Monstros
Muitas vezes criámos grandes monstros nas nossas consciências, eles acabam connosco primeiro, destruindo a mente e criando uma espécie de culpa que acaba com a nossa personalidade. Furucuto
Sereno como um lago...
Posso dizer que nas profundezas deste lago existem monstros...
Ao passo que a luz do sol
Impede que estes monstros possam emergir...
Contudo isso é apenas uma alegoria para indivíduos que não aceitam acordar e ver um lindo lago calmo.
Meditar é um dos caminhos para colocar os monstros pra fora logo cedo... se esvaziar, todos os dias, e encher-se novamente de compreensão, luz, calmaria. Como é que ficar em silêncio conosco, respirar, e se concentrar em si mesmo pode fazer milagres? Mais do que colocar uma boa música animada aos ouvidos, assistir a um vídeo motivacional, caminhar ao ar livre? A conexão consigo mesmo nos leva a uma conexão profunda com Deus e nossa alma, que estão dentro de cada um de nós, e não fora, e não nas coisas. As coisas podem nos energizar temporariamente, mas se você se torna fonte de energia saudável pra você mesmo, você se torna caminho de luz para os outros também.
Às vezes eu refletia sobre isso, sobre como crianças podem se transformar em monstros, como aprendem que matar é certo e a opressão é justa, como em uma única geração o mundo pode mudar tanto até ficar irreconhecível.
Os monstros não nascem assim, nunca. Eles são feitos, pedaço por pedaço e membro por membro, criações artificiais de loucos que, como o equivocado Dr. Frankenstein, sempre acham que sabem mais.
Pessoas criam pessoas.
Monstros criam monstros.
Pessoas destroem pessoas.
Monstros destroem monstros.
Não vejo diferença entre monstros e pessoas, eles são os mesmos.
Consigo ver os monstros
que te perturbam,
é notória a tua dor,
mas pra ti, não acabou,
sei o quanto que estás tentando,
em ti, ainda há amor,
também sou humano,
tenho minhas falhas,
enganos e agonias,
portanto, quero que saibas
que, apesar das circunstâncias,
não estás sozinha,
podemos lutar juntos,
um dando força e conforto ao outro,
nos atentando mais aos momentos
de alegrias,
Deus continue no comando,
quero ser como uma luz no teu dia.
Sibilam gritos,
em rumores estranhos,
de seres malditos,
monstros tamanhos !
Sibilam dores
nos corações,
já sem ardores,
nem emoções !
Sibilam vozes,
feios sons e miragens,
são atrozes
em cruéis passagens...
Sibilam os astros
no céu, parados,
provocando ritmos
dos corações em brados
Quando estávamos no meio de tudo, bem no meio, nunca pensei nos rostos daquela imensidão de monstros, mas agora percebo que eram pessoas.
.A Sociedade Oculta
Do ódio acumulado
monstros são criados;
assassinos de sangue frio
humanos renegados.
Da tortura de viver
sem alegria e sem prazer;
uma nova sociedade
foi-se a nascer.
Crescendo de escombros
se formou uma legião;
a partir de magia negra
acabaram com a ilusão.
Foram chamados de cultistas
pensadores pessimistas;
profetas sociopatas
com sangue de nazistas.
Rituais foram criados
visionários sem compaixão;
o sofrimento foi invocado
trouxeram a desolação.
Das ruinas que sobraram
poucos foram a sobreviver;
dos remanescentes
veio a sede de poder.
Guerras foram travadas
pelo pouco que restou;
da perda de esperança
o homem se degradou.
Os cultistas que sobraram
vieram a pensar;
a solução da humanidade
é de ela acabar.
Os monstros que ressuscitaram dos mortos não são nada comparados aos que carregamos em nossos corações.
os monstros de verdade nunca estiveram embaixo da cama, consequentemente eles estão disfarçados de pessoas.
Vamos tentar entender os monstros
Vou te encontrar no mundo dos sonhos
Vamos brincar, mas só mais um pouco
A mente humana é extraordinária, capaz de criar monstros terríveis que vivem a nos atormentar. Os animais apenas vivem, sem se preocupar com o medo, a culpa, ou o terror.
Jaulas humanas colecionam traumas infantis, monstros rabiscados como se fossem heróis de gibis, perna longa a quem tem vida curta, arvores cortadas desencadeiam o desmatamento para construir a carcaça do menino Pinóquio, a vitrine apresenta salubridade, afugenta das vistas toda insanidade, mas no sapatinho de algodão a verdade sempre chega, traguei saudades para dentro peito e soltei aos ventos, pois já estava cansado de ficar no interior de um bolso, com apenas o necessário encontrei meu caminho na casa chapéu, embriagado o vento sussurra ao ouvido, viva feito louco e morra jovem de pele enrugada, o tempo e a sentença dos mortais, alma não envelhece e não a cores para aquilo que os olhos não veem, esfarela vira pó mas não apaga o legado, músculos atrofiados fisicamente dia a dia algo se perde algo em baixo do tapete, cada partícula é matéria do universo, somos partes disso, em algum por ai alguém paga ingresso pra ver esse show, achou mesmo que estava sozinho, a cada tombo ou vez que se apaixonou, olhos atentos no retrovisor alguém a observar, essa historia vai ser contada na beira da fogueira em universos paralelos, pontos de vistas desiguais nesses olhos de cobras cegos, pesos e medidas diferentes realidades as vezes ditas como injustas, nas madrugadas abraçado na caneta, autor e personagem genialidade e produção, criação e nascimento, de um lado a lamina afiada do outro o corte, entre o machado e as flores, nos equilibramos em tempestades com fé e força, jamais encontraremos sentidos nossas duvidas são frequentes e terminam cobertas por terra.