Mensagem Póstuma
Olhos brilhando assim ela me olhava já se enchendo de lagrimas, mas não eram lagrimas de tristeza muito menos de amor, era apena uma despedida, pra quem seu coração machucou.
NA DOR LIDA
Somente na dor lida
Na dor que não se clama
Mas, a que dói o que passou
O já passado me profana
O por quê de tal despedida
Que não vê a hora que a chama
Mas, que vai e não se volta
O que um dia em vida exclama
Mais um dos arrebatados sou
Que chora sem querer
Chora porque chora
Aquilo não há mais de ver
E em lamentações se faz em prece
Aquilo que deseja a ter
A soberana e feliz paz
Que só no Reino de Deus há de conter...
A saudade martiriza essa dor doida
Que dói e feri sem querer
Deste amor que não mais será recíproco
O meu amor que só em mim há de ter
E nesta solidão infinda que me persegui agora
E que não há caminhos certos
Guardo essas felicidades doidas
Deste pequeno vel
Que me cobriste por perto
E é na dor desta felicidade
Que chega a lembrar os meus pesares
Que rezarei por ti mais uma vez
Até meu momento certo
De tua tranquilidade.
Willas Fernandes. 03.12.15
Feito em homenagem a ORLANDINA COSTA FERREIRA.
Do Reencontro...
Despeço-me
com a certeza que irei te reencontrar...
Pois não te conheci, te reconheci...
Se não te encontrei, ei de te reencontrar...
Sendo assim não vejo a despedida como o fim,
talvez a espera de um Recomeço!
Quem eu fui quem eu sou e para onde vou
A fumaça do meu cigarro desenha um universo paralelo
Onde tudo está complexo e parece desabar
Tardes frias e noites congelando a espera de encontrar a paz qual paz
Voltar a ver o sol brilhar
Um mundo onde pareço flutuar
Tenho medo do silêncio que minha mente se encontra nesse momento
Penumbra das sombras da noite que eis de chegar
Qual caminho tomar
Chance
Hoje ouvi uma canção,
Que falava sobre o tempo,
Senti uma dor imensa em meu coração,
Aquela que jurava ter escondido direito.
Facilmente me coloquei de joelhos,
Gritei em silêncio ao meu Deus socorro,
Lhe disse sozinho eu não aguento,
E esperei sua força e consolo.
Pedi que não haja crueldade no amor,
Pois nada é mais simples e mais puro,
Pedi olhe para mim e livre-me da dor,
Pois deixar sonhos reais para traz é absurdo.
Esta gravado nas escrituras sagradas,
Que fácil e sem valor nunca seriam,
Mas que valeria todo esforço e lágrimas,
Pois são palavras de DEUS e esse livro chama-se Bíblia.
De Deus recebi o alento
Quando nasci, o amor
Não fiquei sozinho ao relento
Tinha Jesus Cristo a meu favor
Mãezinha receba a vida
Que Deus tem para te dar
Ainda não chegou a despedida
Temos muito que trabalhar
O Mestre nos ensinou
A nunca agourar alguém
Cada um tem o seu tempo, ainda não terminou
A missão de cada um lhe convém!
Então vamos realizar
Receba desse nosso Pai a cura!
Dos pés a cabeça melhorar
Clarear essa noite escura
Depois da porta...
Dói a dor que não tem nome
Que vem, prende e consome
Dói não entender tantas vozes
Que só ou em coro falam ferozes
Línguas arcaicas que desconheço
Vindas sem pressa em seu começo
Dói os vultos que passam ao lado
Sombras que migram desfiguradas
Para dentro de meu lugar particular
Dói a fome ávida e desconhecida
Sofrida, gritante, jamais tida ou sentida
Dói rezar ao pé do altar e ver crucificado
O Santo de minha fé tão maltratado
Dói o desejo de partir no primeiro vagão
Pois se conta que a cura da sofrida emoção
Reside depois da porta da velha estação
Tão dentro; alma e som.
Poesia nos versos de uma canção; eis o teu dom.
Ouvir, escutar e sentir.
São os meus olhos dançando no silêncio... Vendo-te partir.
'''Quando olhar para cima e avistar a estrela mais bonita no céu , pois bem esta sera eu quando partir...'''
Aqui neste lugar distante a noite cobriu com seu manto escuro as ruas da cidade.
E eu, no desejo de encontrar o lugar onde todos sofrem, percorri ruas, vielas e alamedas para te levar algum conforto.
Seus dias e os meus deslumbravam-se em meus pensamentos.
Sorrisos, prazeres e até aquela sensação gostosa de saber que você gostava de mim foram aos poucos tomando-me até brotarem as lágrimas pela proximidade da despedida.
Que sua alma seja confortada no além, aqui fica alguém que sempre te quis bem e sempre te amou.
Ofereço a minha tia Margarida.
SONETO DA PARTIDA
Ao despedir do cerrado, central sertão
na noite, eu deixarei a luz da lua acesa
a minha admiração posta, fica na mesa
e as lembranças largadas no árido chão
Os cuidados, ao pai, deixo minha certeza
que o bem é mais, mais que a ingratidão
que a vida com amor é repleta de razão
e que o sono só descansa com nobreza
Talvez sinta falta ou talvez só indagação
o que importa foi a história com clareza
e paz que carrego no adeus com emoção
E nesta canção de laço e fé no coração
a esperança na bagagem, única riqueza
se parto, também, fica a minha gratidão
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
Quem quer ir, vai! Você não tem que ficar avisando que está se aproximando da porta disposto a fechá-la.
Preciso me despedir de todas as pessoas todos os dias, pois o homem que chega a noite já não é o homem que saiu pela manhã.
Não existe nada pior do que ver sua mãe chorando enquanto você arruma as malas.
Tudo que sou hoje representa o reflexo da minha mãe , o seu suor, a sua força de nunca desistir. Eu sou um pedaço do que você me transformou, e acredito que me sinto em dívida sempre – por tudo.
Com você aprendi o significado da amizade e do amor
Confesso que sentirei falta do seu toque, de ouvir sua voz sem interferências. Sentirei falta de olhar seus olhos azuis. Sentirei saudades suas, porque não existe alguém mais importante que você não minha vida , minha mãe, meu amor!
Não gosto de olhar para trás em minhas despedidas, pois o meu coração fica latejando com vontade de ficar e as minhas lagrimas correm com vontade de chorar.
Aqui, a maldade do mundo me pareceu normal.(...) É neste momento, quando passamos a achar trivial aquilo que consideramos incorreto, que está na hora de ir.(...) Estou batendo a porta e deixando alguns recados na geladeira, alguns tênis para você colocar nos pés e, algumas mochilas para que, quiçá, utilize para plantios. Vou levar aquele jarro belíssimo que deixou no canto da varanda. Afinal, sempre existem desses em todas as casas destroçadas. Mas eles só são esperança e motivo para ficar, quando o mal ainda é ruim, quando migalhas não são aplaudidas, quando quem dá o que não quer receber, ainda é desmerecedor. Quando o que é básico, não vira sinônimo de muito; quando o que seria morada, não vira sinônimo de estranheza. Quando o adeus não vira sinônimo de poder voltar – para casa.
Quando o fim chega
Você tenta convencer a si mesmo que ainda há uma saída, que de algum modo tudo vai ficar bem.
As memorias felizes se tornam mais presente, você lembra daqueles tempos querendo voltar.
Você se esforça para sorrir e fingir que está tudo bem.
Você diz para si mesmo "quem nunca passou por esses problemas",mas no fundo você sabe que tudo não passa de uma mentira, um medo de partir para o desconhecido, medo da solidão, mas é difícil admitir, afinal todos desejam fugir do fim.
Mas quando o fim chega, não há solução, não há mais amor apenas respeito mútuo, já não há mais cumplicidade apenas tolerância.
Quando o fim chega já não há outro caminho tudo que resta a fazer é seguir em frente e levar no coração os bons momentos e procurar um novo amor.
Quando o fim chega tudo o que se deve fazer é terminar.
1. QUANDO O AMOR PERDE O ROSTO
Quando o amor perde o rosto
Um fiasco deixa de ser
E o combate esta por acontecer.
Só quem se curva ao amor
Sabe curar cada etapa da ferida.
Sabe se portar no dia da despedida
Só aquele que já amou
Sabe que lembranças não são torturas.
Que promessas sobrevivem de aventuras
Só aquele que ama
Pode aprender com as palavras
Impedir que o mundo lhe remova a alma.
Só quem encara o amor
Doa-lhe certo entendimento
Para calcificar o ferimento.
Só quem ama ou amou
Pode se perder do tempo
Sem notar a embriagues do momento.
Enide Santos 27.06.17
Asas Negras
"Vi suas asas negras abrirem e levá-lo para as sombras da noite, podes não crer, mas, eram lindas asas negras na qual eu jamais verei outra vez, ele se foi para sempre como os anos anteriores que não podemos retorná-los, assim se foi meu passarinho de asas negras, aquele que ficava a rodear-me falava lindas palavras de carinho, aquele com asas negras, o passarinho!"