Mensagem Escrita
Linha tênue da fé da humanidade
” O homem só é sábio quando lida com a autenticidade do seu mundo interno e a perversidade do mundo ..”.
Tinha algo que deveria ter escrito,
Turrão que estava, protelei, deixei,
Ficou um pedaço desfeito,
Rasgado, esquecido,
Para que servem os escritores? Os escritores são pessoas que servem para tornar dizível a experiência direta humana. É uma função da mais alta importância, é função salvadora, porque tudo aquilo que se passa na alma humana que o ser humano não consegue dizer adquire um poder fantasmagórico em cima dele. Na hora em que você domina aquilo e consegue exprimir pela palavra, você exterioriza aquilo e aquilo deixa de ter poder sobre você.
Gosto dessa coisa de gastar em palavras
Minhas horas de deitar na verve.
Pois feito um rio eu desço boiando
Ao abismo meu, pelo dorso delas.
"Escrever vai além de letras e um único lugar que podemos ser quem quiser ou criar um lugar só seu. Podemos ser uma fada em tal local e outro uma detetive ou assassina e é você que escolhe quem você quer ser em cada mundo."
Escrever é o que te leva em lugares que nunca poderá ir de verdade, é amar e ser apaixonar por todos sem risco nenhum, é sentir o que não compreendemos direito, é viver de modos diferentes.
Preencho linhas e entrelinhas com palavras
Sufocadas nos recônditos da alma
E, na tentativa de livrar-me deste anseio,
As escrevo e reescrevo com um certo desespero
Como num passatempo de palavras-cruzadas:
Letra por letra, linha por linha, até o seu desfecho.
Com a caneta como minha nave e as palavras como estrelas, eu viajo pelo vasto universo da imaginação.
A vida, com suas regras, suas obrigações e suas liberdades, é como um soneto: você sabe a fórmula, mas precisa escrever o soneto por conta própria.
Escreveu amor à mão em todo o meu corpo
Mas isso pra gente ainda é pouco, tão pouco
Impossível não querer de novo
O maior veneno é aquele que se deixa cegar pela euforia .
" O que pedi, recebi
pena que pedi para ver coisas reais
veio um pouco amargo até
mas uma pessoa como você não fica por muito tempo de pé..".
Convivendo no meio literário, um dia eu topei com uma escritora que, quando tinha bloqueios criativos, costumava logo buscar um culpado e colocava a culpa de estar assim nas pessoas com quem convivia e conversava no momento. Fosse quem fosse. Desde amigos, novos ou velhos, inimigos e até familiares. Sem dó, nem piedade! Uma loucura! Até eu saí como culpada um dia!
O meio literário não é brincadeira, não; cruzamos com cada louco/a!... Mas também com gente muito "sã" e "sadia", de mente muito "sã" (mas que parece "sofrer" de síndrome de Münchausen, ao mesmo tempo em que parece esconder-se atrás das próprias doenças e usá-las, sempre se vitimizando no fim, sempre saindo e ficando como a vítima da história, para conseguir algo ou chegar a algum lugar!) que não aceita de boa vontade assumir os seus erros e sai culpando os próximos...
Espero sinceramente que aquela escritora com quem um dia topei tenha mudado esse jeito com o qual costumava agir!
A leitura não pode ser obrigatória, ela deve conquistar nossos olhos e mentes e jamais pode ser imposta. Lemos o que encanta nossas retinas e embala nossos sonhos. A escrita é liberta, universal e libertária.
Pratique a nobre arte do observar e escrever ao silêncio. Tudo pela simples motivação em despertar o submisso social a uma mísera reflexão que seja.
Não é fácil apenas observar e manter-se alheio ao mundo das falas, principalmente quando se é amante das cordas vocais, amigo íntimo do papel e caneta ou, enfim, um alguém co-irmão da incerteza (e que busca respostas sobre tudo a todo momento).
Vez ou outra acordo com uma nova personalidade. Minha tranquilidade é saber que à noite todas elas dormem juntas.
Nada feito
Lá se foi um verso inteiro
e eu não disse coisa alguma
Esse aqui já é o terceiro
e a rima mal se arruma
desperdiço meu tinteiro
escrevendo, assim, ligeiro
antes que a palavra suma
Assombro
O nó seco na garganta
O meu passo meio manco
Nada disso me espanta
É preciso ser bem franco
O Terror que me encanta
vem da alma sacrossanta
dessas páginas em branco