Mudar de Cidade
Andar por uma cidade é como descrever caminhos pela vida, você terá que parar nos sinais para os 'carros' passarem, pois cada um tem sua vez de seguir em frente, e outras pessoas estarão esperando juntamente de você, porém, alguns se 'arriscam' e conseguem burlar sua vez, assim como outros acabam infelizmente perdendo a vez sendo 'ultrapassados' por outros, às vezes cansamos de esperar por um 'sinal' e ficamos entediados e ansiosos, muitas vezes até optamos por outros caminhos, mas uma hora abre para todos que o esperam, e assim fecha para outros que já o enxergavam aberto.
São Paulo é só paz e amor. 200 mil jovens em vários protestos pela cidade. Motorista se emociona ao ver jovens de mãos dadas tomando as ruas. Numa marginal que estamos tão acostumados a ver tomada por carros.
Clareia o sol sobre a cidade de Porto Alegre, e com ele dentes-de-leão soprados ao desejo do vento. Vem; chega de mansinho, estaciona nos meus ombros camuflada em mais leve algodão, para que eu possa te deixar voltar, dona esperança.
Pra viver mais ou menos bem numa grande cidade, precisa inicialmente de três coisas: gravatas, documentos e neuroses.
Tem poesia na moça da cidade e na moça da favela
Num clássico de Beethoven e num samba da Portela
No sangue que corre pelas veias dos valentes generais
E no sangue que escorre das tão cheias notícias de jornais
Tem poesia em uma criança que nasce e em seu comemorativo porre
Em uma pessoa que esvai-se e lentamente morre
No operário que luta pelo seu pão
No pobre salafrário que acaba na prisão
Nas águas que inundam o sul e se esquecem do sertão
Nos batuques, nas cachaças que rolam pelos botequins
Nos preconceitos sem graça dos cabelos pixains
É poeta quem aprecia e solta
Não fica mudo
Quem vê a poesia
Em todos e em tudo
A cidade só se torna maravilhosa com sua presença aqui.
Se o olhar é o que somos,
eu sou você,
e te vejo em todos os lugares
Ora quando se trata da histora de boby. Parece que ele nascera em algures duma cidade-capital,abandonado aos poucos anos, senao mesmo 6 anos pela, na altura mae, porque naquele momento preferiu deixar-lhe na rua. Quando me encontrei pessoalmente com ele disse me os motivos que lhe fizera abandonar lhe tornam fraco, por isso, o que lhe sobrava era a vontade de tirar todas as criancas abandonadas da rua, como unico enensinamento que aprendeu com as dificuldades nas ruinas entre avenidas da cidade
Outro dia singrando as beiradas da cidade
em busca de pequenas ilhas de prazer.
Não ouço mais as sereias negras de outrora.
Chamada a cobrar apos o sinal
diga seu nome e a cidade d onde esta falando...
Oi vou falar rapidinho
So liguei pra te contar um segredo
dizer q vc é muito especial pra mim
e q mora no meu coração
A ligação é a cobrar mais vai sair d graça
afinal amor não tem preço o segredo é q eu adoro...
tu tu tu tu tu
iii a ligação caiu
Meninas, acham que o principe encantado é o cara mais belo da cidade/bairro, aquele pode lhe oferecer uma casa luxuosa, carrão e riquezas.
Mulheres, sabem que o principe é aquele que lhe da amor, carinho, respeito, atenção, que esta do seu lado em todos os momentos, que ajuda, protege, que da força, que faz qualquer coisa para arrancar-lhe um sorriso bobo na hora em que ela mais precisa sorrir, é aquele que permanece independente das dificuldades.
Um dia, essas meninas, quem sabe, venham a se tornar mulheres.
Já essas mulheres, com certeza, se tornarão rainhas.
E foi ali, na faixada daquele lindo prédio, mas conhecido como um símbolo proeminente desta cidade, por seu estilo único de cúpula. Que aconteceu o primeiro contato físico verdadeiro entre os dois. Deu o sinal e ela aceitou como se estivesse entregando-se não só a um verdadeiro amante, e sim a um amor de uma vida inteira.
A noite estava exuberantemente negra e repleta de mistérios...
O vento cantarolava leves brisas ao favor deles...
Ela,
Linda. Com seus cabelos longos e negros como aquela noite. Uma dama de vermelho.
Ele,
Um homem culto. Reservado. Talvez exausto de um duro dia no trabalho, mas,
havia um olhar nele que a assustara. Um olhar caçador, como o de um gavião.
Sentiu-se como uma presa e ao ouvir as badaladas do sino da catedral o lembrou de seus compromissos, o que a salvara naquele momento.
Caminharam então de mãos dadas como se já se conhecessem a muito tempo,
despediram-se e seguiram cada qual seus caminhos.
Você é Passado!
Andas a dizer pela cidade
que você já me esqueceu
Seria melhor tu dizer que
nunca nem me conheceu.
Estar nas suas lembranças
e palavras não me apetece
Que fale só quem me ama,
Que lembre quem merece!
Marta Gouvêa
Outro dia singrando as beiradas da cidade em busca de pequenas ilhas de prazer: Não ouço mais sereias negras de outrora.
A mulher mais linda da cidade
Minha mãe não entende o porquê eu não mudo mesmo depois dela ter me dado tantas broncas, mesmo depois de ter crescido, mesmo depois de passar a bancar o garoto maduro. Não entende que, mesmo depois dos vinte, eu nunca vou conseguir tomar sorvete ou comer macarrão sem me lambuzar feito uma criança de quatro anos, e ela vai sempre como uma boba ter que tirar às pressas a mancha da camisa branca, porque eu sempre digo que aquela é a minha preferida. Não entende que eu nunca vou me acostumar em acordar cedo, que eu vou sempre estar atrasado, correndo, atropelando os horários das refeições. E vai passar a vida reclamando que eu como coxinha de padaria, e que logo pegarei uma fraqueza e vou parar num hospital. Acho que ela não vai entender que eu nunca vou aprender a colocar água na forminha de gelo sem derramar, nem conseguir soltar uma gargalhada um pouco mais baixa, seguindo os bons modos que ela sempre me ensinou. Ela vai continuar reclamando que eu meto a mão na panela, que eu abro o forno antes do bolo ficar pronto. Não entende que eu nunca vou conseguir deixar de bater o dedinho do pé na quina, muito menos parar de ralar meus joelhos. Que volta e meia vou aparecer com um corte, mas não vou conseguir explicar como foi. E ela vai sempre como uma boba, com a testa vincada, preocupada ao ver o ferimento. Ela nunca vai entender que, ainda que eu tenha crescido, eu nunca vou aprender a descascar laranja, como também nunca vou aprender a fazer um bom suco, arrumar as malas para uma viagem sem colocar todo o meu guarda roupa lá dentro. Nunca vou trocar as meias por vontade própria, nem parar de colocar besteira na lista de compras. Minha mãe nunca vai entender meu armário desarrumado, minha gritaria no chuveiro, minhas cenas no celular. Nem as batidas de porta pra chamar atenção. Não adianta, ela sempre vai achar que é imaturidade, que essas atitudes são coisas de filho que não cresceu, e ainda vai pedir a Deus que um dia eu aprenda. Minha mãe não sabe, mas eu tenho um medo absurdo de um dia deixar de ser filho.
Na rede.
Entre o coqueiro e o pé de mangaba:
a cidade aos meus pés.
O vento sopra como um sussurro de amor.
Sonoro,
cálido.
Olha só, gente, que bonitinho! Depois que ele roda e fica com a cidade inteira, ele volta, faz a linha apaixonado, e diz que não me esqueceu.
A semana de oito dias
Num estranho vilarejo ao sul de uma grande cidade brasileira a população era totalmente analfabeta, erravam até a impressão digital, e logicamente o prefeito da cidade tirava vantagem de todos. Ah, o nome do vilarejo era Toscascaras, o do prefeito Epaminondas. Um belo dia o canastrão teve a diabólica idéia de criar uma semana com “oito” dias para se aproveitar da mão de obra dos pobres coitados toscascarianos. Ele imaginou que um dia a mais de trabalho na semana, ao longo de um ano, lhe renderia um lucro muito satisfatório e com o passar dos anos, se ninguém percebesse, poderia até aumentar a semana para nove ou até dez dias. Claro, esqueci de dizer que a pequena cidade subsistia somente com a agricultura. Dessa forma o prefeito assumia um papel de xamã-climatólogo-agrônomo e era o único capaz de coordenar as diretrizes do programa de enriquecimento de hortaliças, leguminosas e afins e, agora pasmem, o único que sabia a resposta para a clássica pergunta: Que dia é hoje?
Quando Epaminondas era jovem surpreendentemente pediu aos pais para embarcar na misteriosa máquina que passava pelos arredores do vilarejo (ônibus escolar) e foi assim que ele chegou à capital e descobriu, por mérito próprio - já que era extremamente curioso, o que era uma escola. O futuro prefeito acabou ficando viciado naquela aventura toda de viajar assistindo as curvas, o horizonte, as árvores e as casas aproximarem-se e sumirem rapidamente como por mágica, e decidiu que embarcaria todos os dias naquela máquina, e foi assim que consegui a proeza inédita de ser o primeiro toscascariano a ser alfabetizado e ainda por cima galgou o diploma do primário completo. Dali para frente percebeu que o mundo se dobraria ante sua esperteza. O posto de prefeito foi uma idéia que surgiu naturalmente e como ninguém se opôs, voilá: auto-intitulou-se a si mesmo sozinho “Supremo comandante da comarca de toscascaras do distrito de sei lá onde”, isso feito, reorganizou a agricultura familiar de subsistência em uma grande cooperativa a “Cia Toscascaras de Alimentos com Agrotóxicos e outras Drogas mais, mas fica frio, Ltda”. E tratou de administrá-la com mão de ferro tornando-se logo de cara acionista majoritário com noventa e nove por cento das ações.
A diabólica idéia dos oito dias na semana veio logo em seguidinha a fundação da companhia de alimentos... No começo eles nem perceberam já que sempre trabalharam todos os dias. Porém com o passar dos meses alguém quase descobriu, mas era alarme falso.
A semana de Epaminondas era assim elaborada: Segunda, Terça, Quarta, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado, Domingo. Como o dia ficava ali camuflado bem no meio da semana ninguém percebia.
Passados alguns anos Epaminondas começou a perceber que sua artimanha não estava funcionando muito bem, já que os lucros anuais não variavam nunca.
– Será que minha semana de oito dias não está funcionando? - pensava ele.
E assim num arroubo repentino de desespero Epaminondas rasga a maior invenção de sua vida o desconcertante calendário semanal de oito dias.