Missão do Educador
Então me perguntou um amigo: " Deyson, por que você escolheu fazer faculdade de filosofia?". Então respondi: " De que vale viver sem efeitos reais do próprio pertencimento e se aventurar no vazio existencial? Não farei apenas filosofia, sou filosofia, logo escolho o que amo fazer, educar".
A escola dos meus sonhos é aquela que não só prepare para o mercado de trabalho, quero que vá além. Quero que essa mesma escola possa preparar o aluno para a vida social, onde haja respeito para com o modo do outro pensar o mundo . A família precisa preparar a educação em casa, e a escola dará o plus no todo.
Ser educador, é ir além da fronteira do conflito
das ideias preconstruídas ,
conduzindo o seu discípulo à compreenssão
do que ela pode lhe proporcionar.
Professor
Sim, é ser educador que ensina
e mestre dotado de saberes.
É ser pai, mãe, irmão e amigo.
Ser professor é ser um pouco
de tudo, e mais, faz um pouco de cada coisa.
È o que prepara os jovens para o futuro..
Ser professor é ensinar o que sabe,
e si importar com o aprendizado do aluno.
É ser um grande inspirador.
Ser professoer é saber dizer e escutar, e si
comover com a história de vida de cada
um. É ser grato a Deus pela nobre profissão.
Se ensino uma criança ou um adolescente, é parte do meu “ser educador” saber se aquela criança ou aquele adolescente se alimentou pela manhã, se teve uma boa noite de sono etc. Faz parte do “ser educador”, do meu ser ético, medir esse aluno com a mesma medida que lhe foi oferecida a vida.
O educador deve lembrar que foi criança e a partir daí deixar reviver em si a criança que foi um dia e restaurar o gosto pelo fazer lúdico, resgatando as brincadeiras de sua infância, reciclando com as atuais e contribuindo, assim, para uma aprendizagem diferenciada.
Não tenho a menor ambição de tornar-me um educador: não pretendo, como um déspota, "conduzir ou guiar" ninguém e muito menos limitar caminhos de quem tem imaginação tão promissora. Pretendo, antes, ser um PROFESSOR: o indivíduo que professa algo, que alimenta o espírito crítico com seu conhecimento, permitindo ao semelhante um encontro com sua liberdade e identidade única!
PROFESSOR EDUCADOR
É comum, no período que antecede o início das aulas, terem as crianças uma certa expectativa, um certo desejo, antecipando o que será a escola. Têm, as crianças, a tendência de gostar do professor. É o gosto da novidade, do que não conhecem – é a aventura do aprendizado. Começam as aulas e algumas expectativas são superadas, outras frustradas. Alguns encontros se revelam marcantes, outros nem tanto. Há alunos que voltam para casa, dos primeiros dias de aula, desejosos de narrar aos pais cada detalhe de seus professores.
Em uma leve viagem ao passado, todos rapidamente nos lembramos de alguns professores. Por que desses e não de outros? Porque alguns marcam mais. E é desses professores que a pessoa se lembrará ao longo da vida.
Infelizmente, muitos professores se convertem em burocratas da escola. Estão ali exercendo a profissão de estar ali. E nada mais. Sem perfume nem sabor. Sem encontro nem encanto. Apenas ali, munidos de um programa determinado, e sequiosos do fim, já no começo. Tristes mulheres e homens que embarcam na profissão errada e lá permanecem aguardando a miúda aposentadoria. Não são maus. Apenas não são educadores.
Há aqueles que educam desde os primeiros raios da aprendizagem. Preparam-se para a celebração do saber e do sabor – palavras com a mesma origem. Lançam redes em busca de curiosidades, surpreendem e permitem surpreender; ensinam e aprendem com a mesma tenacidade. Estão ali, em uma sala de aula, desnudos de arrogância e ávidos de vida. Não temem a inquietação das crianças e dos jovens. Não negligenciam o conteúdo, mas valorizam os gestos. Gestos – é disso que mais nos lembramos dos nossos mestres que passaram. E que permaneceram.
Lembro-me de alguns, como a Ana Maria, professora de história, que nos instigava a estudar antes da aula o tema que seria trabalhado. Quando chegava a aula, ela propositadamente errava, e nós a corrigíamos. Era um jogo, uma didática simples que empregava. Eu chegava a sonhar com aquelas aulas. Ela despertava o gosto pela pesquisa e destravava os mais tímidos. Todo mundo queria corrigir a professora.
Talvez um exercício interessante para o professor seja o das lembranças. Lembrar-se, de quando era aluno, daqueles professores que eram educadores, e de repente ter a humildade de imitá-los ou até reinventá-los.
E não há tempo nem idade para fazer diferente. É só ter uma característica que Paulo Freire considerava importante para toda a gente mas essencial para quem educava: gostar de viver.
Quem gosta de viver não tem preguiça de reinventar, nem medo de ousar. Quem gosta de viver não tem medo de ternura, da gentileza, do amor.
Quem gosta de viver, educa!