo-se solitárias
em meio à multidão,
acumulando palavras
não ditas,
desejos não expressados,
choros não chorados.
Pessoas, cada vez mais,
sentindo-se totalmente inúteis,
incapazes,
rejeitadas por tudo, por todos...
pela vida.
Pessoas (normalmente
responsáveis, cuidadosas),
mesmo quando inocentes,
com um estranho sentimento
de culpa.
Ninguém entende nada,
no entanto (dizem), está tudo
normal.
(Não, não está!).
(As relações humanas estão saturando — esgotando-se).
Expectativas criando ansiedade.
Ansiedade criando mais ansiedade, desencadeando pânico — medos, aflições.
Por fim,
uma enorme frustração — angústia.
Um enorme peso — desânimo.
Pessoas, extremamente frustradas,
tendo que submeter-se a trabalhos "pela metade", relacionamentos "pela metade",
vidas "pela metade".
Com isso, sentindo-se ainda
mais reduzidas.
(Sim, isso é muito velho). Mas isso,
como consciência, é destes
tempos — inconscientemente esquisitos.
É um sentimento rejeitado;
Um sonho rejeitado;
Uma vida rejeitada.
Uma geração de "robôs"
que cultuam o desapego, a frieza,
a superficialidade — uma espécie de não amor.
Movida por sentimentos ínfimos, relacionamentos fúteis — facilmente descartáveis — em que alguns (e não são poucos),
hora ou outra, se quebram por, naturalmente, criarem raízes, desabrocharem confiança,
fantasiarem sonhos.
Mas o que está à mostra,
o que vemos:
semblantes felizes, corpos firmes, festas, sorrisos — gente bem vestida, bem amada, bem resolvida — online.
A tela apaga-se e o que
sobra é outra coisa:
Uma realidade fria e sombria,
de gente solitária, ferida, magoada,
que não cabe em Rede Social.
Acúmulos, mais acúmulos,
ainda mais acúmulos
e um estouro.
Tarde demais:
não há mais tempo para
mais nada.