Mulher Desconfiada
O único lugar em que eu admito que um homem
acerte uns bons tapas numa mulher
é na cama,
e se ela gostar,
e se ela quiser...
Há coisas que um homem deve dizer a uma mulher
apenas para que aquelas palavras
ecoem na mente dela o tempo todo,
deixando-a feliz e radiante o dia inteiro...
A mulher passa horas fazendo a maquiagem
e depois vai para a festa, toda radiante ao lado de seu marido,
que caminha com um ar sereno ao lado dela.
Ao voltarem pra casa, ela vai ao banheiro retirar a maquiagem
e depois surge de rosto limpo na frente de seu marido,
que olha pra ela com um sorriso de orelha a orelha e diz:
- Nossa, amor, como você está linda!!...
Sente porque não me faz sentir, não enxerga porque não quer. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu. E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado. Seja feliz.
Se uma mulher conseguir manter o dom de ser velha
quando jovem e jovem quando velha , ela sempre
saber o que vem depois.
Crônica: O jogo da velha - Trem Bala
Somos a confiança desconfiada,
a falsa verdade.
Uma certeza duvidosa,
a bondade mais perversa.
A metáfora me diz:
"Oh! No passado, a vertebral de um presente invertebrado."
Lembrança indesejada, no presente é a ausência;
Nós nunca vamos esquecer.
O ânimo desanimado,
o movimento mais imóvel;
A felicidade mais infeliz,
a mais pura contradição.
Nós nunca iremos esquecer...
nós não conseguimos esquecer!
Mesmo com todo esse meu jeito desconfiada de ser, as vezes eu acho que valorizo demais algumas pessoas, me entrego demais, sou verdadeira demais e no fim nada é reciproco, nada é do tamanho do valor que dou, nada é tão real como eu desejo que seja.
Posso ser desconfiada ao extremo, mas quando dou o primeiro passo para confiar percebo que a minha desconfiança era a mais certa e não a errada.
então eu olho desconfiada
para tudo a minha volta
não sei mais o que pensar
e nem como agir
e o que devo falar
será que devo escutar
o que os outros tem pra falar
então tento me esconder
me poupar
me afastar de todo mal
e sair somente na hora
que tiver tudo bem
que tiver tudo em paz
tudo mais calmo
tranquilo e sereno
então começo a achar
que não sairei mais
do meu esconderijo
ele ficou tão secreto
que por decreto
será meu refúgio eterno
ou enquanto a guerra
dos homens continuar!!!
Ela chegou mais cedo do trabalho e o encontrou na escrivaninha. Desconfiada, perguntou como quem não queria nada:
- Oi amor!!! Escrevendo o quê?
- Mas já sabes!!! O Natal se aproxima. Cartinha para o Papai Noel!
- Amor, puxa tenho ficado quieta todos esses anos. Mas você já tem idade suficiente para eu te contar. Querido, Papai Noel não existe!!!!
- O quê? Lá vens tu com estas teorias de conspiração!!! Mamãe me ensinou. Ela não ia mentir para mim. Nem papai. Nem vovó.
- Meu bem, nunca reparaste que teus pedidos pararam de ser atendidos? Eram teus pais quem comprovam os presentes.
- Como és má. Não tens confiança na humanidade. Achas que nossos governantes iam deixar enganar as crianças inocentes?
- Amor! Olha, vou te dar um argumento. Como pode ter um Papai Noel em cada Shopping Center. Nunca se perguntou isso?
Ele a olhou incrédulo, apertando os olhos de raiva.
- Para com isso!!! Queres me convencer porque razão? Não vais abalar a minha fé. Daqui a pouco vais começar com aquela ladainha do Coelho de Páscoa que não põe ovos de chocolate. Estou de mal e vou falar para Papai Noel não te trazer nada esse ano.
Acho que fiquei arisca demais
Desconfiada demais
Sufocada demais.
As rosas ainda tem perfume, além do espinho.
Jamais confie inteiramente em sua desconfiança. Alguma fé desconfiada - ainda que calculadamente estúpida - é necessária à sobrevivência.
"Eu olho para o futuro desconfiada, dou-lhe um sorriso furtivo e desdenho de suas promessas.
Por ser ele infinito, me cansa olhá-lo, e me apraz dar-lhe as costas e abraçar meu presente.
Esse, está aqui e é tudo que eu tenho, nele administro meus sorrisos, controlo minhas emoções, cuido de minhas raivas com carinho, observo tudo ao meu redor...
O futuro, esse incansável conquistador, recebe às vezes, minha visita, satisfeito e orgulhoso de si.
Só não sabe ele, que essa é minha forma de descobrir suas estratégias..."
Ela: Por que você não estava atendendo o celular ?
Ele: Porque eu não podia.
...
Ela desconfiada: Por que? O que você estava fazendo ? Preciso te falar algo.
Ele: Coisa minha amor. Esquece. Tchau !
No outro dia ...
Ela liga pra ele denovo, e ele não atende o celular. Ela fica um pouco desconfiada, e um pouco preocupada.
Tenta várias vezes, e nada.
Então ela tenta denovo ...
Ela: Amor ?
Ele: Oi ?
Ela: Por que demorou pra atender denovo ?
Ele: Estava ocupado. Só atendi pra dizer que te amo. Você é a mulher da minha vida, a melhor coisa que já me aconteceu.
Ela: Amor, você está me assustando. Você está terminando comigo ?
Ele então sem responder, desliga o telefone ..
Pois iria entrar na sala ...
Ela então desesperada, vai até sua casa, e descobre que ele está no hospital.
Em desespero, chorando muito, preocupada, chega lá, e vê a mãe de seu amado; chorando.
Ela: Onde ele está ?
Mãe: Na sala de operação.
Ela: OOquee ? Como assim ?
O médico então, a chama.
Médico: Ele quer te ver.
Ele: Oi.
Ela feliz em vê-lo: Oii :)
Ele: Eu sei, é complicado. Dificil de entender né ?
Ela: Sim. O que você tem ? É grave ? Você vai ficar bem né ?
Ele: Calma. Eles não me deram 100% de chance.
Ela: Maaass ...
Ele: Você é o amor da minha vida. Minha Princesa. A melhor coisa que me aconteceu.
Ela: O que você teeem ? Fala pra mim amor, que não é grave.
Ele: Eu sinto muito. Mais eu não posso mentir pra você. Eu tenho uma doença grave, e depois desta operação, posso não sobreviver.
Ela: Você vai ficar bem, eu sei. Mais e se não ficar ? Como vou viver sem você ?
Ele: Você não vai viver sem mim. Eu só não vou estar presente aqui. Lembre de mim, das brigas e reconciliações, dos momentos juntos, felizes, de amor. E se possivel, pense positivo.
Chorando, ela diz : Eu te amo !
Ele: Eu também te amo.
Chorando, ele diz: Amor, estou com medo.
Ela: Não fique meu amor.
Ele: Posso te pedir duas coisas ?
Ela: O que você quiser.
Ele: 1º Me dá um beijo ?
(E em seguida ela lhe dá um beijo)
Ele: 2º Segure a minha mão, e não solte;até que a operação termine?
Ela: Sempre.
A operação termina. E ele não sobrevive.
Ela então não aguentou ficar ali, vendo que o seu amado não estava mais ali.
Saiu dali correndo, chorando, sem nem ligar para onde estava indo.
De repente, chegou em um lugar, onde ela e ele, sempre iam juntos, felizes, e se amavam.
Do nada, só ela naquele local, ouve uma voz te dizendo: Sei que a dor é grande, mais não chore. Você não me perdeu. E mesmo aqui, eu ainda continuo te amando, e foi muito bom o que agente viveu.
E ela então respondeu: Hoje choro por você ter ido assim; Mas, mais tarde, sorrirei. Pois eu não tive tempo, e não falei, serei muito feliz. Pois hoje, com você aí, espero um filho seu.
SOFIA DESCONFIADA
Juliano estava apressado. O relógio marcava seis e trinta da manhã e ele já estava desperto há tempos. Qualquer erro poderia pôr tudo a perder e ele sabia muito bem disso. Sua namorada, Sofia, não poderia desconfiar de nada. Mas como ela era desconfiada!...
Aproveitando a folga no trabalho, Juliano decidiu ser aquele um momento de transição. Estava disposto a mudar de vida. Bem arrumado, rumou direto à floricultura mais próxima. Comprou um buquê pomposo, de grandes rosas vermelhas, e seguiu em direção a um famoso restaurante da cidade. Estava acompanhado de uma mulher muito bonita e elegante.
Desconfiada que era, Sofia resolveu ligar para o namorado. Por que sair tão cedo em um dia de folga? Por que tão bem vestido? “Isso não está me cheirando bem”, pensava. De fato não estava, foi o que deduziu após a sétima chamada não atendida pelo amado. Saiu de casa apressada, em direção ao endereço escrito no cartão que achou em cima do criado mudo. Era a dica que ela precisava.
Juliano e a misteriosa mulher almoçavam animadamente. Conversavam gesticulando muito e demonstravam ter grande afinidade. O grande buquê na cadeira ajudava a compor a cena de um casal apaixonado. Sentados à mesa do lado de fora do restaurante, só deixavam de se falar quando ele atendia ao telefone ou ligava para alguém. “O desgraçado só não atende a mim!”, foi o que deduziu sem pestanejar. Fazia sentido.
Sofia era desconfiada, ciumenta, mas não era de dar show. Aguardou pacientemente – ou quase, haja vista as unhas roídas – e foi conversar com o garçom assim que o “casal” saiu. “Para onde foram eu não sei, mas eles comentavam a todo tempo a respeito de joias, aneis”, disse o homem. Sofia notava que a situação era muito mais séria do que parecia. Ficou preocupada, teve medo até de saber a verdade. Mas prosseguiu. Ainda havia tempo de seguir o carro que acabara de sair do estacionamento.
Chegando a uma importante joalheria da cidade, ela se assustou. “Ele está comprando jóias para aquela ali?”. Permaneceu no carro, atônita, esperando pelo pior. Quando os “pombinhos” saíram da joalheria com uma sacola elegante, risonhos e com um olhar apaixonado, Sofia indignou-se. Atravessou cega de raiva à rua, puxou a rival pelos cabelos com a maior força possível e a derrubou ao chão, pisoteando-a incessantemente com seu salto 15.
Mentira, ela não fez nada. Mas pensou. E continuou seguindo-os com uma curiosidade masoquista de dar dó.
O próximo destino foi o Shopping Center. “Até onde esse cretino chega?”, imaginava em voz quase alta. Quando pediram sorvete de baunilha, que era seu preferido e ele sabia disso, Sofia chorou. Estava tudo acabado e não havia mais o que ser feito. Tinha certeza que havia sido substituída. Estava pronta para ir embora, mas não sem antes dar uma última checada. Tinha muito o que falar e não hesitaria em fazê-lo. Entrou no cinema escuro olhando para baixo, tentando não ser vista. Relutava, pensando qual seria o melhor momento de dizer “umas boas verdades” ao seu ex-amor. Só não sabia que era Juliano que tinha muito a dizer. Bastou o filme começar para ela descobrir isso.
O susto de Sofia foi imediato ao se ver na tela. Montagens caseiras de momentos marcantes de sua vida com Juliano começaram a ser mostrados. Aniversários de namoro, festas de Ano Novo e até o dia em que eles se vestiram de “Lampião” e “Maria-Bonita” foram lembrados. Ao fundo, uma música que ela adorava.
A perplexidade de nossa heroína era tão grande que ela não conseguia entender o que estava acontecendo. Os pensamentos se misturavam às emoções e o que era real passava a ser figurado, talvez com um “vice-versa”. Se acham isso confuso, imagine para Sofia! Após alguns minutos de imagens, as luzes do cinema se acenderam e ela passou a olhar para as pessoas. Eram todas conhecidas e tinham um sorriso curioso. Foi quando Sofia começou a perceber o que estava acontecendo.
O famoso restaurante foi o local do primeiro encontro. O cartão no criado-mudo, a deixa para que ele pudesse ser seguido – sim, claro que ele sabia que o seria, visto que é notória a “personalidade desconfiada” dela. As rosas vermelhas, o primeiro presente. O pedido que se seguiria explica a joalheria. Quanto ao garçom, bastaram alguns trocados para que ele entrasse na jogada. O sorvete de baunilha dispensa comentários o cinema foi possível graças ao Agenor, dono da sala e grande amigo de Juliano.
“Mas e as tantas ligações que você fez?”, perguntou. “E você acha que é fácil convidar todos os nossos amigos e parentes para uma sessão surpresa de cinema?”, foi a resposta dele. Nada mais óbvio. Saber quem era a bela misteriosa era a questão final. Antes que ela pudesse perguntar, ele a apresentou. Era Beatriz, Gerente Executiva de uma empresa especializada em casamentos e grande responsável pela “Operação Casa-Comigo”, como ele apelidou.
Casaram-se no mesmo mês, com Bia sendo uma das madrinhas. Sofia mudou sua forma de pensar e agir. Deixou de ser desconfiada? “Nunca! Aliás, por que a pergunta?”, foi o que ouvi dela com ar sério, rígido, enfim, desconfiado.
Quem foi que disse que casamento faz milagres?