Mercado
Violeiros fazendo cantoria,
E cordéis pendurados lá na feira
No mercado farinha, macaxeira,
E nas ruas Reisado e Romaria
Com o povo resando com alegria
Padin Ciço em cima de um andor
Com beatas pedindo proteção
Sanfoneiro tocando um baião
Palmatória na mão de quem não leu
Só conhece estas coisas quem viveu
No cenário poético do Sertão.
Mote: Jesus de Rita de Miúdo
Glosa: Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
09 Janeiro 2022
Mercado nervoso.
Quem está preocupado com o mercado financeiro bolsa de valores e dólar são os empresários os banqueiros os investidores. Estes sim estão preocupado com o mercado financeiro porque visam o lucro sem dar qualquer contribuição para a classe dos trabalhadores que lutam diariamente para levar o pão de cada dia a sua família. A classe trabalhadora é que sustenta este mercado financeiro onde os empresários banqueiros e investidores obtém um ganho incalculável.
A classe trabalhadora não tem tempo para se preocupar com o mercado financeiro. A classe trabalhadora se preocupa em ir ao mercado da esquina ao mercado municipal para fazer compra de mantimentos para suprir as necessidades dos filhos e família. Os empresários banqueiros e investidores deveriam se preocupar em baixar os juros e aumentar os salários de seus subordinados para que estes venha ter uma vida digna e um padrão de vida adequado.
Encarar um mercado desconhecido é como pisar em solo novo: o risco cresce na incerteza do terreno.
Moabe Teles
@moabetelesoficial
Na nova liturgia do mercado, o pobre é um herege em débito com o esforço, e o esforço virou indulgência vendida por coach.
"Mercado da Fé"
Eles pregam amor, mas apontam com o dedo,
sorriem com os lábios, mas ferem em segredo.
Na roda dos justos, só senta quem pensa igual,
quem anda na linha, quem segue o ritual.
Um evangelho de fariseus,
onde cada um escolhe os seus.
E quem não cabe no molde exato,
vira motivo de riso barato.
“Falta Deus”, sussurram entre pratos e orações,
mas nunca perguntam das minhas aflições.
Debocham do que não entendem, rejeitam o que é diferente,
com um zelo que machuca, um orgulho que é doente.
Se inflamam na bolha do sistema,
onde tudo que escapa vira problema.
Não aceitam a dúvida, não suportam o pensar,
preferem repetir a fé que aprenderam a decorar.
Mas eu creio, sim — na luz que não exclui,
na verdade que não se vende, na paz que constrói.
Minha fé é silêncio, é abraço, é chão,
não vive de aparências, vive de compaixão.
Eu sou aquela fora da grade,
que não troca a alma por vaidade.
E mesmo sem ser aceita em seus altares,
sei que há beleza em ser quem não se disfarça,
mesmo que doa, mesmo que canse.
Pois não há nada mais santo
do que amar sem condições,
do que ouvir sem julgar,
do que viver sem precisar se moldar.
Em um mundo polarizado, a escolha de um lado é crucial para o sucesso no mercado?
Ser moderado não traz resultados significativos; por isso, não é bem visto?
Será que a dor física e mental está sendo supervalorizada pelo mercado de remédios no contexto pós-moderno?
Pais infantilizados incapazes de perceber filhos angustiados deixam brechas para o mercado publicitário explorar essa dor.
Para guiar nossas habilidades em direção a um propósito que vá além das meras exigências do mercado, é importante identificar aspectos essenciais, qualidades ou potencialidades de nossa identidade que possam ser aplicados de forma benéfica e significativa fora de nós mesmos.
A escola tem abandonado a formação humanista e crítica, cedendo ao pragmatismo do mercado e negligenciando a educação moral.
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