Moradores de Rua
Atualidade
Quanto mais vazia e calma
Mais ainda é perigosa a rua
(Isola). A bola na rua
Simplesmente a bola
E o asfalto,
Não há quem queira mostrar talento,
Não há quem queira jogar uma pelada,
Não há quem queira fazer pontinho,
Não há quem queira...
Casas com grade
(Já não basta ter medo da marginalidade,
Tem que ter medo de doença
Invisível), a rua nua e doentia,
A rua nua prostituída
Por quem se aproveita
Da situação alheia
Para lucrar (sistema podre -
Capitalista).
No mundo de crença,
Onde muitos colocam
Deus acima de tudo
E carrega por dentro
A falta de amor.
Há ser que mata mais
Que droga,
Quantas pessoas são assassinadas
Por ano?
Calamidade pública,
Pobre nem sempre tem vez.
Humano nem sempre é humano
(Desigualdade social
É desumano).
A sociedade feito a rua
A cada dia, nua, vazia, calma,
Doentia...
Rua toda torta, de velhas casas e muros,
janelas quebradas, musgo nos jardins,
quantas memórias em suas fachadas,
muitas das quais, tatuadas em mim
Minh''alma vaga de porta em porta,
meio perdida na companhia do vento,
sem bagagem, olhos e ouvidos abertos,
percebendo murmúrios antigos do tempo
Devo ter sido dessa rua, reconheço,
cada passo, cada sonho e realidades,
esperanças, lutas, desassossegos,
onde plantei sementes que se chamam saudade
Em 15/ 03/ 2.009
"Nossa responsabilidade com o Planeta não começa da porta da rua para fora, mas da porta da rua para dentro.
É em casa que se ensina e se aprende cuidado, respeito e gratidão com mundo em que vivemos."
Lori Damm
Os livros são portas que levam você para a rua. Com eles, você aprende, se educa, viaja, sonha, imagina, vive outras vidas e multiplica a sua por mil.
Nas ruas anda perdido
E não tem onde dormir;
Muitos chamam-lhe bandido,
Outros tentam-lhe fugir...
in VERSOS - Trovas e Sonetos
Não pise a rua da amargura
por amor não correspondido
nem caia nessa neura
busque na vida outro sentido
O Natal bate à porta!
Abra-a, deixe que entre a alegria nestemágico momento, como se o mundo fosse perfeito e apenas cores lindas o enfeitasse sem nenhuma sombra ou mazelas. Que a paz fosse plena entre todos os povos em geral e a cada pessoa em particular dentro de seu próprio mundo.
Natal!
Data especial da fé cristã comemorando o nascimento de Jesus, porém deveria ser lembradotodos os dias em nosso interior. A verdade é que muitas pessoas lembram-se apenas do consumismo, comes e bebes até emdesperdício. Nos quatro cantos do planeta hámilhõesmal tem o que comer. Quando esta data é comemoradaapenas baseada nos bens materiaisseu verdadeiro sentido é esquecido e então o Natal torna-se triste.
Como ficar completamente feliz se ao nosso lado, sabemos que pode haver uma criança que sofre maus tratos, idosos doentes e abandonados, moradores de rua que se entregaramà bebida e depressão caindo pelas calçadas, famílias destruídas por drogas, guerras e a fome também sucumbindo pessoas? Nada é perfeito, nunca será enquanto em cada ser humano não houver a verdadeira união entre todos e o amor fraternal imperando.
Mesmo assim meus votos são de um Feliz Natal a todos eque este traga a conscientização a quem precise mudar um pouco o modo de ser, olhando de maneiramais cristã o seu semelhante.
Esqueci como é ser criança,
Problemas...Pesos...Responsabilidades.
Aprendi a encarar essa realidade.
É difícil ser o que me tornei,
Não o "eu" oculto,
Mas o "eu" adulto.
Esquecemos dos sorrisos que dávamos,
O nosso ego nos cegou.
Se quer notamos quem estar ao nosso lado.
Perdemos a inocência,
Movido por desejos carnais e matérias, apenas...
Aos poucos vamos caindo igual Atenas.
O que antes acordávamos
Para brincar com os vizinhos da rua,
Hoje acordamos para servir uma rotina sem vontade nenhuma.
COISAS DE MENINO DE RUA
Um menino de rua pode ser doutor?
No meu tempo podia..
O menino de rua era o dono do lugar;
Ele podia ser o que bem queria.
O menino de rua no meu tempo:
Tinha termo, se divertia;
Tinha vida, sorria e gargalhava;
Tinha casa e cama macia.
O menino de rua no meu tempo
Ia pra escola, fazia fila;
Cantava o hino nacional;
Jurava devoção à pátria mãe.
Memorizava as cores da bandeira;
Rezava de mãos posta no peito;
Chorava e não se envergonhava...
Pois, amava a pátria que nasceu.
O menino...
usava uniforme azul e branco,
Meias brancas, branquinhas,
Conga azul ou kchute preto...
No pescoço tinha uma gravata.
Fui menino de rua...
A mãe sabia, o pai espiava sisudo;
A vizinhança sentada na porta da casa
Da meninada, cuidava.
Menino de rua do meu tempo...
Se quis virou doutor, professor, jogador
Por isso sou poeta ...
Em versos escrevo história.
COISA DO DIREITO DE SER
Há tempos que se deve ser para outros,
O que elas querem que se seja, é acordo
É respeito, é por um tempo;
Sempre se é, o que se quer ser!
Será perda de energia se não for...
Calo-me para não desperdiçar-me;
Sou a resiliência, sou multiforme...
Discutem, discordam e insistem, logo se vão!
Volto sempre a ser eu, quando estou só;
Volto a ser eu quando estou pensando;
Volto sempre a ser o que gosto de ser.
Volto a ser eu quando encontro pessoas que amo;
Volto a ser eu , perto de quem sabe quem sou
Volto a ser eu, quando durmo, reinvento-me!
RESPEITO PELAS COISAS
Não me incomoda o incômodo;
Sei aonde é meu lugar no mundo.
Atiro-me só no que espero e quero,
E esmero-me para ser o melhor humano.
Se o meu lugar no mundo incomoda,
Peço, não se preocupe, a ocupação é breve.
Um tempo e já não sou...
Num estalar de dedos e já não estou.
A vida é breve...
O tempo corre e voa;
Muitas coisas passam, e já não voltam mais;
De outras que ficam, nada é demais.
Não me incomoda o incômodo;
Sei onde é o meu lugar ao sol...
Sei também aonde é o lugar das coisas
Pra ficar peço licença!
MEU CHÃO
Gosto de pisar descalço.
Ficar de pé no chão;
Gosto de ter um punhado de terra
O resquício do que sou...
Ainda serei natural.
Em grãos de areia, na praia,
Ao pisar me sinto forte;
E com poeira na mão...
Fica a sensação interior,
de controle sobre mim mesmo.
É de pulsar forte o coração!
MINHA RUA (soneto)
Das tuas sombras dos oitis a saudade ficou
És a rua do príncipe dos poetas, laranjeiras
Coelho Neto, onde sonhei de mil maneiras
E alegre por ti minha felicidade caminhou
Das tuas pedras portuguesas, o belo, cabeiras
Ao chegar de minas só fascinação me criou
Se triste em ti andei também o jubilo aportou
Me viu ser, indo vindo emoções verdadeiras
Em tuas calçadas a minha poesia derramou
Criando quimeras, quimeras tais derradeiras
Da Ipiranga a Pinheiro Machado o tempo passou
Em ti a amizade os vizinhos em nada mudou
Carrego tua lembrança, lembranças inteiras
Rua da minha vida, estória comigo onde estou...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro, 16 de 2017
Cerrado goiano
ao dia 16 de fevereiro 1976,
quando chegamos ao Rio de Janeiro...
Viva o Brasil.
Liberdade já.
O povo quando acorda de seus sonhos,
grita por liberdade
e vai para as ruas
em busca dos seus direitos, da sua LIBERDADE
e da sua honra.
Viva o povo brasileiro...
Vivaaaaa!
Precisamos educar os mais jovens
para que ofereçam um ambiente mais seguro
para as mulheres.
Tenho um filho de 11 anos
que já se comporta como um príncipe,
porque ensino e dou exemplo.
Mas sabemos que a maior parte dos pais
são ausentes e/ou insensíveis neste aspecto,
então é preciso que as mães
- como principais educadoras -
preparem homens melhores para o mundo.
Feliz ou infelizmente,
como tudo de relevante na sociedade,
a mudança do comportamento e da mentalidade dos homens
deve ser liderada pelas mulheres.
Você já viu amor jogado nas ruas? Eu já, vi também a alegria, o companherísmo inabalável, exemplos de uma vida simples e o fim da solidão. Tudo isso e muito mais embalados em um triste cão abandonado louco pra fazer aquilo que ele mais sabe, fazer alguém feliz.
Eu imaginava pais caubóis, pais pilotos que aterrissavam de emergência na nossa rua, que saíam de seus aviões e nos resgatavam do Ray, o invasor que se casou com a minha mãe e se instalou na nossa casa.
Fica em Casa? Que casa? Isso é tudo que eu tenho, tenho sombra, tenho ajuda as vezes, tenho fantasmas que me perseguem 24 horas por dia, tenho anjos da guarda e essa solidão que é minha maior companhia. E isso muitas casas comuns tem também, então Tô em Casa! Memórias de um morador de rua.