Meninos de Rua
Uma tontura no meio da rua, a vista turva, o corpo molhado.
Valei-me, Deus! Morre-se!
Passou.
Uma reza comprida, outra tontura!
Menino, que você tem?
Nada não, passou.
Um café, uma parede, outra pessoa, outra tontura.
Menino, tonteou?
Foi, mas já passou.
Um médico, um sorriso amarelo, um diagnóstico.
"Moço, é só coisas do coração, não mata não".
SERTÃO.
Shopping aqui não tem
não tem rua asfaltada
nunca vi metrô e trem
e nem casa conjugada
aqui nosso maior bem
é orar e dizer amém
pela terra abençoada.
A Minha Solidão!
No silêncio do meu quarto, olho a rua
pela vidraça da janela. Ouço o barulho
do vento lá fora, aqui dentro a solidão
me apavora.
Quero te esquecer, mas não tem jeito,
saudade aperta o peito, o pensamento
voa em sua direção.
Eu queria ter o poder de voar agora, e
ir para onde está o meu coração, me
aconchegar em seus braços, e saciar
essa paixão.
A pressa
Era tarde como de costume, quando atravessei a rua que dava acesso a minha casa. E por um momento parei para observar algo que me chamou a atenção. A casinha verde da esquina estava escura, e por alguns instantes aquilo me incomodou. Mas segui para casa, estava muito cansada.
No dia seguinte pela manhã ao sair de casa, fiquei atenta ao passar pela casa verde. Estava tudo igual, linda e graciosa como sempre, as rosas estavam reluzentes de tão lindas. Respirei fundo e segui apressada. Ao final do dia voltando para casa, outra vez senti falta de algo naquela rua, as luzes da casa verde não estavam acesas novamente. O que teria acontecido? Dona Benta viajou? Estranho. Incômodo novamente.
Na manhã seguinte, tudo normal. As flores... ah, as flores, tão lindas! Dona Benta é tão caprichosa com suas plantas! Respirei fundo e sorri, apressando os passos. Ao voltar a noite, não pude deixar de notar que ali, já não tinha a mesma alegria. Tudo escuro, e sujo em frente a casa, folhas muchas na calçada. Algo realmente aconteceu ... foi o que pensei.
Então, ao sair para o trabalho pela manhã, meus olhos já buscavam respostas. Parada olhando para aquela casinha que outrora transmitia beleza e alegria, murmurei: _ Estranho! As plantas estão murchas, as rosas ... o que houve? Meu pensamento foi interrompido pela voz do seu Evaldo, vizinho do lado, que cabisbaixo respondeu: _ Sim! Dona Benta faleceu. Silêncio, nó na garganta, e uma dura resposta. Por isso a tristeza na casa verde... _ Ah, nossa! E eu nem soube, sinto tanto! Respondi ao seu Evaldo, e saí, tomada por uma emoção inexplicável.
Que droga de vida é essa? Essa correria que não nos deixa perceber ... Sempre tive vontade de parar e conversar com dona Benta. Sempre a vi como uma senhora distinta, e tão educada! Trocávamos bom dia, e boa noite tão calorosos! Mas a conversa ficou apenas em meus pensamentos. A correria nunca deixou, ou eu me deixei levar por ela.
Pela janela do meu carro - 2
Era próximo de 13h e o movimento na rua estava intenso. Eu seguia rodeada por carros e à frente também tinham aproximadamente seis motoqueiros.
De repente o que ia no início teve a "brilhante ideia" de realizar um "cavalo de pau".
O que aconteceu depois?
No mesmo instante todos os veículos que vinham atrás desaceleraram e os outros motoqueiros se afastaram.
Imagino o que pensaram: IMBECIL!!!!
Eu pensei: "Se ele cair, qual será o veículo que irá passar por cima do corpo?"
Sinceramente, fiquei irritada. O cara atrapalhou e atrasou o trânsito e, se tivesse acontecido o pior, alguém poderia ser acusado por homicídio sem ter culpa alguma.
Oh gente louca que não respeita o trânsito.
Quando éramos felizes tio Chico na rua era conselheiro, mana Minga curibota e os vizinhos, a família mas próxima
Bate-bola
Já busquei Araçá
na porta da escola,
Saí pela rua com
a fantasia de Bate-bola,
Um dia quem sabe quando
menos pensar num toque
de abracadabra a gente namora.
O ser humano tem que ser sensível a ponto de derramar lágrimas só de olhar uma plantinha na rua. Tem que ter a sensibilidade para chorar abraçado a uma árvore. Em uma pedra, até dentro de uma rajada de vento, existe o amor de Deus.
o menino na beira da estrada
O menino nublado chegou em uma rua pequena e remota, a beira de uma estrada. O sol ainda não havia nascido, e a escuridão ainda cobria o céu. Ele caminhou por alguns minutos e encontrou um mendigo sentado em uma esquina. O menino se aproximou e perguntou aonde ele poderia encontrar abrigo. O mendigo olhou para ele e disse: "Deus sabe, meu filho." O menino ouviu as palavras e seguiu seu caminho, procurando a salvação.
Deus é sempre uma fonte de esperança e consolo, especialmente quando mais precisamos dele. Quando sentimos que estamos enfrentando momentos difíceis, Ele está lá para nos ajudar a atravessar esses desafios. Ele nos dá força para perseverar e nos recorda que Ele sempre está ao nosso lado. Não importa o que aconteça, Deus cuida de nós quando mais precisamos.
Deus sempre está presente na nossa vida, pronto para nos ajudar quando precisamos. Esta história é uma lição de que Deus nunca desiste de nós, mesmo quando nos sentimos desamparados ou em situações difíceis. Deus está sempre aqui para nos oferecer sua graça e amor incondicional. Ele nos mostra seu amor e nos lembra que estamos sempre em seus cuidados.
Marcos é um artista visionário cuja obra literária tem sido aclamada por seus temas ousados, poéticos e profundos. Ele é muito conhecido por seus contos e poesias que abordam temas como a injustiça, o destino e a liberdade. Seu trabalho é cheio de significado e metáforas que ajudam as pessoas a pensar de forma crítica sobre questões importantes na vida. Sua mensagem de esperança e perseverança é inspiradora, e sua voz única é capaz de tocar os corações de seus leitores. Marcos é um grande exemplo de um artista literário que tem algo a oferecer ao mundo.
Nathália Braga
A tua história foi escrita para inspirar
Cada detalhe da tua vida para preparar
Coisas maiores desenhadas pelas mãos de Deus
Ninguém entende os momentos que você passou
Enquanto muitos te julgaram Deus te ajudou
Mas cada marca em ti deixada te ensinou
Quando você pensou: Acabou a história não tem jeito mais!
Ele pegou em tua mão e disse que não deixa um filho só pra trás
E nos teus dias mais difíceis, ele sempre lhe mostrou que esteve ali
E hoje você é o resultado dos dias nublados
Olha você aqui!
Deus está te ensinando a ser forte
Nem tudo aquilo que é mau vem pra morte
É pra você crescer, é pra você crescer!
Deus está te ensinando a ser forte
Nem tudo aquilo que é mau vem pra morte
É pra você crescer, é pra você crescer!
Quando você pensou: Acabou a história não tem jeito mais!
Ele pegou em tua mão e disse que não deixa um filho só pra trás
E nos teus dias mais difíceis, ele sempre lhe mostrou que esteve ali
E hoje você é o resultado dos dias nublados
Olha você aqui!
Deus está te ensinando a ser forte
Nem tudo aquilo que é mau vem pra morte
É pra você crescer, é pra você crescer!
Deus está te ensinando a ser forte
Nem tudo aquilo que é mau vem pra morte
É pra você crescer, é pra você crescer!
Deixa ele te ensinar, deixa ele lapidar a tua estrutura
Deixa ele trabalhar, e enquanto ele te molda de tudo ele cuida
Deixa ele te ensinar, deixa ele lapidar a tua estrutura
Deixa ele trabalhar, e enquanto ele te molda de tudo ele cuida
Deus está te ensinando a ser forte
Nem tudo aquilo que é mau vem pra morte
É pra você crescer, é pra você crescer!
Deus está te ensinando a ser forte
Nem tudo aquilo que é mau vem pra morte
É pra você crescer, é pra você crescer!
É pra você entender!
Filho, estou te moldando
Filho, estou te ensinando
Aposte em mudanças, ninguém irá mudar por nós. Mude você, o seu ponto de vista, a rua que caminha, os lugares que frequenta, evite ao máximo circular por lugares e na companhia de pessoas venenosas. Acredite! "A cobra muitas vezes, esconde o veneno no olhar".
Coffee Square
Atravesso a rua, em frente à minha casa, e sigo em direção à cafeteria da esquina.
Time Square, movimentada como sempre. Olho em volta e vejo mais estrangeiros do que estadunidenses.
Povo mais recatado, com seu orgulho pulsando nas veias; basta apenas um olhar indiscreto para sentir sua pressão sobre nós.
E sob os enormes telões nos edifícios, vemos as mais belas modelos, com sorrisos radiantes e corpos perfeitos.
Mas vendo aquele povo, em minha volta na rua, vejo que aquele padrão é raro por aqui; e muitas vezes ele se torna insuportável para com os que não o possuem.
Coffee Square: assim chama-se a cafeteria mais famosa da Time Square, a que frequento.
Um ambiente muito aconchegante com decoração retro.
O cheiro de café expresso é o que prenomina no local.
Vejo que hoje está lotado. E muitas pessoas estão me encarando...
Novamente sinto seus olhares pesados sobre mim.
Os sorrisos às vezes desaparecem de seus rostos. E naqueles momentos a impaciência toma forma e invade seus corações.
O mais estranho naquela cafeteria, que me chamou a atenção, foi um rapaz.
Ele tomava seu cappuccino tranquilamente. Só que seus olhos emanavam uma escuridão que nunca tinha visto antes.
Era como se aquele fosse seu último café, seu último dia, sua última lembrança...
Essa escuridão que vi nele não era apenas nos olhos –em seu coração-.
E assim como ele, muitos são compostos por apenas uma luz escura, indecifrável.
Sabe quando você olha aquele maravilhoso céu estrelado? Bem, o coração dessas pessoas é igual aquele céu, só que sem as estrelas e constelações –apenas uma escuridão-.
Porém, mesmo aquele rapaz sendo estranho, me parecia ser uma boa pessoas. Ele sorria para todos; e quando saiu da cafeteria o vi dar um sorriso imenso para um garotinho, que parecia ser seu filho.
O café, para alguns pode ser um refúgio, e para outros apenas um prazer. Para certos, um delírio incondicional, e para outros uma bebida fatal.
Ah, se eu pudesse voltar!
Cair e rolar no chão
sem medo de se sujar,
correr no meio da rua,
não ter conta pra pagar.
Como era bom ser criança.
Ah, se eu pudesse voltar!
Comer goiaba no pé,
soltar pipa, pedalar,
jogar bola no campinho,
ir pra escola estudar.
Como era bom ser criança.
Ah, se eu pudesse voltar!
Ir pra casa da vovó
pra comer e engordar.
Ser sincero e verdadeiro
falando o que quer falar.
Como era bom ser criança.
Ah, se eu pudesse voltar!
Ser o futuro do mundo
e nem se preocupar,
brigar com um amiguinho
e ligeiro perdoar.
Como era bom ser criança.
Ah, se eu pudesse voltar!
Ter amor em seu sorriso
e bondade em seu olhar,
sonhar e ter a certeza
de que vai realizar.
Como era bom ser criança.
Ah, se eu pudesse voltar!
Querer que o relógio corra
fazendo o tempo passar
pra ser grande, ser adulto
e, quando a hora chegar,
dizer repetidamente:
Ah, se eu pudesse voltar!
A educação faz a cultura e a cultura faz a educação.
A casa, a rua e a escola se entrelaçam como lei natural.
A sociedade ainda é um bebê e o manejo e projeção consciente ainda se faz necessário.
Por que foram te abandonar?
Pobre cachorro de rua
Triste essa vida sua
De um cão abandonado
Traído, rejeitado
E você, pobre gato
Não te deram nenhum afeto
O abandono, a rejeição
Também feriu seu coração
Sentem sede e tristeza
A dor é uma infeliz certeza
Reviram os lixos para comer
Covardia te fazerem sofrer
Às noites frias é sofrimento
Solidão o sentimento
É tão grande a dor
Vocês merecem tanto amor
Serem ignorados é uma atrocidade
Vocês fazem parte da sociedade
Por que foram te abandonar?
Quem fez isso não aprendeu amar
Alan Alves Borges
Livro No Olhar Mergulhei
Serventes do Tempo
Estou sempre de branco
Por toda a rua cinzenta
Relógios, paredes
Se quebram com o tempo
Prisioneiro de mim mesmo
Agregam-me os fatos
Relógios paredes me travam no tempo
Eu faço e desfaço-me
Pois sou o meu dom
E se querem saber o que fazem
Dos erros
Autores do tempo
Inventam seus tons
Os dois hemisférios comprazem enredos
Intensos abraços e eterna intenção
Da pele do pêlo dos nervos do elo
O logos do louco da lógica ao chão
Da simples pureza que se perde ao tempo
Do mero cansaço
Talvez solidão
Por entre os silêncios se dê um jeito
E
Do eterno e interno selvagem
Salve o lado bom
VIDAS E ENCONTROS
Na rua dos sem esperança,
Entre cartões, lixo e encolhos,
Viram estes meus tristes olhos
Um ser sem futuro ou herança.
Nem sequer um ar de bonança
Da sorte que já lhe foi aos molhos,
Eu vi entre os seus escolhos
Nos olhos da sua lembrança.
Sentei-me então mano a mano
Ao pé dele, rosto de criança,
Mas eis que num gesto insano
Demonstrando inconfiança,
O pobre quase me rejeitou.
Deu um grito que me arrepiou
E da sua garganta avança:
Nunca a tempestade amainou
Nem me trará a bonança!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 05-11-2023)
Quando falta pão nós saímos pra rua
Quando falta energia aproveitamos a luz da lua
Quando falta sorte nós oramos
Em momentos de tristeza nós cantamos
"Ao ver um cão de rua, enxergue além da sua aparência, veja a pureza e a vontade incansável de ser amado que há dentro dele."
- Relacionados
- Moradores de Rua
- Frases de Meninos
- Crianças de Rua
- Rua