Monstros
entre monstros
sou apenas uma opinião,
sentimentos mortos,
estão entre nuvens,
e mesmo assim ainda gritam,
suas vaidades os consomem,
a guerra continua fria,
anjos mortos lhe oferecem rosas,
espinhos venenosos,
outros dias queimaram o sentimento,
abraçaram a morte,
tento para si a verdade do esquecimento,
muitas verdade se calaram,
num estado frio e profundo...
suas vaidades os consomem,
no imenso temor, nada mais existe,
enquanto resistem nas sombras,
com ador de sonhos e episódios de insanidade,
que seria primeira vez que tocou seu coração.
É engraçado como as pessoas costumam julgar os monstros, mas acabam esquecendo que eles um dia também amaram.
Às vezes eu refletia sobre isso, sobre como crianças podem se transformar em monstros, como aprendem que matar é certo e a opressão é justa, como em uma única geração o mundo pode mudar tanto até ficar irreconhecível.
Os monstros não nascem assim, nunca. Eles são feitos, pedaço por pedaço e membro por membro, criações artificiais de loucos que, como o equivocado Dr. Frankenstein, sempre acham que sabem mais.
Existe uma multidão berrante dentro de mim, o que procuro é apenas o silêncio, mas esses monstros gritam demasiadamente alto que não dá para ter o mínimo de paz...
In, cataclismo
"os mesmos monstros que nós criamos, somos nós mesmos que iremos derrotá-los".
CLARIANO DA SILVA (2018).
Quando a noite nos persegue
Monstros que nos atacam
Sonhos sombrios
Góticos pensamentos
Recantos com segredos escondidos
Vozes de pequenas criaturas
Assustadoras rastejantes
Que se movimentam numa areia deixada pelo sonho,que teima em não me deixar abrir os olhos
Deserto no meu cérebro sem fim de vista
Procuro a porta para sair
Observo tudo a minha volta,mas nada
Busco outro sonho dentro do mesmo
Passado que ficou em mim
Talvez pela vida e pelo sofrimento
Que foi sempre a rastejar para chegar a todo lado.......
(Adonis Silva)09-2018)®
No bar, onde a risada é farta, ninguém se preocupa na quantidade de monstros que você tem que eliminar antes de dormir.
"A sociedade, para enfrentar os seus medos, cria seus monstros. Estamos todos alimentando a criatura de Frankenstein, sem saber no que resultará a junção de todas as partes"
Nós criamos os nossos próprios monstros e os alimentamos diariamente, quando nos danos conta, eles parecem gigantescos e insuperáveis. Um dia, deixamos de alimentá-los e, com o tempo, descobrimos que eles não passavam de sombras, projetadas dos nossos próprios medos.
Quando era criança tinha medo dos monstros de baixo da cama, hoje em dia meu medo é do monstro que fica sobre o meu travesseiro.