Mulher Desconfiada
Não acredito facilmente em qualquer palavra. Sou desconfiada. Confio em quem eu sei que posso confiar. O resto eu só finjo acreditar.
como doeu tanto quando te vi...
você vinha em minha direção toda desconfiada, ainda com raiva com um sorriso tão discreto...
o máximo que consegui fazer foi olhar pro lado é abaixar minha cabeça pra que você não vesse a tristeza transbordando em meu olhar.
Por vezes, me irrito, sou grossa, desconfiada e apaixonada. Por vezes, totalmente louca, ciumenta, sensível e confusa. Por vezes, alegre e sonhadora. Pra sempre, eu.
“Sou bicho arredio, desconfiada por natureza. Mas se confio, é de graça, pelo olho no olho, pela fala que afaga, pelos gestos delicados e pelo cheirinho de alma lavada que só gente com flores na alma é que tem.”
Ela: Por que você não estava atendendo o celular ?
Ele: Porque eu não podia.
...
Ela desconfiada: Por que? O que você estava fazendo ? Preciso te falar algo.
Ele: Coisa minha amor. Esquece. Tchau !
No outro dia ...
Ela liga pra ele denovo, e ele não atende o celular. Ela fica um pouco desconfiada, e um pouco preocupada.
Tenta várias vezes, e nada.
Então ela tenta denovo ...
Ela: Amor ?
Ele: Oi ?
Ela: Por que demorou pra atender denovo ?
Ele: Estava ocupado. Só atendi pra dizer que te amo. Você é a mulher da minha vida, a melhor coisa que já me aconteceu.
Ela: Amor, você está me assustando. Você está terminando comigo ?
Ele então sem responder, desliga o telefone ..
Pois iria entrar na sala ...
Ela então desesperada, vai até sua casa, e descobre que ele está no hospital.
Em desespero, chorando muito, preocupada, chega lá, e vê a mãe de seu amado; chorando.
Ela: Onde ele está ?
Mãe: Na sala de operação.
Ela: OOquee ? Como assim ?
O médico então, a chama.
Médico: Ele quer te ver.
Ele: Oi.
Ela feliz em vê-lo: Oii :)
Ele: Eu sei, é complicado. Dificil de entender né ?
Ela: Sim. O que você tem ? É grave ? Você vai ficar bem né ?
Ele: Calma. Eles não me deram 100% de chance.
Ela: Maaass ...
Ele: Você é o amor da minha vida. Minha Princesa. A melhor coisa que me aconteceu.
Ela: O que você teeem ? Fala pra mim amor, que não é grave.
Ele: Eu sinto muito. Mais eu não posso mentir pra você. Eu tenho uma doença grave, e depois desta operação, posso não sobreviver.
Ela: Você vai ficar bem, eu sei. Mais e se não ficar ? Como vou viver sem você ?
Ele: Você não vai viver sem mim. Eu só não vou estar presente aqui. Lembre de mim, das brigas e reconciliações, dos momentos juntos, felizes, de amor. E se possivel, pense positivo.
Chorando, ela diz : Eu te amo !
Ele: Eu também te amo.
Chorando, ele diz: Amor, estou com medo.
Ela: Não fique meu amor.
Ele: Posso te pedir duas coisas ?
Ela: O que você quiser.
Ele: 1º Me dá um beijo ?
(E em seguida ela lhe dá um beijo)
Ele: 2º Segure a minha mão, e não solte;até que a operação termine?
Ela: Sempre.
A operação termina. E ele não sobrevive.
Ela então não aguentou ficar ali, vendo que o seu amado não estava mais ali.
Saiu dali correndo, chorando, sem nem ligar para onde estava indo.
De repente, chegou em um lugar, onde ela e ele, sempre iam juntos, felizes, e se amavam.
Do nada, só ela naquele local, ouve uma voz te dizendo: Sei que a dor é grande, mais não chore. Você não me perdeu. E mesmo aqui, eu ainda continuo te amando, e foi muito bom o que agente viveu.
E ela então respondeu: Hoje choro por você ter ido assim; Mas, mais tarde, sorrirei. Pois eu não tive tempo, e não falei, serei muito feliz. Pois hoje, com você aí, espero um filho seu.
SOFIA DESCONFIADA
Juliano estava apressado. O relógio marcava seis e trinta da manhã e ele já estava desperto há tempos. Qualquer erro poderia pôr tudo a perder e ele sabia muito bem disso. Sua namorada, Sofia, não poderia desconfiar de nada. Mas como ela era desconfiada!...
Aproveitando a folga no trabalho, Juliano decidiu ser aquele um momento de transição. Estava disposto a mudar de vida. Bem arrumado, rumou direto à floricultura mais próxima. Comprou um buquê pomposo, de grandes rosas vermelhas, e seguiu em direção a um famoso restaurante da cidade. Estava acompanhado de uma mulher muito bonita e elegante.
Desconfiada que era, Sofia resolveu ligar para o namorado. Por que sair tão cedo em um dia de folga? Por que tão bem vestido? “Isso não está me cheirando bem”, pensava. De fato não estava, foi o que deduziu após a sétima chamada não atendida pelo amado. Saiu de casa apressada, em direção ao endereço escrito no cartão que achou em cima do criado mudo. Era a dica que ela precisava.
Juliano e a misteriosa mulher almoçavam animadamente. Conversavam gesticulando muito e demonstravam ter grande afinidade. O grande buquê na cadeira ajudava a compor a cena de um casal apaixonado. Sentados à mesa do lado de fora do restaurante, só deixavam de se falar quando ele atendia ao telefone ou ligava para alguém. “O desgraçado só não atende a mim!”, foi o que deduziu sem pestanejar. Fazia sentido.
Sofia era desconfiada, ciumenta, mas não era de dar show. Aguardou pacientemente – ou quase, haja vista as unhas roídas – e foi conversar com o garçom assim que o “casal” saiu. “Para onde foram eu não sei, mas eles comentavam a todo tempo a respeito de joias, aneis”, disse o homem. Sofia notava que a situação era muito mais séria do que parecia. Ficou preocupada, teve medo até de saber a verdade. Mas prosseguiu. Ainda havia tempo de seguir o carro que acabara de sair do estacionamento.
Chegando a uma importante joalheria da cidade, ela se assustou. “Ele está comprando jóias para aquela ali?”. Permaneceu no carro, atônita, esperando pelo pior. Quando os “pombinhos” saíram da joalheria com uma sacola elegante, risonhos e com um olhar apaixonado, Sofia indignou-se. Atravessou cega de raiva à rua, puxou a rival pelos cabelos com a maior força possível e a derrubou ao chão, pisoteando-a incessantemente com seu salto 15.
Mentira, ela não fez nada. Mas pensou. E continuou seguindo-os com uma curiosidade masoquista de dar dó.
O próximo destino foi o Shopping Center. “Até onde esse cretino chega?”, imaginava em voz quase alta. Quando pediram sorvete de baunilha, que era seu preferido e ele sabia disso, Sofia chorou. Estava tudo acabado e não havia mais o que ser feito. Tinha certeza que havia sido substituída. Estava pronta para ir embora, mas não sem antes dar uma última checada. Tinha muito o que falar e não hesitaria em fazê-lo. Entrou no cinema escuro olhando para baixo, tentando não ser vista. Relutava, pensando qual seria o melhor momento de dizer “umas boas verdades” ao seu ex-amor. Só não sabia que era Juliano que tinha muito a dizer. Bastou o filme começar para ela descobrir isso.
O susto de Sofia foi imediato ao se ver na tela. Montagens caseiras de momentos marcantes de sua vida com Juliano começaram a ser mostrados. Aniversários de namoro, festas de Ano Novo e até o dia em que eles se vestiram de “Lampião” e “Maria-Bonita” foram lembrados. Ao fundo, uma música que ela adorava.
A perplexidade de nossa heroína era tão grande que ela não conseguia entender o que estava acontecendo. Os pensamentos se misturavam às emoções e o que era real passava a ser figurado, talvez com um “vice-versa”. Se acham isso confuso, imagine para Sofia! Após alguns minutos de imagens, as luzes do cinema se acenderam e ela passou a olhar para as pessoas. Eram todas conhecidas e tinham um sorriso curioso. Foi quando Sofia começou a perceber o que estava acontecendo.
O famoso restaurante foi o local do primeiro encontro. O cartão no criado-mudo, a deixa para que ele pudesse ser seguido – sim, claro que ele sabia que o seria, visto que é notória a “personalidade desconfiada” dela. As rosas vermelhas, o primeiro presente. O pedido que se seguiria explica a joalheria. Quanto ao garçom, bastaram alguns trocados para que ele entrasse na jogada. O sorvete de baunilha dispensa comentários o cinema foi possível graças ao Agenor, dono da sala e grande amigo de Juliano.
“Mas e as tantas ligações que você fez?”, perguntou. “E você acha que é fácil convidar todos os nossos amigos e parentes para uma sessão surpresa de cinema?”, foi a resposta dele. Nada mais óbvio. Saber quem era a bela misteriosa era a questão final. Antes que ela pudesse perguntar, ele a apresentou. Era Beatriz, Gerente Executiva de uma empresa especializada em casamentos e grande responsável pela “Operação Casa-Comigo”, como ele apelidou.
Casaram-se no mesmo mês, com Bia sendo uma das madrinhas. Sofia mudou sua forma de pensar e agir. Deixou de ser desconfiada? “Nunca! Aliás, por que a pergunta?”, foi o que ouvi dela com ar sério, rígido, enfim, desconfiado.
Quem foi que disse que casamento faz milagres?
Sou desconfiada com essa gente que abraça pela metade.
Se uma pessoa não é capaz de se entregar a um abraço,
que dirá a um relacionamento.
Ouvi qualquer voz dizendo: “não sangre tanto”.
e outra, engasgada, que desconfiada de mim
tapava a minha boca com a exausta lama das lamentações.
Ouvir – estou vendo a alta cúpula do Desejo
que minha mão não toca por cansaço.
Deixo-me porque pisar determinada é artifício,
um soluço na câmara lacrada -
toco o vidro e ele se ergue imutável.
Contenho bem pouco em mim
e em redor só vejo o que exalo
um semblante circular em espiral
de uma voz
- só para mim -
sempre incógnita.
A loucura de Sofia.
Sofia era docê, humilde, amiga. Às vezes desconfiada à sua vivência , às vezes, desagradável por ser verdadeira, ás vezes, não compreendida por ser profunda. Desde pequena Sofia costumava ler o mundo! Observava tudo cuidadosamente! Sabia da necessidade da dúvida! Sabia da nessecidade do amor fraternal! Sabia da beleza da vida! Sabia da ignorância e da maldade humana! Mas entediava-se com a vaidade do homem! Porém, ainda acreditava na ascensão da compreensão, da reciprocidade, do respeito, do contraditório e do pensamento elevado! Para ela, esperança era o verbo amar! Não o verbo esperar.
Sofia era incrível, sabia ouvir mais do que falar! Seu olhar era mais que trezentos e sessenta graus. Sua percepção: muito apurada! Desconfiava da verdade absoluta. Apesar de está sempre buscando a sabedoria, a garota não desprezava o conhecimento, sua primeira leitura na vida foi sobre a própria vida e a ligação umbilical desta com seus semelhantes, com a terra, com a natureza, o universo e com o Criador de tudo que exite.
Sofia não media esforços para saber da sua importância no mundo e sobre até onde ela seria capaz de chegar. Idem, gostava de ler as pessoas. Ela também acreditava que por onde passeava seu coração, a razão também deveria está por perto. Temia as ciladas da vida, apesar de saber que o medo, as dores, as angústias, as tempestades e as quedas cooperam à maturidade, e, quando bem trabalhadas, colaboram nos processos cognitivos dos indivíduos, preparando e fortalencendo estes, às vindouras batalhas pela sobrevivência. Ninguém era tão capaz de superar as adversidades quanto Sofia! A menina era linda, espírito nobre!
À loucura de seu pensamento, imaginação e diversidade nos seus discursos, Sofia afirmava categoricamente, com sinceridade, singeleza e criatividade nas narrativas, sob a luz que nos ilumina, que a vida se resumia numa gota de água e oxigênio, e que ela, assim como seu Criador, estava presente em tudo, desde o nascimento do mundo ao último suspiro da vida.
Eu sou uma pessoa desconfiada, insegura e extremamente sensível à confiança.
Quebrar a confiança pra mim é me tirar o chão, me quebrar toda por dentro. É me tirar as notas que compõem as músicas que brotam no meu coração quando estou feliz.
Quebrar a confiança, pra mim, é morrer por dentro. É perder a capacidade de continuar sonhando.
então eu olho desconfiada
para tudo a minha volta
não sei mais o que pensar
e nem como agir
e o que devo falar
será que devo escutar
o que os outros tem pra falar
então tento me esconder
me poupar
me afastar de todo mal
e sair somente na hora
que tiver tudo bem
que tiver tudo em paz
tudo mais calmo
tranquilo e sereno
então começo a achar
que não sairei mais
do meu esconderijo
ele ficou tão secreto
que por decreto
será meu refúgio eterno
ou enquanto a guerra
dos homens continuar!!!
Posso ser desconfiada ao extremo, mas quando dou o primeiro passo para confiar percebo que a minha desconfiança era a mais certa e não a errada.