Melodia
VÁCUO
Vivem uns por letra
Outros porém, de som e tonalidades
Há sempre aqueles que padecem na melodia
Que ora, entortessen a realidade.
Desconhecem a rima perfeita que não se apaga, pois é visto que outroras alguém que amou
O que já sonhado acalentou,
Não mais em euvorado murmurou
Desvenda, prevalece, espera
A gosto sempre estár.
Por tempos....
Minam nesses sons bem agradados
Por hipocrisia da sã realidade
Por onde passos são plantados e mal plantados
Adveras menos alento
Afogam o gosto puro e refinado
Que aos jovens não foram contemplados.
Para fins não há de entender
O que em letra tento escrever
Apenas um vazio deste vácuo
Deixado pelo autor.
willas 21.11 15
Nossas notas
Do, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si
Você é a mulher Fá,
Eu sou o homem Sol.
Por vezes estou Lá,
Por vezes vem você de Ré.
E juntos estamos
Na dor, no amor e na fé,
Sem "si", sem dó,
Sem mi mi mi,
Com lá lá lá,
Mudamos de lugar.
Você é clave de Fá,
Eu sou clave de Sol.(Maykira/16)
Rocha
Rocha d’onde desabrocha
Água límpida e cristalina
Que produz sons que encantam
Ensinam e educam.
Som que ecoa pelo universo
Como uma doce e suave melodia
Que desperta a sede e a sacia
Alimenta e revigora.
Hora rocha, outra encanto
Hora Som, hora acalanto
Hora uma cousa, hora outra
Tudo em ti é essencial.
Há sim para sempre...
Vivemos uma era onde tudo se faz rápido, consumimos com todos os sentidos e fazemos várias ações em paralelo nessa existência frenética.
Com tanta pressa deixamos muito passar sem bem dimensionar e pouco ou nada saborear no complexo milagre da vida.
Vamos repensar um pouco, olhar no retrovisor do tempo e constatar, do primeiro segundo de vida até aqui, quanto já foi sem que nos déssemos conta?
Horas há em que é preciso correr, mas não podemos desprezar sorrisos, afagos e colos sinceros, esses momentos, cada vez mais raros, compõe nossa trajetória individual que, mesmo se juntando ao coletivo, é a história de cada um.
Olhando para os ontens, recupero sensações de mãos e dedos delicados abrindo caminhos em meus cabelos, sussurrando entre beijos mágica melodia, sem pensar no amanhã, mesmo após adormecer sei que ela, minha mãe querida, minutos mais ali permanecia.
Dividimos apenas 37 anos, nada ela deixou de fazer, seu amor, que continua, faz parte do que é para sempre.
Ouça as melodias...
Desde pequeno brincava com seus amiguinhos invisíveis e com eles dividia os poucos brinquedos que possuía, eram de madeira, já os pintara várias vezes, ria alto e como se divertia.
Os pais acabaram se acostumando com essas companhias e achavam que com a idade isso passaria, e, com o correr dos anos os brinquedos foram ficaram de lado, já não recebiam muita atenção.
As conversas com seus amigos imaginários não eram mais tão frequentes, vez ou outra parecia que ele só ouvia e acenava com a cabeça, ora sim ora não.
Já adolescente ficava horas em silencio debaixo da velha goiabeira no meio do quintal.
Lá se achegava, deitava no chão e ficava em silêncio, dava para sentir que ele estava longe dali, bastava atentar para o seu olhar, distante e sereno, todos os dias passava um tempo por lá.
Filho único ajudava a mãe nos afazeres da casa e sempre que ela pedia corria até a mercearia para buscar um pouco de tudo, arroz, feijão, café, açúcar, farinha, naquele tempo quase tudo era vendido a granel, até o óleo era tirado na hora de um latão, o dono, um senhor já com certa idade, girava uma manivela e num instantinho o litro de óleo se enchia, não pagava a conta na hora, tudo era anotado numa caderneta e antes de ir embora, ouvia mais uma vez:
- ô piá, continuas a falar sozinho? E dava risada, não fazia por mal e ele não ligava, nunca se incomodara com as brincadeiras dos poucos amigos da vila.
Ao completar dezoito anos ia para a cidade grande, moraria com tios e precisava arranjar trabalho e, se possível, continuar os estudos.
Chegado o dia, os pais repetiram algumas vezes mais todas as recomendações e quando a mãe com ele estava sozinho, perguntou-lhe – meu filho, nunca falei nada nestes anos todos, com quem você brincava e conversava tanto e depois isso parou e você ficava quieto debaixo da goiabeira?
Segurando entre as mãos o rosto de sua mãe, ambos com olhos marejados, disse:
Minha mãe querida, obrigado por todo amparo e ajuda, aprendi muitas lições, visitei lugares distantes, uns diferentes dos outros, conheci muitos amigos mais, agora, para onde estou indo, por lá já estive, fique tranquila, nunca estarei sozinho, sei que tenho algo a fazer, não sei muito bem o que é, mas estou certo, chegará a hora.
Lembra quando a senhora ficou muito doente e o pai não sabia o que fazer? Meus amigos me tranquilizaram, a senhora ficaria boa e não mais sofreria.
Sei que enfrentarei dificuldades e que a vida não será tão tranquila como a que tive aqui, meus amigos estão me dizendo:
- tenha calma, as viagens cessarão por um tempo, mas continue a ouvir as melodias...
O eco de suas ações irão reverberar até o fim da sua vida, então capricha no que faz para que lá na frente possa escutar uma bela melodia...
Amor de Menina
O amor parecia
Brotar nos olhos da menina
E o clarão da noite iluminava
Seu corpo, sua fantasia
Mas a verdade
É que ela escondia
No rosto um desgosto
Que o tempo não conseguiu apagar
E o amor que então
Se revelava
No seu peito não cabia
Era pura utopia
No seu sonho de menina
Em meio a melodia
A composição da vida só pode ser harmonizada se as vibrações que a sintoniza forem positivamente sincronizadas. Os desafinos negativos da vida são como melodias mal tocadas, desarranjam o seu ritmo.
Sou um poeta bárbaro e melodioso.
Não sirvo à gramática, é ela que serve a mim.
E se a gramática não servir à minha melodia,
eu atropelo-a,
simples assim.
A musica é o sangue da eternidade humana, e o corpo da vida com alma...
Escutar os sons é uma memoria do corpo, quando se transformam na melodia da luz.
Nossa existência é análoga à música.
Há momentos de repousar sobre as notas e momentos de alternar em movimentos rítmicos, saltando entre seus intervalos, produzindo uma linda e fascinante melodia para a vida.
Abraça-me e dance comigo,
envolve-me em teus braços,
envolve-me em teu ser...
Ao som de tão suave melodia,
segura-me e não me deixe partir!
Dia de sol, quase dia de verão.
Vento suave, cor perfeita.
Manhã quente, brisa leve.
Cheiro de maresia que entra pela janela do carro.
As horas correm e eu ignoro os ponteiros.
As crianças estão felizes, alegres.
Gostam tanto de praia.
Querem aproveitar cada pedacinho desta manhã.
Daqui a pouco os nossos pés pisarão na areia da praia.
A manhã passa depressa, as crianças estão felizes.
A tarde chega de mansinho trazendo a beleza de uma quase segunda-feira!
Não sei responder com palavras o que pessoas como Tom Jobim, João Gilberto e Elis Regina provocam em mim, talvez meu coração saiba expressar melhor através de seus batimentos...
Antes
Na janela de um quarto qualquer de hotel, aprecio a solidão...
Só preciso de mais um gole, talvez mais dois passos...
Estou no sexto andar!
A melodia ao fundo exala melancolia.
Estão acabando com o mundo,
Meu mundo... Nosso mundo! Agora tanto quanto antes.
Hoje eu não serei feliz!
O ENTARDECER DE BELAS CORES
Autora: Profª Lourdes Duarte
A cada fim de tarde o céu ganha novo tom
Brilha o entardecer de belas cores
Mistura de cores, mistura de pensamentos
Tarde marítima, dunas finíssimas ou verdes campos.
O entardecer de belas cores tem seus mistérios
No cerrado, a tarde cai,
Sombreando a vegetação rasteira
Nos montes as eminências se azulam
Anunciando a noite que logo chega.
E mesmo quando no entardecer a chuva cai
podemos ver que ainda ali há cores e beleza
Nas gotas de chuva que cai sobre a terra
O brilho que cintila mostra sua beleza.
Entre todos, um astro se delineia com clareza
O sol que brilha empalidecendo no horizonte
Buscando descanso depois de um dia reluzente
Que ele descanse mas que aqueça seu coração,
Aonde quer que se esconda.
Ao entardecer meus pensamentos vagueiam
Ouvindo a melodia dos pássaros a revoar
Impossível não lembrar de você,
E dos momentos que juntos vivemos
Num temporal de amor, eu e você
O QUE CANTA TUA CANÇÃO?
O que canta sua canção?
Trás à memória a história da nação?
Os segredos de uma paixão?
As proezas de uma grande família?
Ou da pátria a beleza?
O que canta tua nação?
É o que rima a poesia, é o que encanta a gente?
O que expressa os poemas, o que reside na alma?
É bom, o que leva e traz para inculcar nas mentes?
É bom o que se diz e ouve nas ruas?
Se vierem das belas canções, das poesias e dos poemas;
Se se tem bom senso, cantará o que vale a pena;
Pois, as melodias repetidas
é o que vai para as conversas na mesa,
que expressa a saudade de um povo e a sua grandeza.