Moral
Que caiam as espadas e os escudos de nossas mãos. Mas o nosso semblante jamais cairá, pois é a moral de um guerreiro implacável que nos sustenta e nos mantem de pé.
A absoluta falta de noção dos significados e efeitos da virtudes morais e éticas, só não é pior do que a constatação de que elas faliram!
"Para ser um grande santo é preciso ser um grande cristão, e para ser isto é preciso ser grande homem". O fio condutor para estas grandezas em ordem pragmática é conduta moral ilibada.
Todos os atos que cometemos quando crianças, que não são penalizados ou advertidos de acordo com a justiça, reverberam para sempre na fase adulta em meio a sociedade.
Triste é o país que confunde privilégio com mérito, pobreza com incapacidade, voluntarismo com Justiça; que enaltece a riqueza obtida por meios nem sempre dignos e desdenha daquele que, por ter-se mantido honesto, não acumulou bens materiais. Pobre é o país que vê uma espécie de fraqueza moral na compaixão; que encara os direitos humanos, a educação e a ciência como males a serem combatidos, e que enxerga na crueldade, na arrogância e no desprezo ao semelhante uma expressão de autenticidade, coragem e franqueza. Passei a vida ouvindo uma antiga lenda de que o Brasil era um país rico. Hoje, constato que o Brasil é rico sim, e talvez o mais rico país do mundo, mas em falsos valores e, principalmente, em pobreza de espírito.
Odebrecht.
O que restará de mim e de minha existência?
Não crendo mais em meu próprio ser.
Pela sagacidade dos dias.
Dos vossos lírios prateados.
Em vossos templos consagrados.
Velados, a sombra de honrarias?
Ah, céus!
Que espécie de engenhoca mecânica sou eu?
Boneca de carne e dentes!?
Não crendo mais em minha própria humanidade.
E no vigor da minha gente?
Carne educando carne.
Civilizando carne.
Que saboreia da própria carne?
Carne vossa de cada dia, exposta no mercado dos desejos...
O que restará de mim e de minha consistência?
Da carne da minha carne.
Da vossa carne!
De toda vida selvagem influenciada pelo ‘id’ da violência!?
Das mortas almas soterradas pelo fundo, de um fundo.
Pela projeção fantasma do mundo.
Que só valoriza a casca da divergência?
O que restará de mim e de toda existência...
Na lista dos mais “ajuizados” ditadores da história?
Em nome da ética.
Do moral.
Da soberania.
Na lista dos melhores condutores de bons exemplos.
Entre todas as lutas, derrotas, vitórias.
Eis aqui, a estrutura de vossas almas, em nome do orgulho nacional.
Sem nunca sequer permitir-se ser um ser em sua totalidade.
Se não, um meio ser esquartejado pelo antigo gancho das velhas fábricas da vulgaridade.
Eis aqui, humanidade!
A carcaça e sua essência:
Um fígado, um pulmão, um coração...
Enfim, o todo - inconsciência.
Arranca-os e toma os para ti!
Em nome dos direitos humanos e de todos os ideais de liberdade.
Ó, humanidade!
Para o homem é mais conveniente matar a consciência a obedecê-la, eliminar o que não lhe agrada a dar-lhe a atenção devida.
VOCÊ FAZ SUAS ESCOLHAS
Certa vez uma menina implorava à mãe, para ir brincar no parque. Sua mãe dizia que não. Mas, de tanto a filha insistir, ela disse: Você só irá se você molhar a roseira que está quase seca e eu não posso ir molhar agora.
Sem pestanejar a garotinha respondeu que SIM. Que molhava. E assim, a mãe consentiu com sua saída.
Ansiosa pela brincadeira, a garotinha saiu correndo e foi para o parque, com o pensamento de molhar a roseira quando voltasse da "folia".
O dia estava quente e a roseira, com a intensidade da temperatura alta, foi secando até que a única rosa que tinha, definitivamente morreu.
No final da tarde, já anoitecendo, a garotinha voltou, entrou em casa feliz por ter se divertido, falou com todos, jantou, tomou banho e dormiu bem tranquila.
Na manhã do dia seguinte, quando a mãe foi ao jardim e percebeu que a roseira não havia sido regada, que estava seca e completamente morta.
Do jardim, gritou pela filha. Assustada, a garotinha lembrou que não tinha molhado a roseira que sua mãe tanto adorava. Saltou da cama desesperada para tentar fazer o que havia prometido à sua mãe no dia anterior.
Porém, ao chegar de pijamas no jardim, encontrar sua mãe e ver a roseira seca, implorou mentalmente para que ela pudesse viver novamente. Mas, isso já não era possível.
Chateada, a mãe disse: Está de castigo! Vá para o seu quarto e fique lá até que eu ordene. Você permitiu que roseira que eu mais adorava morresse. Pensou apenas em você, nas suas vontades e brincadeiras. Não levou em consideração tudo que faço por você. Entre! Ordenou.
Virando-se para adentrar na casa, triste e chorando, ela foi para o seu quarto e por lá ficou. Sua mãe, magoada, levou dias para poder perdoá-la. Pois, o que para muitos poderia ser apenas uma rosa. Para ela havia um valor sentimental.
Moral da história: Na vida você sempre faz escolhas. Em algumas, tudo correrá bem e ninguém será magoado. Noutras, você se sairá bem e magoará alguém. Já em outras, é você que sairá magoado.
Lembre-se: Você faz as suas escolhas e, sempre, será responsável por elas.
Que você faça boas escolhas.
Ela não sabia que no perdão mina a liberdade roubada dos outros. Piedosa, deixava sempre um punhado das suas rejeitadas culpas.
E seguia sem perdoar-se, minando culpas, em busca de novos guardiães.
Ensaio Profano sobre a dominação:
Os donos do mundo também são dono das pessoas. Essa é a pretensão sórdida dos destruidores de pessoas
Alguns chegaram ao último posto almejado, mandam em tudo mesmo, tudo embalado a muitos chutes e pontapés.
Outros, sem sucesso, com pernas curtas para alcançar o poder buscam como consolo alguém pra chamar de seu. Um só que seja!
Egocêntricos, disciplinados, ditadores compulsivos, extremamente possessivos e inteligentes somente o inferno é o seu limite. No início, inferno dos outros.
Alguns lobos assumidos e outros, em pele de cordeiro, usam o vitimismo como uma das armas para manter sobre si todas as atenções. Muito astutos, conseguem sempre sentar-se no lugar das vítimas e emocionam a platéia.
Até as normas podem ser escudos perfeitos para os seus planos.
Assediadores, buscam as suas presas nos perfis mais vulneráveis, alguns conseguem se livrar, outros agonizam na sua opressão.
Mas, felizmente, a consciência é um dispositivo voraz de alerta ao ser humano que age com imparcialidade e pode abater essas pessoas em seus momentos de profunda solidão, mesmo que estejam rodeados de multidões de discípulos.
Nem o dinheiro consegue livrá-los dessa imperiosa força que oscorrói dia após dia, vão chegando a momentos de insana autodestruição interior, atormentados pelas lembranças e profunda crise de identidade.
E por fim, já não são donos de mais nada, nem de prazer para usufruir das poucas moedas que lhe restaram...
Alguns lobos assumidos e outros, em pele de cordeiro, usam o vitimismo como uma das armas para manter sobre si todas as atenções. Muito astutos, conseguem sempre sentar-se no lugar das vítimas e emocionam a platéia.
Nada é mais imoral que o moralismo pois ele tenta subtrair o indivíduo de seu próprio ser. Fazendo que ele se ajuste a um ideal metafísico que se justifica pelo mero apelo a tradição e manutenção de costumes, muitas vezes os tratando como sagrados, perpetuando em sua prole preconceitos anti progressistas. Preconceitos esses que se convertem em instrumento para a própria escravidão do indivíduo moralizado.
Pergunta o moralista se na luta de classes contra o capitalismo, são permissíveis todos os meios: a mentira, a falsificação, a traição, o assassínio? Respondemos: são admissíveis o obrigatórios apenas os meios que aumentam a coesão do proletariado, inflamam sua consciência com um ÓDIO INEXTINGUÍVEL para com toda forma de opressão, ensinam-lhe a desprezar a moral oficial e seus arautos democráticos, dão-lhe pela consciência de sua missão histórica e aumentam sua coragem e sua abnegação.
O homem que possui a cólera e outros defeitos morais graves só continua assim se quiser, afinal quem quer se corrigir sempre pode fazê-lo se tiver vontade forte e fé religiosa, se não fosse verdade a lei divina do progresso nem existiria para os homens.