Mensagem Caridade
O caridoso é quem recebe a caridade de forma inconsciente como sinal de que precisa mudar internamente sua forma de perceber o mundo.
A caridade vem do berço, das nascentes da alma e se extende sobre as pessoas em volta, como um manto, todos os dias.
Honrar a Deus para mim é se crescer nas múltiplas oportunidades de caridade que nem sempre tem a ver com objetos materiais. Deus nos criou para existir, e não para nos anular.
Só existe uma diferença entre o rico e do pobre de espírito quando faz faz caridade, o rico, será sempre invisível.
Apesar da utilidade do ato, caridade como contrapartida de passaporte celestial não tem valor moral.
Reconheço a utilidade do ato.
Porém, não vejo validade moral em fazer caridade apenas para garantir vaga no paraíso celestial.
Moralidade, generosidade e caridade não precisam estar vinculadas à crença na existência de uma divindade.
A bondade do ser humano não está em fazer caridade ao próximo, está em amar a si mesmo quando ele aprende que o amor não tem divisão.
Eu sou a abundância que oferta a escassez. Eu sou a caridade em silêncio que me faz enriquecer.
Eu sou, Eu sou, Eu sou.
Praticar a caridade é louvável, mas não se iluda: fragilidade, vulnerabilidade e carência não garantem bondade ou virtude no outro.
"A fé é o amor que confia; a esperança é o amor que anseia; a caridade é o amor que faz – confia corajosamente, espera ardorosamente e faz diligentemente".
"Nada menos igualitário que a caridade, a qual consiste em amar a Deus acima de todas as coisas.
A caridade não é um ímpeto de benevolência distributiva ou comutativa, um amor cego que põe as coisas amáveis todas num mesmo plano. Ao contrário, ela é "excelentissima virtus" justamente por enxergar a hierarquia de bens existentes na realidade e entregar-se, antes e acima de tudo, ao maior deles: Deus.
Daí defini-la Santo Tomás como "certa amizade do homem a Deus" ("quaedam amicitia hominis ad Deum").
A dileção da caridade, dádiva do céu, é um ato de discernimento, escolha feita de olhos abertos, o que absolutamente nada tem a ver com a lacrimogeneidade enfermiça à qual boa parte dos nossos contemporâneos chama "amor".
"Tudo diminui ao dividir-se, menos a caridade – que tanto mais é quanto mais se doa livremente a si mesma".
"A fé é o amor que confia; a esperança é o amor que anseia; a caridade é o amor que faz – confia corajosamente, espera ardorosamente e faz diligentemene.
Fora do amor a pessoa humana torna-se descrente e medrosa, desesperançosa e apática, inativa e negligente".
"Caridade e ingratidão mantêm entre si certa simetria: uma está sempre satisfeita com o que dá, outra está sempre insatisfeita com o que recebe".