Mensagens de uma Querida Mae de Luto
Quando a escola não cumpre o seu papel no processo de ensino e aprendizagem, depara com uma realidade dentro dela, que não consegue encontrar uma solução e a melhor que encontra é transferir a responsabilidade para a falta de participação da família no processo de ensino e aprendizagem do aluno ou na dificuldade que este tem de aprender.
Quando uma classe nega o seu direito democrático de expressar seus anseios, por meio do seu silêncio, abdicando da luta por melhorias, ela destrói uma conquista resultado de muitos barulhos, promovidos por seus antecedentes: A democracia!
Diante de uma realidade social marcada pelas desigualdades e discriminação, o seu silêncio é a aceitação consciente do estado serviçal ao seu algoz, fruto de uma alienação construída paulatinamente, a qual você foi incorporando inconscientemente.
Se existisse uma receita de felicidade, não haveria infelicidade, por isso, não acredite que você possa ser feliz, porque isso é uma ilusão, pois não é uma questão de ser, e sim, de vivermos momentos distintos, ora felizes, ora não, porque a dinâmica da vida não nos permte vivermos apenas um tipo de sentimento, do contrário, ela seria um verdadeiro tédio.
Vivemos uma era em que o homem quer ser algo que ele não sabe o que é, pois vive um narcisismo que é dependente, diretamente , da aceitação do outro, o qual não sabe que ele existe.
O erro na escola não é algo que esteja em desarcordo com o que é certo, mas uma etapa do processo de aprendizagem que antecede ao que é aceitável como correto.
A decepção em uma batalha só lhe destroi se você não estiver preparado para aprender com ela, pois do contrário, a frustação sentida é o alimento que lhe proporcionará a evolução para se superar na próxima, tornando-o em um vencedor.
Felicidade é apenas uma ideia que se concretiza por intermédio da realização de desejos, logo ela é efêmera e não eterna, então, não podemos dizer que somos felizes, mas que estamos ou não felizes.
A felicidade no mundo globalizado é uma ideia construída na comparação entre uma forma ou outra de viver. Sendo assim, quem é mais feliz? Uma pessoa que vive submersa às diversidades sufocantes de uma metrópole ou outra que encara as limitações de um lugarejo, sem perspectivas de progresso? A dificuldade em responder a referida pergunta está na complexidade em definir felicidade, pois sendo um sentimento, logo é singular, portanto, imaginá-lo dentro de um padrão é um erro e esse erro aumenta quando teorizamos a possibilidade de alguém ser feliz, porque isso é impossível, justamente, por sermos portadores de uma falibilidade que não nos permite sermos perfeitos, pois somente com a perfeição poderíamos dizer: somos felizes.
Em um mundo capitalista é hipocrisia dizer que o estar feliz é uma questão de opção, pois como imaginar a felicidade em um ambiente onde suas necessidades básicas não são atendidas? Como encontrar prazer em um mundo de privações? O discurso dos insensíveis a essa realidade é que a felicidade está atrelada ao aceitar a sua situação, como se o fato de se acomodar com as suas limitações fosse a solução para a sua vida desprovida de prazeres.
Vivemos uma realidade no século XXI, na qual o estar feliz não se concretiza apenas na conquista, mas, principalmente, no reconhecimento do outro ao que foi conquistado.
Vivemos uma era do narcisismo dependente, pois o sujeito necessita da aceitação do outro para legitimar o seu desejo de se exibir.
O nascer não é o início de uma vida, mas uma evolução da mesma, pois vida já existe antes dele, para que o mesmo possa ser concebido.
Imaginar a felicidade como algo a ser conquistado é assumir uma visão positivista de encarar a vida.
Se pegarmos uma semente de uma determinada frutífera, ela produzirá outra frutífera de mesma espécie, com as mesmas características, mas nós não somos frutíferas, logo, podemos ser diferentes ao ambiente onde nascemos, portanto, precisamos sonhar e sonhar sempre para continuarmos acreditando que podemos ser melhor e melhor o referido meio.
A depressão é uma atormentação cuja origem está no medo,
o pior é que o depressivo não sabe de quais medos ela aflora.