Memorias de um Sargento de Melicia
São memórias do meu horizonte;
Um horizonte não limítrofe;
Enxergante de uma equação mãe de todas virtudes!
Se escreve sobre a terra quando não se pretende manter tal coisa eterna;
Homens bobos e atolados!
Amaldiçoados com a vontade de ir para o céu, sem mesmo querendo se aperceberem que a terra é o céu que carece de paz;
In, Pêndulo
Memórias
O que embora você tenha dinheiro
Elas não estão a venda,
Você não as pode comprar.
Aqui contém pequenos fragmentos de vida, que vão te acompanhar por um tempo.
Não se engane com o peso desse envelope, ele carrega mais do que aparenta ....
Ou até mesmo do que você consiga perceber.
"Vida é memória.
Dei pra pensar que tudo que há de mais vivo em mim foi aquilo que já se foi.
As pessoas importantes foram as que ficaram."
Martha medeiros
Minhas alegres memórias.
As melhores coisas de toda a nossa vida, fica sempre em nossas memórias e lá ninguém tira da gente. Nosso primeiro beijo, nossa primeira paixão, nosso primeiro carro, nossos filhos, nossos netos, nossa viagem dos sonhos. Na nossa memória ficam pessoas que nos marcaram para sempre, lugares que nos deixam feliz. Nossa memória é eterna.
Minha estante de memórias está clamando por mais peso. Mais uma vez a submissão da vida pressiona meu âmago com seu peso divino. Pego uma caneta e uma carta e anoto o instante que se passou desde minha última anotação. Ao terminar de escrever está na hora de preencher minha estante de memórias. Pego um isqueiro e incendeio a carta. Minha estante de memórias está sendo preenchida com mais cinzas e brasas. No momento em que coloco fogo ouço a ponte se quebrar mais uma vez. Volto a caminhar ainda com a carta em chamas. Não há nada mais gratificante do que ter o futuro iluminado pelas chamas do passado.
Quando olho para trás percebo o quão abençoada sou. Quando abro minhas gavetas das memórias e relembro as maravilhas que ali guardei percebo o quanto tenho para agradecer. São tantas coisas lindas que guardei que eu me perco em nostalgia ao me deparar com os afetos, com as delicadezas, com o calor dos abraços, com sorrisos que como sol iluminaram meus dias nublados, todos ali guardadinhos.
Nas gavetas do coração guardei afagos, toques, gostos, palavras bonitas, que chegaram a mim como lenitivo nos dias em que mais precisei e até hoje ainda ressoam dentro de mim como uma prece. Nesse álbum tão cheio de encantos guardei fotos das pessoas queridas e dos lugares incríveis que conheci. As músicas ainda vibram dentro de mim no tom exato da emoção que me toma cada vez que as ouço tocando dentro de mim.
A lembrança mais bonita que tenho é o sorriso do meu filho ecoando em todos os cômodos da minha alma. Essa está marcada em mim como tatuagem e por quantas vidas eu viver, eu sei que a levarei comigo.
Quando abro as janelas dos sonhos me sinto extremamente privilegiada por ter tido a oportunidade de realizar vários deles. Alguns ainda são sementes, mas na hora certa os lançarei em solo fértil, outros tenho que me desfazer, não porque estão mortos, mas porque a sensatez não me permite mais realizá-los.
Não pense que em minhas gavetas das memórias só tem coisas bonitas, tem também dor, mágoas, desencanto, decepções, frustrações, traições, mas essas eu vou jogando fora à medida que encontro, além de não servirem pra mais nada, não valem o lugar que ocupam. Preciso de espaço, ainda tenho muitas outras coisas lindas pra guardar.
Primeiros Versos —
Nestas simples e assustadas linhas,
em que eu, em memórias contínuas, irrequietas, enraizadas
(por não saber como deixá-las),
quase toco as longínquas tardezinhas
de outrora, ofereço-lhe os
primeiros versos.
O imoral e súbito espanto de
reconhecê-la na beleza de
um grande sonho — perdido —
não despertou-me. — ainda que
apavorado: eu quero
o sonho!
Eu nem sei se o amanhã irá existir, a memória é um fato, e ninguém é capaz de apagar as memórias históricas.
Perdão
Perdoar é conviver em paz
com as memórias do pretérito
É aceitar que o outro
fez o seu melhor
É aceitar que você igual
ofertou o seu melhor
É não esperar do outro
o que ele não tem para dar
É abrir espaço para a dor fluir
É deixar a dor partir...
Memórias de um ancião
Ao longo da minha jornada
Li boas literatura
Sorri chorei enfureci
Dei várias gargalhada
Dancei na chuva
Escorreguei na lama
Pedal sem hora pra voltar
Rachão com os amigos
Boas prosas na pescaria
Viagem Brasil afora...
Uma lágrima na face
Oque eu sinto
Você não sente
Oque eu vejo
Você não vê
Oque eu ouço
Você não ouve
Com o tempo
Vi o quanto somos diferentes
De mundos opostos
Não tinha experiência de vida
Sempre me perguntei
Sobre o sentido da vida
Aprendi com amor e dor
Olhos sempre atentos
Missão mais que realizada
Uma árvore plantada
Ipê amarelo na calçada
A roseira desabrochou
Uma rosa vermelha
Vida em movimento
Os portões estão aberto
Sky ou Hell?
26/09/2022.
As dores são enterradas no passado, as memórias as ressuscitam e o medo nos fazem vivê-las novamente.
Memórias
Nosso amor era algo ultrapassado, algo obsoleto.
Éramos clichê em demostra nossos sentimentos,
mesmo sendo jovens e precoces…
Seu sorriso era digno de excelsos
daqueles que demoram minutos para se tirar a atenção.
Troca de olhares e beijos
você já tinha meu coração.
Mesmo não sendo o melhor filme
aquele momento foi notável.
De vez em quando ainda sinto
você em meus braços.
[…]
A saudade é inevitável
ver você passar na minha frente e não te abraçar
já é um dos motivos pra se lamentar.
Quem é velho de corpo é rico de memórias e dono de experiências que somente a vida lhe proporciona.
As nossas memórias são como pérolas... Cada uma tem sua preciosidade, sua exclusividade e seu valor. E durante a vida vamos tendo a oportunidade de ir juntando várias pelo caminho e nisso vamos adquirindo um grande e valioso tesouro. Meu medo não é morrer, mas sim passar o resto da vida sem recolher pérolas por não aproveita-la da melhor forma possível e por me privar de viver momentos incríveis por medo do julgamento alheio. Riqueza vai muito além de dinheiro, ser rico de alma vai além do que bens materiais podem nos oferecer.
Memórias
Hoje acordei com vontade de comer “PÃO FRITO”. E foi impossível não entrar em contato com a infância. Na infância minha mãe me ensinou sobre transformar, reciclar, aproveitar, economizar...”nada se perde, não se pode jogar comida fora”, era assim que ela dizia. Pão dormido se transformava em pão frito; Sobras de comidas viravam mexidos; Arroz de anteontem virava canja; Retalhos se transformavam em bonecas de panos; Das caixas de fósforos vazias nasciam sofás e camas para mini-bonecas; O que falar das embalagens industrializadas? Estas se transformavam nos mais belos utensílios de cozinha. A vida seguia uma dinâmica onde o tempo pareceria eterno, passava bem devagar. Tínhamos todo o tempo do mundo e não perdíamos um só minuto para vivê-lo. Não perdíamos um só minuto do dia para criar. Sumíamos entre as brincadeiras. Só aparecíamos na hora do almoço, era assim que minha mãe falava: “na hora da fome ela aparece”. E quando aparecia um, apareciam todos. Andávamos em bandos. “Um por todos e todos por um”.
Viver tinha sabor!
Tinha sabor de pão frito, de bala de amendoim, de bala de chiclete, de manga colhida na hora, de manga verde com sal, (menos leite. “Leite com manga faz mal menina”...), e as goiabas maduras não tinham bichos.
A chuva vinha como oportunidade de surfar. Quantos banhos de chuva! Quantos mergulhos nas enxurradas que desciam ladeira abaixo a nos encontrar!
Os pé descalços no chão eram um constante convite a voar. Não tínhamos asas, mas nossa imaginação nos permitiam ser construtores de alma.
Quando é que perdermos este jeito de viver a vida, em que tudo é oportunidade de saborear?
Nuhh!!!! Esse pão tem propriedades mágicas! Estão servidos? 🤣🤣
As vezes a incerteza vem de que será que eu sou capaz disso tudo mas logo e cobrido por memórias suas e que me fazem ter ódio de mim por duvidar de que eu serei capaz de cumprir minha promessa, eu sou capaz de não ser normal igual às outras pessoas, eu sou capaz de não precisar ter a vida clichê que todos tem a obrigação de ter.
Pergunta aos Universitários: Se todos os artistas tivessem suas memórias apagadas e todas as referências de arte que já viram alguma vez perdidas.... se o ser humano tivesse seu cérebro deletado e todos os pensamentos apagados., E se colocassem-o numa sala com todos os suportes necessários para criar ..... qual seria a manifestação? De Deus ou do diabo?