Menina Doida
"A DOR MAIS DOÍDA
E a principal e mais importante passageira do trem da minha vida acaba de descer na sua estação, me deixando seguir viagem com o coração partido, cheio de dor e saudades.
Mãe! Sei que quando chegar na minha estação a senhora estará lá, de braços abertos, com um lindo sorriso me esperando."
Ailton Bahia,
Chica Doida
Hoje o dia está de frio e chuva
Aqui é sul do espírito Santo
Quase Natal e o milharal
Já está bom pra fazer o mingau.
Bolo de fubá para quem vai chegar
E vem de mansinho e sem vergonha
A casa é nossa e a gente tem pamonha.
Tem gente que gosta dimais até sonha.
Certo dia fui por forças do além visita também...
Foi Goiatuba de Goiás um lugar que o povo faz...
O milho cozido ou assado a gente pedia mais.
São Sebastião de coração abençoa nossa plantação.
Aquele brotinho de olhos castanhos eu também tenho afeição...
Pois é tempo de quermesse e a gente merece...
O cheiro da chica doida coisas que a gente não esquece.
Agora que o trem de Goiás fica bom
eu vou para o fogão sem álcool na mão
A lenha é boa e o fogo aquece a imaginação.
Música Sertaneja ralo o milho sem confusão.
A receita eu sei porque aprendir em goiatuba festa de São Sebastião.
Hoje estou de férias com minha família louca.
Para fica mais louca vão ter que comer chica doida.
Obrigado Goiás pela sua receita
É uma beleza a união que o milho trás
Um descasca, outros ralam
e o milho logo se afina tudo vira familia.
No final vem a beleza da partilha
E a gente infinitamente agradece.
E tudo parece com uma abençoada quermese.
Quando tem chica doida a vida é mais alegre.
Manhã virgem de sol
Dor doída
que já não dói
A vida é um flash.
Ontem
ficou pra trás
Caminhos desbotam
as folhas faciais
Anoitece outono
para amanhecer inverno
E o frio aprisiona,
mas o colorido da primavera,
- Que dádiva! –
avança pelos dias de verão
E a liberdade de amar
o mesmo amor
- outra vez -
ilumina o coração.
É tanta gente doida
Tanta gente carente
Eu que já vi de tudo
Nisso tenho certeza
Que nesse mundo cão
De tantas malvadezas
Você é um presente
Que eu não posso perder
Amor se for por seu carinho
Se for por seus beijinhos
Diga ao povo que fico
E mudo tudo
"A dor mais doída talvez seja a dor da falta de sentido na vida, real, virtual, e do vazio existencial
Quando uma angústia profunda aperta o peito, atinge o estômago, nos pulmões falta forças para respirar de forma normal
na mente,
nenhum pensamento,
ou todos os pensamentos do mundo de forma disfuncional
uma crença central
faz-lhe acreditar que não é capaz de lutar para vencer este mal-estar e a vida esmagou sua alma desferido-lhe
o golpe fatal. "
Vocês também surtam do nada, aí depois param e pensam: eita, doida você exagerou, precisava disso não!
Chamar a mulher de doida é fácil.
Quero ver admitir que não vive sem as loucuras que ela faz em sua vida.
Chega de Saudade
Saudade
Essa coisa
Doida
Doce
De sentir
Doída
De soslaio
Piscando
Cumplicidade
É coisa
De não ter
Idade
Tempero
Na ventura
De viver
De durar
Pra sempre
Eternidade
Registro
Toda está saudade comovida
Meu relógio toca, hora a hora
É dura dor, badalada e doída
Toando solidão, ao ir embora
Como é vazia toda despedida
Incontida aflição, então, chora
Aperta a alma, se faz sentida
Soando numa privação sonora
O ponteiro marca cada sensação
E, seus minutos, tão singulares
Pulsam na cadência do coração
Ah! toada em toada, os olhares
De segundo a segundo, ilusão
Não mais há tempo de voltares!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 agosto, 2023, 13’18” – Araguari, MG
Soneto da Dor Doída
Nas asas da saudade partiste
Fostes como brisa ao vento
Minha alma ao relento triste
Poeta uma porção de lamento
Na solidão um quarto vazio
Que ainda caminha teu cheiro
Nas lembranças apenas frio
De um chamado ainda inteiro
Contigo levaste parte de mim
Em mim um todo de vós ficaste
Levarei impregnado até o fim
E neste teu momento de partida
Suspiros, foste ao coração engaste
Agora choro eu, por esta dor doída.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
19 de Julho 2015
Cerrado goiano
ao meu pai.
DOR DOÍDA
Há dor de diversa habilidade
A sem equidade, sem porém
Também, a sobra do não bem
Aquela ferida por maldade
É qual lança que vai além
Fendendo, e a alma invade
Sem dó e sem piedade
Dilacerando, e sem avêm
Dor dentro do peito, aí, arde
É covarde se da tirania caem
De um coração sem amizade
A que saem rumo ao refém
Impelindo com tal crueldade
É dor doída, vinda de desdém.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, agosto
Cerrado goiano
A dor doida de uma alma ferida, quando numa curva da vida , ficou esquecida por uma pessoa querida.
No caminho da vida, sem parar, sentindo a dor doída, a sangrar a ferida do espinho da frieza da ingratidão, sempre prosseguia com amor, lembrando da gentileza, de quem um dia deu carinho ao seu coração.
A Chica doida
já está na mesa,
Não existe outra
coisa na vida
que te derreta,
É Festa Junina, venha!
Os meus olhos percorrem a lembrança, O meu coração reclama a tua ausência, É uma saudade doída, e repleta de esperança.