Não adianta nadar contra a correnteza
A minha alma está em guerra, lutando contra a correnteza das incertezas. Meu coração insiste em não desistir de você, mesmo quando a esperança parece ser uma lâmina afiada que me corta ao tentar segurá-la.
Ainda assim, meu amor não se rende. Talvez amanhã o vento sussurre novas promessas e o sol ilumine o caminho que nos leva um ao outro. Sei que é difícil, e que a dor às vezes rouba o fôlego, mas o que sinto por você é forte demais para se apagar nas sombras de uma noite difícil.
Até lá, vou continuar sonhando. Quem sabe, em um amanhecer próximo, seus olhos encontrarão os meus e, enfim, a tempestade dará lugar à calmaria que tanto desejo ao seu lado.
Persisto remando contra a correnteza, na contramão, meu ombro esbarra nos demais, colhendo olhares austeros de reprovação. Sigo por essa trilha solitária, tropeçando em passos incertos.
Com o poeta da rebelião
remando contra toda
a correnteza confusa
da sociedade em rede:
Saudando a memória
da paternidade,
Recordando os sonhos
do Comandante Eterno
Poeticamente varrendo
o pó do céu da noite
que causa tormento,
Pedindo para libertar
o General que está
preso inocente,
e todo mundo sabe...
Sobram muitos versos
para outros militares
em lamentável igual,
e aos tupamaros eternos:
Que um não merece
estar preso e outro segue
desaparecido até hoje...
Com o mundo multipolar
invadindo estes versos
latino-americanos
da minha previsível vida:
Tudo me faz todo dia
a memória resgatar,
E imaginar o quê
Comandante Eterno diria:
Se um tal rei fosse
um nobre de verdade
convidaria o rapper
para um duelo de rimas
ou calado permaneceria.